domingo, 20 de dezembro de 2015

O Despertar do Paladino (Sario Ferreira)


Paladino é um guerreiro sagrado que costuma seguir um código de honra, na maioria das vezes costumam seguir o caminho da justiça. Prestam culto a tipo de deus para conseguirem proteção e recuperação instatânea dos ferimentos.

E neste livro a estória do Paladino Sagrarius é contada. Que no seu passado foi um exímio general do reino de Zophar. Devido sua grandes habilidades conseguiu crescer de forma rápida por ser um guerriro acima da média. Capacidade notável em campo de batalha. O seu reino passa por uma guerra que dura mais de 60 anos contra os inimigos denominados "Os Sombrios".

Após ser ferido fortemente numa batalha, O general Sagrarius recebe um dislumbre da deusa Mainná que mostra que tudo que ele achava ser o certo, não era totalmente a verdade. Ele começa perceber o outro lado da história sobre essa guerra que ele desconhecia. 
A partir daí então, com todas as sua convicções abaladas. Sagrarius abandona seu alto posto no exercito de Zophar e aceita o seu chamado para se tornar um paladino.

O livro é dinâmico por causa do seu foco que se comcentra sempre no personagem principal. Desta forma a leitura ocorre mais fluída. É calro que no decorrrer da leitura aparecem outros persoanegens, que são bem feitos em seus desenvolvimentos. Entre eles o ferrero Krisb, que aparenta (pra mim) mais do que é. O espadachim Yumura que tem perfil mais oriental e maneira serena de lutar e o meu preferido desse livro o anão clérigo Kirion, um desbocado de primeira, que não mede palavras pra dizer o que pensa.

Quero frisar o capítulo de "Torneio de Espadáurea" onde começa ser formada a trinca dos personagens dessa aventura. SAGRARIUS, YUMURA e KIRION, que me remeteu ao trio de outro livro que eu gosto, ARAGORN, LEGOLAS e GIMLI do Senhor dos Anéis. Esses três personagens do livro O DESPERTAR do PALADINO são a base dessa aventura fantástica. Ao ler, você se importa com eles e com a jornada que eles buscam nesse livro.


O que me incomodou um pouco foi os códigos de conduta do Paladino Sagrarius. Por estar disposto a fazer o que é certo, ele acaba sendo um personagem que se cobra muito. Mas lembrando do passado errante do ex-general de Zophar é justicável por causa da sua redenção. Um cara que está a todo custo querendo consertar os seus erros.

No livro O DESPERTAR do PALADINO do autor Sario Ferreira você encontra todas as referências que você pode imaginar numa ficção fantástica. Está tudo lá. O herói, as batalhas e as motivações para seguir está jornada. O caminho é bem conhecido com certeza, mas no decorrer da leitura você se vê bem colocado nesse mundo nas convicções e dúvidas do personagem principal Sagrarius, que através da morte de seu pai e da perda de sua amada, se isola numa jornada de redenção.

Mas essa história ainda continua...


CICERO[N.C.S]

20/12/2015

A VIDA É VELA


A vida é uma vela.

É no olho do velho que vi
que viver é morrer.
Ter pressa pra quê?

Aproveitar a vida nos faz
desperceber o giro atroz da seta,
que pára (pra nós), no bater do último sino.

Por isso, sou mais chegado ao Spencer que ao Horácio.
Esse frenesi de querer matar o tempo...
Aproveitar a vida é fazê-la mais curta.
No tédio jaz a chave de uma vida rendida, apesar de também morrida.

A escolha do ser humano:
Gozar, saciar as vãs e vis vontades da vida e encurtá-la
ou alimentar-se da monotonia pra sentir cada passo dado, sem curti-la (ou seja, alonga-la).

Em ambas as escolhas, a certa verdade:
Viver é morrer (Thanks James),
A sina de todos nós, cadáveres adiados (Grato Fernando).
Todo dia, por mais que você vive, você está morrendo.

Então, se não teme, (en)curta a vida...
Mas lembre-se:
Matar o tempo é matar a nós mesmos e,
no fim, o Carpe Diem não passa de um insano suicídio...



