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terça-feira, 1 de agosto de 2017

As Crônicas do Artur: O Rei do Inverno (Bernard Cornwell)


Rei do Inverno é o primeiro volume da trilogia das Crônicas de Artur. Nessa trilogia Cornwell pretende contar a história do famoso Artur (aquele mesmo da Távola Redonda) baseado em alguns achados arqueológicos e dados encontrados que foram atribuídos ao mitológico Artur, além de incluir batalhas registradas para o século IV e V, tudo isso misturado claro, com uma grande dose de ficção


O Rei do Inverno conta a mais fiel história de Artur, sem os exageros míticos de outras publicações. A partir de fatos, este romance genial retrata o maior de todos os heróis como um poderoso guerreiro britânico, que luta contra os saxões para manter unida a Britânia, no século V, após a saída dos romanos. “O livro traz religião, política, traição, tudo o que mais me interessa,” 

Apesar de sua narrativa apontar Artur como o grande centro das atenções do livro, a história é contada sob o ponto de vista de Derfel Cadarn, inspirado em São Derfel Gadarn de Gales. Descrito em suas principais cenas como um guerreiro confiante e leal à causa de Artur. explica Cornwell, que usa a voz ficcional do soldado raso Derfel para ilustrar a vida de Artur. O valoroso soldado cresce dentro do exército do rei e dentro da narrativa de Corwell até se tornar o melhor amigo e conselheiro de Artur na paz e na guerra.

O período em que o livro é situado é chamado Era da Trevas, na Idade Média. O romance histórico mescla seu desenvolvimento com uma boa dose do gênero fantasia. Apresentando personagens cativantes, o Rei do Inverno é mais uma imersão em um contexto histórico lapidado por Cornwell.

Falando nisso entro nos personagens, todos eles muito bem inseridos na trama. Temos Merlin, Morgana, Lancelot, Guinevere, interligados em diferentes níveis da trama. Muitas pessoas podem estranhar a história, ainda mais aquelas que gostam da versão lendária do "Rei Artur". Não posso tomar essa como certa ou não, como amante de história gostei bastante do intricado jogo de invasões, batalhas, traições e política, mas como fã de uma boa fantasia senti falta de mais fantasia. Não sei, é um contexto novo e que merece destaque pela destreza de Cornwell de fundir a história ao personagem. Ainda é cedo para saber minha opinião final, estou curiosa para ler os outros livros e terminar esse quebra-cabeça começado por aqui. 

As descrições presentes no livro, podem ser consideradas lentas para alguns, mas ao meu ver ela foram fundamentais, um jogo de palavras poderoso que nos transportam para dentro da história, nos fazendo enxergar claramente os cenários e as batalhas. 

Com uma narrativa extremamente fantástica e muito bem fluída, O Rei do Inverno é o livro certo para aqueles que gostam de histórias medievais cruéis e com várias reviravoltas, mas sem exagerar no sobrenatural. Leitores de obras como As Crônicas de Gelo e Fogo estão convidados a checar esse sensacional livro. 


NOTA: 9

Cicero Durães
04/07/2017

segunda-feira, 3 de abril de 2017

Maktub (Paulo Coelho)


Um livro realmente diferente... diria que se enquadra na categoria Auto-Ajuda, mas diferente dos outros livros com mensagens positivas para seu dia-a-dia, esse livro tenta nos dar lições através de pequenas histórias vividas por sábios, viajantes ou apenas pessoas comuns! É uma coletânea de pensamentos ditas pelo Mestre do autor ou por pessoas de influência na vida dele.


MAKTUB, em árabe, significa "carta", mas Paulo Coelho traduziu como "ESTÁ ESCRITO".

Separei alguns pensamentos desse livro que eu gostei bastante:


- Basta ficar longe dos outros e, desta maneira, não vamos sofrer nunca.

- Não vamos correr os riscos do amor, das decepções, dos sonhos frustrados.

- Hoje pode ser considerado um dia fora do roteiro que escrevemos todas as manhãs.

- São os pequenos prazeres que nos dão os grandes estímulos.


Acredito que Maktub seja livro para clarear e nos fazer refletir com diversas histórias, aquilo em que se passa em nossa própria vida!


Cicero Durães
03/04/2017

quarta-feira, 1 de março de 2017

Veyenor - A Vingança de Khaos (Marcelo Lacerda)


VEYENOR - A Vingança de Khaos seria mais um livro ao estilo SENHOR dos ÁNEIS? Na verdade sim, mas com uma diferença de ser ao mesmo tempo rico em seu universo, mas precisamente bem simples. Não foge do lugar comum de livros de fantasia, e tudo vai soar familiar, mas é interessante que mesmo com os clichês, consegue ser convidativo.


