quinta-feira, 2 de junho de 2011

QUEM SOU EU


Quando o medo chegava
Seu anuncio era de boas novas
Mesmo sabendo disto me retinha


Me esforço para entender 
Porque me apego facilmente
Em imagens perturbadoras e felizes


Sei de todas contra-indicações
Ate aonde eu fui e de onde cai
Lembro que sua destra me alertava


Mesmo assim ainda duvido
Quem é que nunca perguntou:
- Quem sou eu ?


Nélio Cícero
12/03/1999

terça-feira, 1 de março de 2011

PAGINAS AMARELAS



Se fomos felizes, vamos nos mostrar de novo
Se imaginarmos sermos anjos
Os anjos também morrem
Ei, parem de me olhar assim
Isto machuca e doi tanto
Vou esperar você voltar
Com brincadeiras sem graça
Se isso não lhe afetou
Mas virou as costas e se foi
Não cometa erros de novo
Se sua banda preferida acabou
Depois de um ano que se passou
E a saudade continua a mesma 
Você escreve tantas canções
Você diz tanto do seu futuro
Conversa tanto comigo
Não me leve a mal
Mas procure um lugar certo
Que possa se encontrar
Ninguém talvez se apercebeu da nossa dor e raiva.


Passei por um dia longo e cansativo
E estava exausto
me polui com cigarro
E o cheiro deles
E ainda não me lembrei
Que data havia esquecido
São apenas paginas amarelas que passaram...



Eduvaldo de Sales                                             11/10/1997


º Poema feito para Nélio Cícero depois de 1 ano do falecimento de Renato Russo.  E também porque o mesmo duvidava que eu iria me integrar numa banda de Rock. No caso consegui e provei o contrario.

ACIMA, UM OLHAR


De brumas cobre o teu corpo
Trevas se revelam em teu olhar
Tuas mãos palídas clamam
Chuvas jorram de teus olhos
E oram por teus filhos, tua prole!

Calçados em trevas
Olhares nas trevas
Corações de trevas
Isto é Bratskovia
Moída cidade das velas!

Articulações em pedra, artrite
Teu ventre infertil, labuta
Negras luas corroem teu cerebro
Nevoeiro esvai tua beleza,
Teus braços, tuas células oram por ti.
Oram por Bratskovia.
Oram por misericordia
Oh, Bratskovia!



Henry lima
 
05/11/1996 


Amigo nerd do RPG    

UM OLHAR PERPETUANTE




No olhar do mundo
Existe guerra e dor
Perpetuante dor.

No olhar do mundo
Transborda-se ódio
Nas cascatas dos sonhos.

No olhar do mundo
Existe sofrimento e fervor
Perpetuante dor.

No olhar do mundo
existe ambição, nada amor
Perpetuante dor.

No olhar do mundo
Existe uma criança
Chorando e andando
Nos berços de um mundo
Em que no olhar
Certamente essa dor
Perpetuante será amor!



Jorge Antônio c/ 10 de idade                                                        

16/06/1996