(Sario Ferreira)

25/05/2012

INCONSTÂNCIAS DE UM VIRTUALISTA


Marco as dores
Programadas permanente(mente)
Num local sem opções.

Post(e)s sem luz
Agem destitulados
Na pública individualidade
De dedos incoerentes,
À salvo da culpa (e até pela [por ela]),
Manipulados, não pela mão,
Mas pelo Mestre Invisualizável:
que vive no fechado,
isolado e responsável.

Conheça estes primos:
O Escreve e o Escravo...
Homem - Tempo - Mundo - Leem.

No fim, figuram-se ações,
Às luzes ausentes
Dos mesmos Post(e)s
Ativos, Atores,
Altivos, Autores,
Tão vivos, tão flores,
Tão servos, tão dores.



(Sario Ferreira)

05/09/2012

PARALESIA


Ali, milimétrica,
moderou-nos a distância.
Eu queria e ela também,
mas um par de extremidades
afastava pescoços;
a ponte em régua
que nos media a resistência
acalentava a vileza frustrada
que nos conectava,
que nos separava.

A régua da mágoa,
a Regra sobr'água
de lágrimas que não caíram,
que não cairão,
mas que cairiam
se fossem as medidas
distintas, em outro universo
matemático de probabilidades em verso.

Irônico é que a régua que me regra,
aqui, entre devaneios caotizados,
segue a minha régua sem regras.
E cá estou eu, entre ti e seus números:
eis minha vingança,
inofensiva
e incalculada.


(Sario Ferreira)
05/11/2012

MANIQUEÍSMO


O mal mal percebeu um dia que não era mau
até bem saber que seu amigo bem
bem estava equivocado que só era bom:
mal discutiu mal o assunto mau com o bem,
e, por conta de um conflito mal resolvido,
ficaram bem maus os dois.

O mal bem acreditava que não era mau,
mas o bem mal cria na acusação de que não era bom.

O bem pensou: como posso ser mau assim sendo tão bom?
Mau é o mal por me achar mau.

O mal pensou: como o bem pode ser só bom se não aceita que é mau?
Bom sou eu que me sei mau, sem ser mau em contradizer o bem mau.

Não mais se falaram:
O bem mau com a dúvida,
O mal bom com a certeza.

E nunca se acordaram.

 

(Sario Ferreira)
14/01/2014

MEIOS


Exausto e sozinho, ele olhou para o pico da montanha, então para o sopé...
Pensou alto e falou baixo:

"No fim, qual princípio determina o que é o começo e o final?"

"O meio." Respondeu-lhe.

Olhou e viu uma pedra.

Mal tinha percebido ele,
Com retinas que um dia se fatigariam,

Que no meio do caminho
Tinha uma pedra.

Quando, na verdade, ele,
no meio da pedra,
buscava um caminho.



(Sario Ferreira)

25/10/2013

sábado, 12 de dezembro de 2015

RETROCESSO


Me faz pensar naquilo que ficou
Preenche o vazio no meu peito
Sua atenção traz a minha cura
Completa aquilo que é perfeito.

Mudando um pouco do mundo
Vou rascunhar coisas da casa
Quero lembrar as coisas de antes
Da vida mais simples sem nada.

Escolhas do bem  ou do mal
Não tem mais volta, sem saída
Porta destrancada proposital
Retorno agora para outra vida.

Sem pisar nas pedras de ontem
Minha alma andou no deserto
Continuação do nosso regresso
Andanças antigas no rumo certo.



CICERO[N.C.S]
12/01/2002

AS CRUZES


Aquele dia no parque
Vi você como um girassol
Andando em jardins perdidos
Cheirando os aromas de inverno.

No domingo tudo é sagrado
E a gente só fala bobeira
Se apega a todos que ama
Risos a trezentos por hora.

Tradicione as coisas do futuro
Nem toda noite é escura
Você procura memórias tristes
E um monte de moedas no altar.

Senti saudade dos adereços
Dos tempos mais loucos
Da vida mais simples
E quando a fé era verdade!!!


CICERO[N.C.S]

14/05/2006

Rabindranath Tagore


Se fechar a porta para todos os erros, a verdade ficará lá fora.