A diferença em relação a Terra Média de J. R. R. Tolkien é inverter algumas coisas. Ao invés de destruir um anel de poder, causador do mal, aqui é preciso juntar quatorze anéis para enfrentar a maldade de um poder corruptor na terra de Veyenor. 

A história acontece nas terras livres no mundo de Veyenor, um mundo criado por seres pelos Angélios que são cinco seres divinos responsáveis por popular o mundo com Elfos, Humanos, Magos, Fadas e Animorfs, sendo todas elas genuinamente boas e praticadores da justiça e do que é bom. Mas como toda a história que se preze nesse estilo surge entre esses 5 seres um que quer o poder apenas pra si, motivo então para surgir o mal.

Então o deus Dorumaga se torna o vilão dessa história para compor o seu poder a qualquer custo, mesmo que fosse necessário passar por cima dos outros deuses para isso. Então ele decide criar a "Malícia" que domina os seres causando a maldade. Dessa forma gerando inimigos perversos como Bruxos, Orcs, Bárbaros, Trolls, Kyarogs e Wagrants, seres repletos de maldade que espalham a desordem para o mundo.

Para impedir os avanços da Malícia em Veyenorn foi então construído uma muralha que dividiu Veyenor ao meio sendo Sul o Lado Claro e Norte o Lado Sombrio. Enraivecido por isso o deus do mal Dorumaga cria uma entidade maligna chamada KHAOS para lutar contra a bondade e dominar o Lado Claro.

Nessa guerra surge o personagem principal DÁRINUS DeGAARD o Rei dos humanos em Veyenor e mais habilidoso guerreiro do mundo; que quer combater a todo custo esse mal que assola as terras livres. Mas ele não estão sozinho nessa jornada, temos também.

SAYBIN , o Elfo de Prata criador dos Anéis Angélicos, é o ser mais sábio de Veyenor. 
TEOMOR, o Mago Branco mais poderoso daqueles tempos, (Gandalf?) 
LUFIA Maga Branca da Água, que tem poderes de cura. 
RHASTAN, um mestre Elfo de Bronze, um dos confiáveis conselheiros do Rei.  RAIDKI outro mago Branco da Luz, só que menos poderoso que o Teomor.
ZENNIR, o primeiro Cavaleiro de Luz de Veyenor e melhor amigo d o rei Dárinus. (Parece um paladino do livro Sagraerya de Sario Ferreira). 

Infelizmente não são apenas esses personagens aqui, tem muitos outros que aparecem no decorrer da narrativa,  se concentrasse numa construção melhor poderia favoritar um apego melhor para acompanhar a evolução desses personagens na falta de conflitos que ajuda nisso

O livro é um padrão bem conhecido dos jogos de RPG, que dão um gosto a mais na leitura. Acontecimentos bem detalhados e ambientação descritiva de maneira objetiva e sem enrolação, deixando o ponto alto para a aventura.

O autor Marcelo Lacerda usa os artifícios do J. R. R. Tolkien e J. K. Rowling para compor o seu universo em poucas páginas, e com uma diagramação linda no seu livro com letras claras na leitura e com ilustrações que agregam mais a leitura do livro que mesmo não sendo original, trás na sua singularidade representações de um mundo incrível. Bem vindos a Veyenor!

NOTA: 6

PRÓS: Leitura simples e universo convidativo

CONTRAS: Personagens pouco desenvolvidos e clichês do gênero de fantasia


Cicero Durães

01/03/2017

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

WWW.Twitter.Com/Carpinejar (Carpinejar)


WWW.TWITTER.COM/CARPINEJAR é um compilado de frases curtas do poeta Fabrício Carpinejar feitas em seu twitter selecionando mais de 400 twits de até 140 caracteres que enviou aos seus seguidores.


Em menos de uma semana o autor fez a seleção e a sua editora já tinha fechado o projeto. Percebe-se pela pressa que o que vemos aqui poderia ter sido melhor elaborado. Mas eu me refiro mais sobre os aforismos, porque a parte gráfica ficou com muito boa com a proposta do livro

Neste livro ele disseca o que todos tratam como banal, ressaltando as mais diversas trivialidades da vida cotidiana. Mario Quintana já dizia: "Existe fato mais incrível do que perceber o fantástico das pequenas coisas?"

Ao expressar seus pensamentos repletos de ironia e sagacidade, Carpinejar provoca o leitor sobre a banalidade das relações humanas. Entre elas o amor, amizade, vida e relacionamentos abordados de forma irônica. Esses aforismos mostram os estados de humor do escritor, mas que não possuem algo que sustenta um fio condutor desses pensamentos.

Pode se dizer que é um livro oportunista que aproveita da popularidade do autor, mas sem ser algo pragmático em sua elaboração, mas que deve ser conferido pela sua genialidade.


