terça-feira, 1 de agosto de 2017

ATEMPORAL


Vou me definir sem explicação

Entendendo o que sou hoje; 
não servirá para amanhã. 

Sou um poeta articulando pensamentos 
depois de uma calmaria insana
em tempestades cinzentas.

Serei como um anjo atormentado 
procurando a luz no fim do túnel
depois do começo do vendaval.

Te convido para mais um dia comigo
que será guardado no meu passado
  porque o que sou, é atemporal ! ! !


Cicero Durães
28/07/2007

Aristóteles


O ignorante afirma, 

o sábio duvida, 
o sensato reflete.

(Aristóteles)

ALGUM LUGAR AO QUAL EU PERTENÇA


Quando isto começou

Eu não tinha nada a dizer
E me perdi no nada dentro de mim
Eu estava confuso
E deixo tudo isso sair para descobrir
Que não sou a única pessoa com essas coisas em mente.

Dentro de mim
Mas todo o vazio que as palavras revelaram
É a única coisa real que me resta para sentir
Nada a perder
Simplesmente preso, vazio e sozinho
E a culpa é toda minha, e a culpa é toda minha.

Quero me curar, eu quero sentir
O que achei que nunca fosse real
Eu quero deixar ir essa dor que segurei por tanto tempo
Apagar toda a dor até que ela se acabe.

Quero me curar, eu quero sentir
Como se estivesse perto de algo real
Eu quero achar algo que sempre quis
Algum lugar ao qual eu pertença.

E eu não tinha nada a dizer
Não acredito que não cai de cara no chão
Então o que eu sou?
O que eu tenho além de negatividade?
Porque não posso justificar a forma que todo mundo está olhando para mim
Nada a perder
Nada a ganhar, vazio e sozinho
E a culpa é toda minha, e a culpa é toda minha

Nunca me conhecerei até que eu faça isto sozinho.
E nunca vou sentir mais nada
Até que minhas feridas estejam curadas
Eu nunca serei nada, até que me separe de mim
Eu irei romper, vou me encontrar hoje.

Quero me curar, eu quero sentir
Como se estivesse perto de algo real
Eu quero achar algo que sempre quis
Algum lugar ao qual eu pertença.


(Chester Bennigton)

As Crônicas do Artur: O Rei do Inverno (Bernard Cornwell)


Rei do Inverno é o primeiro volume da trilogia das Crônicas de Artur. Nessa trilogia Cornwell pretende contar a história do famoso Artur (aquele mesmo da Távola Redonda) baseado em alguns achados arqueológicos e dados encontrados que foram atribuídos ao mitológico Artur, além de incluir batalhas registradas para o século IV e V, tudo isso misturado claro, com uma grande dose de ficção


O Rei do Inverno conta a mais fiel história de Artur, sem os exageros míticos de outras publicações. A partir de fatos, este romance genial retrata o maior de todos os heróis como um poderoso guerreiro britânico, que luta contra os saxões para manter unida a Britânia, no século V, após a saída dos romanos. “O livro traz religião, política, traição, tudo o que mais me interessa,” 

Apesar de sua narrativa apontar Artur como o grande centro das atenções do livro, a história é contada sob o ponto de vista de Derfel Cadarn, inspirado em São Derfel Gadarn de Gales. Descrito em suas principais cenas como um guerreiro confiante e leal à causa de Artur. explica Cornwell, que usa a voz ficcional do soldado raso Derfel para ilustrar a vida de Artur. O valoroso soldado cresce dentro do exército do rei e dentro da narrativa de Corwell até se tornar o melhor amigo e conselheiro de Artur na paz e na guerra.

O período em que o livro é situado é chamado Era da Trevas, na Idade Média. O romance histórico mescla seu desenvolvimento com uma boa dose do gênero fantasia. Apresentando personagens cativantes, o Rei do Inverno é mais uma imersão em um contexto histórico lapidado por Cornwell.

Falando nisso entro nos personagens, todos eles muito bem inseridos na trama. Temos Merlin, Morgana, Lancelot, Guinevere, interligados em diferentes níveis da trama. Muitas pessoas podem estranhar a história, ainda mais aquelas que gostam da versão lendária do "Rei Artur". Não posso tomar essa como certa ou não, como amante de história gostei bastante do intricado jogo de invasões, batalhas, traições e política, mas como fã de uma boa fantasia senti falta de mais fantasia. Não sei, é um contexto novo e que merece destaque pela destreza de Cornwell de fundir a história ao personagem. Ainda é cedo para saber minha opinião final, estou curiosa para ler os outros livros e terminar esse quebra-cabeça começado por aqui. 

As descrições presentes no livro, podem ser consideradas lentas para alguns, mas ao meu ver ela foram fundamentais, um jogo de palavras poderoso que nos transportam para dentro da história, nos fazendo enxergar claramente os cenários e as batalhas. 

Com uma narrativa extremamente fantástica e muito bem fluída, O Rei do Inverno é o livro certo para aqueles que gostam de histórias medievais cruéis e com várias reviravoltas, mas sem exagerar no sobrenatural. Leitores de obras como As Crônicas de Gelo e Fogo estão convidados a checar esse sensacional livro. 


NOTA: 9

Cicero Durães
04/07/2017