(Rabindranath Tagore)

Millôr Fernandes


Há duas coisas que ninguém perdoa:
nossas vitórias e nossos fracassos.


(Millôr Fernandes)

Kim Motta


Vou ousar até a vida duvidar.


(Kim Motta)

SEGREDOS


Eu procuro um amor
Que ainda não encontrei
Diferente de todos que amei.


Nos seus olhos quero descobrir
Uma razão para viver
E as feridas dessa vida
Eu quero esquecer.

Pode ser que eu a encontre
Numa fila de cinema
Numa esquina
Ou numa mesa de bar.

Procuro um amor
Que seja bom pra mim
Vou procurar
Eu vou até o fim.

E eu vou tratá-la bem
Pra que ela não tenha medo
Quando começar a conhecer
Os meus segredos.

Pode ser que eu gagueje
Sem saber o que falar
Mas eu disfarço
E não saio sem ela de lá.


(Roberto Frejat)

VIDA


A vida amou a morte
mais do que havia para morrer.

Na beira da cama,
o sândalo dos pés
convidava-me
a renunciar as sandálias
e debulhar a palha noturna.

Apaguei os pensamentos
na espuma da pele.

Abandonar o paraíso,
a única forma
de não esquecê-lo.


(Carpinejar)

HOMEM-FORMIGA (2015)


Você nunca viu um herói tão grande.

A fórmula equilibrada de humor e ação que marca os filmes de baseados em histórias em quadrinhos tem dado muito certo na Marvel. E com HOMEM-FORMIGA que não é conhecido do grande público, foi outro grande acerto.  Super-herói mal explorado nas HQ's é mais uma vez a Marvel provando que não existe super-herói desconhecido quando seu time criativo está no caso.

E como origem, é uma boa história; a melhor parte de Homem-Formiga. Dos dramas pessoais dos personagens principais, passando pelo treinamento de Scott, tudo é bem desenvolvido. Os efeitos especiais são bem convincentes no filme.  Em especial a cena inicial, onde vemos um Michael Douglas 20 anos mais jovem. O segundo melhor rejuvenescimento por computador que já vi até hoje. E também da miniaturização constante a que se submete o herói os efeitos são bons, fluidos; mas não são espetaculares. Por exemplo, as formigas não estão perfeitas em termos de textura.

HOMEM-FORMIGA chegou  para preencher o espaço entre “Era de Ultron” e “Guerra Civil”, apresentando um novo personagem sem interferir nos acontecimentos dos outros filmes. A aventura, porém, vem bem amarrada ao restante do universo heroico, trazendo citações, referências e até uma participação especial, além da tradicional cena pós-créditos.


NOTA: 9

CICERO[N.C.S]

12/12/2015

Biografia de uma Árvore (Carpinejar)


A poesia de "Biografia de uma Árvore" buscam transcendência, as palavras do livro mergulham no estado vegetal estabelecendo um contraponto com a superficialidade e espetacularidade do agora. "Uma árvore biografada é a culminância do anonimato."

Como o próprio poeta descreve a poesia do seu livro como a orelha da árvore, ouvido do orvalho, audição das vacilações e das pequenas derrotas. Numa espécie de diálogo narrativo e atormentado com as pretensões do divino. 'Biografia de uma árvore' oferece três versões - autorizada pelos pássaros (visão do médico), autorizada pelas raízes (ponto de vista do narrador poético) e autorizada pelos frutos (observações dos filhos). O cenário temporal é 2045, numa fictícia eclosão da Terceira Guerra.

Sua ascendência nos seus versos é a transposição do inalterável do destino e a vivência nos termos assistidos pela percepção das naturalidades em comum na retidão do que pode ser aplicado no dia a dia. E quando certos detalhes nos passam despercebidos no cotidiano, mas podem ser atravancados numa odisseia que poucos terão percepção de entender os mecanismos da rotina.

Muito mais do que um livro de poesias ficcional, é a sistemática de uma árvore que vai passar no desapercebido montante do que podemos encarar como vida.



CICERO[N.C.S]

12/12/2015