NOTA: 6


Cicero Durães

01/02/2017

sábado, 21 de janeiro de 2017

Guia Politicamente Incorreto da Filosofia (Luiz Felipe Pondé)


O GUIA POLITICAMENTE INCORRETO da FILOSOFIA escrito pelo filosofo contestador Luiz Felipe Pondé, em sua ironia de sempre, desbrava a história do politicamente correto, através do pensamento de grandes filósofos, como 
William Shakespeare, Nicolau Maquiavel, Friedrich Nietzsche, Nelson Rodrigues, Charles Darwin, entre outros, para desconstruir as ilusões criadas pela praga do POLITICAMENTE CORRETO.


O livro é dividido em 26 capítulos que em seus títulos descrevem um pouco do que será encontrado em seu texto; o primeiro capítulo, por exemplo, possui o seguinte título: "O politicamente incorreto e o general Patton". Não se trata de um livro muito longo, é possível lê-lo em uma tarde, possui apenas 223 páginas e uma escrita simples, sua edição também é muito bonita.


Pondé escolhe um tema e a partir dele expõe sua opinião tendo grandes pensadores como sustento para suas considerações. o autor ironiza os politicamente corretos, essas pessoas que dizem amar o mundo e as diferenças, mas que no fundo são segregadores com quem não concorda com suas opiniões, sendo assim, na visão de Pondé, falsos moralistas. 

Neste livro, Pondé aborda conceitos com uma escrita fluida e irônica, o autor nos faz rir e ao mesmo tempo faz duras críticas ao Politicamente Correto, imposta por nossa sociedade moderna, invocando para isso frases e pensamentos de diversas pessoas.Ele apresenta sua versão melancolia da humanidade e de seu futuro “medíocre”.

O livro é cheio de frases de impacto, pelo menos foi assim que eu me senti lendo. Colocadas ali meio que de propósito para explicar o próprio propósito do livro. Já no início o autor nos diz que não é fácil definir o politicamente correto, mas é fácil reconhecer quando ele está presente.

NOTA: 8

Cicero Durães

21/01/2017

domingo, 15 de janeiro de 2017

STAR WARS: O Caminho Jedi (Daniel Wallace)


O autor Daniel Wallace traz para os fãs de Star Wars, uma viagem ao treinamento Jedi com princípios e ensinamentos para se tornar um Cavaleiro Jedi. Traduzido de forma bem correta pela Raquel Novaes.


O Código Jedi é a filosofia que sustenta a Ordem Jedi. É um acordo de proteção para os cidadãos e habitantes da República. Nele está contida a explicação de como deve ser a nossa relação com a Força. 

Como um Jedi, vocês devem ser fiéis ao espírito do Código. Todos os dias vocês deverão se perguntar: "Eu o compreendo?”
A primeira parte do livro busca apresentar o Código Jedi, a Ordem dos Cavaleiros Jedi e a Profecia do Escolhido

O livro funciona como um manual fictício de treinamento da Ordem, e trará textos escritos por Jedi lendários. No volume, serão apresentados os maiores mestres, a história dos clãs, os armamentos, o vestuário, os golpes de lutas, entre outros.

Porém, uma coisa que me chamou muito a atenção foi a edição do livro. A capa é toda trabalhada, e as páginas tem um jeito informal e diferente. O livro é repleto de desenhos, o que o torna ainda mais interessante.

O conteúdo encontrado nele é dividido em quatro partes : Introdução a Ordem Jedi, Jedi Iniciado, Padawan e Cavaleiro Jedi. Nessas quatro seções, o jovem aluno aprende tudo que precisa saber para se tornar um Jedi. Desde a história da Força e o surgimentos do Jedi até como construir seu próprio sabre e as técnicas de luta que podem ser usadas. 

Uma das seções que eu mais gostei foi a do Jedi Iniciado, onde o jovem aprendiz toma conhecimento dos três pilares da Ordem Jedi : A Força, Conhecimento e Autodisciplina.

NOTA: 10

Cicero Durães 
15/01/2017

sábado, 10 de dezembro de 2016

Manual Prático de Nárnia (Colin Duriez)


Independente se essa for sua primeira viagem ao maravilhoso mundo da fantasia de C. S. Lewis ou se já esteve por lá várias vezes, é imprescindível levar esse manual prático, que descreve a paisagem e os habitantes de Nárnia.


Você aprenderá mais sobre a mente criadora por trás desse país, como ele se relaciona com outros mundos imaginários e com a literatura juvenill; o interior da história dos episódios de Nárnia, e como essa terra se enquadram nos demais trabalhos de Lewis. Este livro o ajudará a compreender com profundidade a série dos episódios de "As Crônicas de Nárnia" e suas implicações para fins de enriquecimento de sua vida cristã.

O livro também conta com um resumo cronológico das obras de C.S. Lewis. Uma leitura muito recomendada para todos aqueles que quiserem saber mais sobre o mundo de Aslam.



Cicero Durães

10/12/2016

terça-feira, 15 de novembro de 2016

1808 (Laurentino Gomes)


A ideia de um livro sobre um período histórico contado de forma menos didática me chamou a atenção e resolvi dar uma chance ao livro. Fico feliz de tê-lo feito pois é realmente um ótimo livro. Laurentino Gomes tem uma narrativa super agradável e envolvente e discorre sobre os acontecimentos com muita propriedade, fruto de dez anos de pesquisas e investigações jornalísticas sobre o assunto. Gosto muito de livros históricos justamente por isso. Você nota nas palavras e páginas, o suor e a batalha do autor para construir uma obra séria e fiel aos acontecimentos.

Como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a história de Portugal e do Brasil.

Este livro do jornalista Laurentino Gomes já pode ser considerado um clássico popular da historiografia brasileira. Foi exatamente essa a intenção do autor, alcançar um público mais amplo, não necessariamente integrante do meio acadêmico, para que cada brasileiro possa ter a oportunidade de conhecer melhor um determinado período histórico de seu país.

Achei a narrativa fluida e de fácil compreensão, os capítulos são curtos o que evita aquele sentimento de monotonia durante a leitura, pois a descrição dos fatos não é exaustiva. Para mim, todo mundo deveria ler esse livro em algum momento da vida, pois nos ajuda a entender quem é o povo brasileiro e como surgiram muitas de nossas características.


Creio que ele poderia ter sido mais crítico e forçado menos a barra. Acho que em vários trechos do livro ele tenta elevar o Brasil e reduzir Portugal, seja pelo tamanho do território, seja por outros dados que não deveriam ser comparados... creio que houve um nacionalismo forçado e um certo desrespeito com Portugal em alguns momentos...
Também acho que ele errou ao criticar o filme da Carla Camurati e seguir pelo mesmo caminho. Achei que ele iria desfazer a imagem caricata de D. João VI e Carlota Joaquina, mas pelo contrário, ele consegue acrescentar detalhes pessoais ainda mais pitorescos.

É, sem dúvida, uma obra que apresenta o Brasil aos brasileiros e revela uma história mais parecida com a característica do povo que encontra nos tropeços do dia-a-dia, na pobreza, no fracasso, nas humilhações uma forma de dar a voltar por cima e recomeçar. Sempre.

Cicero Durães
15/08/2016

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Carcereiros (Drauzio Varella)


CARCEREIROS é um daqueles livros que mudam sua forma de pensar. É contado em episódios vivenciados por amigos de Drauzio Varella, os quais constituem uma narrativa impossível de parar de ler. 
Possui momentos tensos e reflexivos, em quais a linguagem formal e cuidada do autor diverge com a linguagem comum (e muitas vezes palavrões) dos presos e dos carcereiros.

É um livro maravilhoso, proporciona uma visão mais ampla e aproximada da realidade do sistema carcerário brasileiro. Todos que querem expandir seus horizontes e melhorar seus argumentos sobre o assunto deveriam ler o livro.


O olhar do Dr. Drauzio nos aproxima dos seus personagens. Apesar de serem funcionários concursados e sem ficha criminal, sobre os carcereiros recai quase o mesmo estigma que carregam os prisioneiros: de serem pessoas más, violentas, e a margem da sociedade.


Outro mérito interessante do livro é trazer à tona uma discussão mais ampla sobre os problemas das prisões. Sem ter ele mesmo respostas para um problema tão amplo, Dr. Drauzio aponta a impossibilidade das prisões, pelo menos no seu formato atual. Ele fala do contraste da luta pelos direitos humanos em guerras e situações excepcionais, e o total descaso com o preso, que é torturado o tempo todo .


Uma cadeia obedece a leis e códigos de conduta próprios, e um tênue equilíbrio de forças mantém a ordem entre os dois lados das grades. De um lado, os presos, frequentemente apinhados em condições subumanas, esquecidos pelo poder público. De outro, os agentes responsáveis por vigiá-los.”


No decorrer da leitura algumas imagens formadas pelo leitor proporcionam uma breve sensação de nervosismo, medo, estigmatização, etc... e uma revelação interessante da origem do interesse de Drauzio pelo dia a dia de pessoas que persistem no crime e de pessoas nas quais são depositadas enormes responsabilidades, com o objetivo de diminuir a violência na sociedade a qual pertencemos. 


O ponto positivo do livro é que, apesar de contar situações extremas, como quando a Polícia invadiu o Carandiru, há também histórias sobre os carcereiros, que, por vezes, são engraçadas, como a de Sombra, cuja esposa o mandou embora de casa sem ele ter realmente a traído. Nessa história, Varella surge como um prosador cômico, já que é possível gargalhar das mesmas enquanto se lê.


Como sempre, Drauzio consegue humanizar suas obras como poucos contadores de histórias.  Além do aspecto literário, a obra vale a pena por mostrar um cotidiano que sempre foi invisível aos olhos da sociedade, mas palpável àqueles que vivem a rotina. Além disso, nos faz rever alguns conceitos sobre a humanização dos presidiários; nos mostra as mazelas do governo no sistema carcerário e a falta de apoio civil e estatal para essa tarefa tão banalizada que é ser carcereiro.



Cicero Durães
31/10/2016

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Não Se Desespere (Mario Sergio Cortella)


Este excelente livro aborda temas do cotidiano dos seres humanos, oferecendo a seus leitores a oportunidade de ter momentos de divagação, paz interior, de afastamento das preocupações do dia a dia, de reflexões, de perceber o que sente e se conhecer. São provocações filosóficas que convidam a buscar conhecimento interior. É um livro de filosofia que proporciona a oportunidade de cada um conhecer-se a si mesmo.


Temas como religião, ética, política, educação, sonho, motivação, cooperação e diversos outros são abordados de uma forma a auxiliar a busca do bem-estar, a colaborar com a conquista daquele sentimento de tranquilidade.

Cada capítulo aborda um tema e apesar de serem curtos, são completos, ricos em informação e, um a um, merecem uma reflexão. A leitura deste livro é muito prazerosa com informações filosóficas desde os filósofos gregos até os filósofos da atualidade, inclusive esse honrado escritor que nos oferece uma cultura geral e uma nova visão do mundo e da vida.


Cicero Durães
27/10/2013

sábado, 1 de outubro de 2016

Tequila Vermelha (Rick Riordan)


Imagina um filme Quentin tarantino ? Assim posso definir este excelente livro de Rich Riordan. Escritor que ficou mais famoso por aqueles livros de fantasia mitológica. Que particularmente não gosto dessa saga do Piercy Jackson por ser CREPÚSCULO demais para o meu gosto.


Rick consegue criar uma trama com suspense e muita confusão, com aquele “quê” de aventura que já conhecemos bem demais, mas com uma abordagem menos infanto-juvenil. O personagem principal é também o narrador e cativa a leitura do início ao fim. O romance, ou deveria dizer os romances, são abordados entrelaçados à trama principal, e de forma mais adulta e madura que os pequenos romances de outras séries do autor. 

Jackson Tres Navarre volta para sua cidade após um década. Determinado a descobrir os motivos que levaram à morte do seu pai, ele acaba se envolvendo com gente perigosa e correndo risco de perder a vida várias vezes. Após o desaparecimento de uma antiga namorada, a coisa começa a ficar feia. Será que ele conseguirá descobrir o que aconteceu com ela e será que seu desaparecimento tem alguma relação com a morte do pai dele?

Tequila Vermelha é um livro cuja leitura flui bem, com capítulos pequenos que não cansam. Eu não sou um verdadeiro fã do gênero policial, gosto e leio. E esse livro foi gostoso de ler, deu para imaginar muito bem o clima do Texas. Era, como num comentário na capa, quase possível sentir o calor do lugar.

Como eu disse, acho que muita gente deixa de aproveitar a leitura desse livro por causa da série dos olimpianos. Não vão com muita sede, não esperem demais porque não vão encontrar o Percy e nem a narrativa descontraída, jovem, adolescente, da série no livro. (Ainda bem!!!)


CICERO[N.C.S]
01/10/2016

terça-feira, 20 de setembro de 2016

O Verso e a Cena (Fábio de Melo)

O livro é bem simples, mas com um visual fotográfico impressionante. Cada imagem vem acompanhada com uma frase ou pensamento do Fábio de Melo. Pra quem curte poesia é bem interessante o uso combinado das imagens com as palavras.

Neste livro revela, o registro imaginativo de uma visão da vida, ao aliar as suas belas e de certa forma surpreendentes imagens aos versos curtos, ao mesmo tempo precisos e delicados, que as comentam. a paisagem física evita inteiramente os clichês. 

Não há fotos de animais selvagens, tampouco de vastas amplidões vegetais. Em vez disso, o olhar se concentra, por exemplo, nas bordas do continente, fazendo um belo uso do contraste entre a pedra e a água.

Para momentos de reflexão, é um livro que serve para a comtemplação sobre os instantes da vivência humana e sendo externando isso em detalhes minuciosos.

CICERO[N.C.S]

30/10/2013

sábado, 10 de setembro de 2016

Michael Jackson - A Magia e a Loucura (J. Randy Taraborrelli)


A obra é sem dúvida, uma excelente fonte de informações sobre Jackson. O autor, inclusive, merece todo o crédito. Ele acompanhou a carreira do músico desde quando ele ainda era uma criança e cantava com os irmãos no Jackson 5. Há entrevistas que Taraborrelli fez com Michael desde a década de 70 até os anos 2000. Ou seja, trata-se de alguém próximo do músico e com muita história para contar. 


O biógrafo mostra os bastidores da carreira de Michael Jackson - os primeiros anos como astro-mirim na gravadora Motown, a 'declaração de independência' em relação ao pai e aos irmãos, o histórico do passo 'moonwalker', a caminhada para trás, a gravação do vídeo 'We Are the World', a concepção de Thriller e a compra dos direitos sobre as músicas dos Beatles. 

Resultado de 30 anos de pesquisa e de entrevistas, algumas com o próprio Michael - embora se trate de uma biografia não-oficial -, este livro de J. Randy Taraborrelli faz um histórico da carreira do astro e principalmente de seu histórico pessoal e familiar. 


CICERO[N.C.S]
10/09/2016

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

A Menina que Roubava Livros (Markus Zusak)


O livro retrata a história de uma menina chamada Liesel, que vive em meados dos anos 40, em plena II Guerra Mundial. Se não bastasse isso, a mãe é obrigada a levar os filhos para adoção, no caminho seu irmão acaba falecendo no trem, com os olhos abertos. E nisso ela “encontra” o livro. Se apaixona por seu pai adotivo, e com ele, ela aprende a ler e escrever. 

Um livro com uma linguagem acessível e simples, com um enredo fácil e muito envolvente, que aborda a natureza humana de uma forma ingênua. O livro é narrado pela Morte, e tem uma história suave e trágica ao mesmo tempo.


Liesel Meminger é a menina que encontrou a morte três vezes. A garotinha conseguiu tapeá-la nas 3 vezes que a morte tentou leva-la.
Impressionada, a ceifadora de almas decide nos contar sua trajetória, pois, como ela mesma diz, em seu ramo de trabalho, o único dom que lhe salva é a distração. Ela mantém sua sanidade.

A narração deste livro expressa uma sensibilidade que não poderia ser humana, ela é feita toda pela “Morte”. Apesar da afirmação “Eis um pequeno fato, você vai morrer” ela nos conta a trajetória da menina que roubava livros com uma simplicidade e suavidade capaz de esmiuçar os diferentes sentimentos humanos, sejam eles bons ou maus.


CICERO[N.C.S]
01/09/2016

sábado, 20 de agosto de 2016

1984 (George Orwell)


Num mundo caótico, onde ninguém tem privacidade e onde há uma tecnologia de vigilância em todos os lugares. Este dispositivo registra instantaneamente tudo que acontece com cada pessoa, suas falas, suas atitudes, suas vontades e, dessa forma, todos vivem à mercê de um regime autoritário e controlado.

A obra de George Orwell lançada em 1948 é considerada uma das mais importantes do século XX e levanta questionamentos políticos e sociais que até hoje, condizem com a nossa realidade. O livro desde a primeira á última página é uma crítica constante à sociedade e não daquela época, mas esse livro é atemporal. A impressão do leitor é que está falando para si e o mundo que está vivendo, seja em qual parte do mundo for. Aqui no Brasil com nossa polítca corrupta também dá pra fazer uma análise, e encontrar muitos exemplos descritos no livro.

Neste mundo toda sociedade é controlada pelo “partido” e liderada pelo GRANDE IRMÃO, um ser onipresente que foi criado para que a população aceitasse com maior facilidade todas as regras do sistema. Sua figura, estampada em diversos cartazes pela cidade, é representada por um homem de grandes bigodes, tem características de um ditador como Stalin, que parece também com Hitler e sua adoração, com um olhar profundo capaz de segui-lo para onde quer que você vá. 


O protagonista da trama é Winston Smith um funcionário do departamento de documentação do ministério da verdade, cuja função é adulterar os fatos do passado moldando-o para condizer com os interesses políticos do atual momento. Para compreender a profundidade de seu drama primeiro faz-se necessário entender as características da sociedade criada por Orwell.

O livro nos faz pensar numa analogia nos tempos atuais. E se tudo isso acontecer de verdade? E se dados são falsificados para justificar uma verdade que, na verdade, é uma mentira? Claro que não vivemos em uma situação assim (ao menos não que eu saiba), mas nos deixa com uma interessante pulga-atrás-da-orelha. A obra tem uma leitura fácil e dinâmica, e você vai perder horas descobrindo sobre esse mundo de manipulação e distopia; e talvez até um pouco perturbado.

Uma das poucas partes que a leitura se torna pesada é quando o protagonista lê certo livro que analisa o cenário do governo da Oceania. A Terra agora é divida em três grandes-continentes: a Oceania, a Eurásia e a Lestásia. Mas, voltando a parte em que a leitura fica pesada, a narrativa descreve o livro que Winston lê, porém ele traz filosofias de como tudo ali funciona, o que também é bastante interessante. Assim como outros livros, como Jogos Vorazes ou Ensaio Sobre a Cegueira, ele causa aquele incômodo por se tratar de um ambiente completamente diferente do nosso.

Uma observação inútil: O programa LIXO Big Brother desenvolvido pelo holandês John de Mol, que é uma casa cheia de câmeras pra todos os lados com pessoas sendo vigiadas, tem esse nome por causa desse livro! É uma referência ao personagem do Grande Irmão de 1984. 


Existe também um filme feito em 1984 (Olha só a data) que pode ser visto no YouTube de forma gratuita. Neste filme temos John Hurt que também fez o filme V de VINGANÇA. (Coincidência demais, não?) V de VINGANÇA de Alan Moore foi totalmente influênciado por este livro aqui. História em quadrinhos que depois foi adaptada ao cinema. Figuras autoritarias, regime totalitário e falta de esperança e descrença no futuro é bem observado aqui. 

1984 é intenso e cruel. Há torturas angustiantes. Senti calafrios por toda a leitura. Devemos avisar que os leitores precisam preparar seus corações e seus estômagos, claro, pois as cenas são fortes. 
Esta é uma leitura forte e um clássico que deveria ser lido por todos nós pois acrescenta e muito, não é apenas uma leitura "divertida" ela nos faz desenvolver questionamentos sobre o que vivemos atualmente.

O Grande Irmão zela por ti, O Grande Irmão é o líder. O correto. O maravilhoso. Ele é praticamente Deus. E ai se você dizer o contrário. É ele quem toma as decisões e ele está sempre correto.
Frase marcante desse livro:


" Liberdade é a liberdade de dizer que dois mais dois são quatro. Se isso for admitido, tudo o mais é decorrência."

(George Orwell)



NOTA: 9




CICERO[N.C.S]

20/08/2016

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Jesus, O Maior Psicólogo Que Já Existiu (Mark W. Baker)


O livro “Jesus o Maior Psicólogo Que Já Existiu” é ótimo, o que eu gostei no livro foi porque ele adentrou bem na profissão do psicólogo, além de tudo você irá se identificar com a história de vida de alguns pacientes, afinal problemas todo mundo tem mas nem todos tem coragem de abrir o coração e liberar os monstrinhos que existem em cada um de nós.

O livro de uma maneira geral, fala de vivencias do nosso cotidiano que achamos muitas vezes difíceis, e devido toda a nossa dificuldade em administrar tais fato, a autora do livro mostra o tempo todo de uma forma simples e fácil, a passagem de Jesus e sua vivência com seus apóstolos,mostrando seus ensinamentos, seus dons, vocações e forma de liderar com consciência e entendimento no assunto.

Ele também trás a solução para esses problemas a partir do momento que Mark aplica os ensinamentos de Cristo ( ou seja é praticamente a união da Psicologia com os ensinamentos cristãos) e o legal de tudo é que é tão fácil a gente solucionar nossos problemas mas obviamente fazemos o maior dramalhão, com isso só fazemos aumentar a problemática e se afastar da solução. 

CICERO[N.C.S]
1/08/2016

sexta-feira, 15 de julho de 2016

O Mistério da Estrela - Stardust (Neil Gaiman)


Eu sei, a sinopse parece o maior clichê do mundo, é verdade, mas o nome de Neil Gaiman me deixou curioso.

O livro conta a trajetória de Tristan em busca da estrela cadente que ele prometeu para sua amada em troca de sua mão, mas durante o caminho ele descobre que não é o único que quer a tal estrela. Príncipes competindo pelo trono, bruxas obcecadas por beleza, todos parecem querer algo dela. O outro lado da muralha se mostra mais complicado do que parecia. É tudo tão bizarro que é impossível parar de ler. 

Mas já vou avisando que, apesar de muitas coisas nele serem típicas de fantasia, este não é um conto de fadas comum - é mais para adultos. Sim, há algumas cenas de violência e sexo que eu não recomendaria para criancinhas. Mas não são muitas, o que me deixou confusa na hora de classificá-lo (Adulto? Jovem Adulto?).

Além disso Neil Gaiman não trata seus leitores como se eles precisassem da textura da grama da campina para poder entender o cenário. Ele descreve as pessoas, as paisagens, tudo de uma forma naturalmente diluída durante o decorrer da história, isso faz com que a leitura não seja cansativa e você devora o livro em pouco tempo - até porque ele só tem 280 páginas. 

Os personagens são bem construídos e cativantes, principalmente por não serem aqueles heróis e vilões extremamente exagerados em sua bondade/maldade. É tudo um jogo de desejo - a estrela, o reino, a beleza - e até onde os personagens vão para conseguirem o que querem.

Vocês devem conhecer o filme de mesmo nome - com Michelle Pfeiffer, Robert DeNiro, Claire Danes e um ainda inexperiente e desconhecido Ben Barnes. E o filme é fiel ao livro, apesar de suas inevitáveis modificações. Eu, gostei mais do livro, mas vejo muitos falando que gostaram mais do filme.


CICERO[N.C.S]
15/07/2016

sexta-feira, 1 de julho de 2016

Será Verdade ? (Joey Green)


O que as pessoas fariam se descobrissem que muitas dos fatos nos quais acreditam são grandes mentiras? Pois isso está preste a acontecer. Nesse livro repleto de afirmações desmentidas, o autor se apega a detalhes, que fazem toda a diferença, para revelar que essas tais ?verdades absolutas? são, na verdade, histórias cheias de furos, desmitificando muitas das nossas crenças.


Leonardo Da Vinci não pintou a Mona Lisa? O avestruz não enterra a cabeça no solo? Essas e outras afirmações, tão ou mais surpreendentes, estão contidas nessa enriquecedora obra. Como muitas vezes, não conhecemos a origem dessas afirmações, acabamos sendo impedidos (e muito) de enxergar o que é real por detrás de tantas histórias.

Será verdade? é um verdadeiro antídoto contra o senso comum, que irá proporcionar ao leitor a chance de ter um conhecimento um pouco mais autêntico num mundo em que praticamente só existem repetições de tudo o que já foi dito.


CICERO[N.C.S]
1º/07/2016

sexta-feira, 10 de junho de 2016

Auto da Compadecida (Ariano Suassuna)



Quem nunca assistiu o filme "Auto da Compadecida"? É difícil. 
Para mim um dos melhores filmes nacionais que já existiu. 
No livro que é adaptação de uma peça de teatro a história é mais enxuta. E colocaram mais personagens e elementos. O personagem SACRISTÃO é presente no livro, mas retirado no filme. Vejo que é um personagem muito forte no livro. Foi um erro ter tirado do filme.

O 'Auto da Compadecida', de Ariano Suassuna, consegue o equilíbrio perfeito entre a tradição popular e a elaboração literária ao recriar para o teatro episódios registrados na tradição popular do cordel. É uma obra constituída pela descrição do cenário do sertão nordestino com muito bom humor.
As peripécias de Chicó e João Grilo retratam a alegria do povo nordestino, que mesmo com as adversidades da vida, não deixa de sorrir e sonhar.
Até mesmo, a forma como Ariano Suassuna apresentou a religiosidade no livro é divertida.
Desde a primeira página até a última a obra convida ao leitor a dar inúmeras risadas.

A história é contada em prosa. O cenário é o sertão da Paraíba, na cidade de Taperoá, contando as histórias e casos populares nordestinos. Com muito humor, o autor fala da miséria humana, da mesquinharia das pessoas, do racismo e da luta pelo poder. Revela os costumes regionais, o caráter religioso e católico dos cristãos e a amizade entre João Grilo e Chico. 


CICERO[N.C.S]
13/08/2013

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Ponto de Impacto (Dan Brown)


O livro chama muita atenção para aqueles que gostam do tema de ficção cientifica, com supostas vidas extraterrestres, mas não ataque alienígena nem nada disso, apenas a questão de vidas em outro lugar fora da Terra, mas não especificamente inteligente, qualquer ser vivente, desde uma simples bactéria a um simples insetos.

O livro é muito interessante, principalmente, por ter esta questão em jogo, aprisionando todos os leitores, por ficarmos curiosos, com a história, como todos os livros de Dan Brown, este é bem elaborado, com a mistura de diversos conhecimentos, desde físico e astronáutico até ações militares.

Os livros de Dan Brown para mim seguem uma linha muito tendenciosa quando tentam afirmar verdade, numa ficção, porém esse livro é ótimo. Logo no início eu me prendi na história. A forma como o autor descreve a história é simplesmente contagiante! Ele é direto, sem floreios na história, porém permite que a trama tenha vários fatos e ações. Aprendi muito com o livro, principalmente em questão da política americana e dos conceitos da NASA e me surpreendi com os desfechos alucinantes da história. Uma mistura de suspense, ciências, política, romance e ação policial nunca tão bem reunida, e personagens absolutamente adoráveis e detestáveis. 


CICERO[N.C.S]
12/08/2013