sábado, 31 de outubro de 2015

PREMISSA do ESQUEMA


Incide o resultado
Atrevo insistir
Mudaram o passado.

Prova que voltou

Coração friento
Alguém se importou.

Tudo tem razão
Ciclo derrotado
Nada por acaso.

CICERO[N.C.S]
31/10/2015

PLANO de MÉRITO


Retraiu sobre a vida
Hipóteses deixadas
Vê se tem saída.

Cuidado onde pisa
Especulações na mão
Verdade dividida.

Alguma coisa não dita
Espaço que afasta
Pensou melhor na vida.


CICERO[N.C.S]

30/10/2015

Carlos Drummond de Andrade


Ser feliz sem motivo é a mais
autêntica forma de felicidade.


(Carlos Drummond de Andrade)

Carlos Drummond de Andrade


Há dias que a vida é indiferente,
e uma indiferença é a felicidade.


(Carlos Drummond de Andrade)

Carlos Drummond de Andrade


A aurora revela o mundo a cada manhã,
mas a revelação é logo abafada.


(Carlos Drummond de Andrade)

Carlos Drummond de Andrade



O esquecimento procura fabricar 

uma rede confortável para a insônia.


(Carlos Drummond de Andrade)

Carlos Drummond de Andrade


O sentido da vida é 
buscar qualquer sentido.


(Carlos Drummond de Andrade)

Carlos Drummond de Andrade


Se a máquina do tempo nos tritura,
Ao mesmo cria imagens novas.
Renascemos em cada criatura
Que nos traz do infinito as boas novas.


(Carlos Drummond de Andrade)

Carlos Drummond de Andrade


Se procurar bem você acaba encontrando.
Não a explicação (duvidosa) da vida,
Mas a poesia (inexplicável) da vida. 


(Carlos Drummond de Andrade)

AUSÊNCIA


Por muito tempo achei que a ausência é falta. 
E lastimava, ignorante, a falta. 
Hoje não a lastimo. 
Não há falta na ausência. 
A ausência é um estar em mim. 
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços, 
                                                                            
que rio e danço e invento exclamações alegres, 
porque a ausência, essa ausência assimilada, 
ninguém a rouba mais de mim. 


(Carlos Drummond de Andrade)

O AMOR ANTIGO


O amor antigo vive de si mesmo, 
não de cultivo alheio ou de presença. 
Nada exige nem pede. Nada espera, 
mas do destino vão nega a sentença. 

O amor antigo tem raízes fundas, 
feitas de sofrimento e de beleza. 
Por aquelas mergulha no infinito, 
e por estas suplanta a natureza. 

Se em toda a parte o tempo desmorona 
aquilo que foi grande e deslumbrante, 
o antigo amor, porém, nunca fenece 
e a cada dia surge mais amante. 

Mais ardente, mas pobre de esperança. 
Mais triste? Não. Ele venceu a dor, 
e resplandece no seu canto obscuro, 
tanto mais velho quanto mais amor. 


(Carlos Drummond de Andrade)

Amar se Aprende Amando (Carlos Drummond de Andrade)


Nos poemas deste livro 'Amar se aprende amando' Enfim, o título não podia ser o mais correto possível: "amar se aprende amando". E só se ama no dia-a-dia, entre maus humores e desabafos, entre entusiasmos e festinhas, entre longas despedidas e boas vindas.

É uma coletânea de poemas sobre as pequenas e quase anônimas coisas do nosso cotidiano. O que não deixa de ser amor, afinal é nas pequenas coisas do dia a dia que esse sentimento se esconde ou se mostra. Destaco o poema "Amor Antigo", um dos meus favoritos de Carlos Drummond de Andrade.


Quem nunca imaginou como era estar apaixonado? É como andar de bicicleta, você só aprende tentando, e claro... caindo. No amor, as quedas seriam os nossos erros, as traições, o que fazemos de errado ao magoar alguém que amamos.


É um dos livros mais perfeitos que eu já li. É um olhar profundo sobre as pequenas coisas do cotidiano e uma reflexão sensível sobre aquilo que vemos e não enxergamos. Por ser um clássico, isso pesa até o ponto em que somos obrigados a amar. Nem que seja, amar a nós mesmos.

 O livro abrange a poesia de uma forma sincera e verdadeira, é seguro e suave. Parece querer demonstrar toda a admiração que sentia pela vida, pelas pessoas e pelas coisas mais simples: a essência do que é mais precioso na vida! Uma rua, um sorriso, uma flor, uma praça, o mar, tudo se transforma em poesia nas mãos desse poeta.

A grande lição que o poeta tenta nos passar está no título dessa obra, simples assim... e sublime!
Amar se aprende amando, gente! E o mesmo vale para outras atividades, sobretudo para aquelas que exigem alguma dose desse mesmo amor!


CICERO[N.C.S]
31/10/2015

terça-feira, 27 de outubro de 2015

CEM PEDRAS


Parado no meio do caminho
Lembramos tudo que foi dito
Cem pedras pra te acusar
Vai esperar tudo o que eu digo.

Desperdiça as melhores intenções
Joga fora que nada te convenha
Dê um tempo para perceber
Das qualidades que melhor se tenha.

Move-se perpectivas sobre a ponte
Construindo castelos com as pedras
Quando tudo te parecer pequeno
Estarei contigo quebrando as regras.

CICERO[N.C.S]
27/10/2015

DUPLO RENASCER


Estou no meio dessa cruzada
Cercado por prelúdios sem nexo
Ostracismo da retina no sub-solo
Na penumbra que me deixa perplexo.

O que eu faço de olhos fechados
E no meio da conexão que alívia
Tiraria das suas afeições forjadas
Conselhos pra começar bem o dia.

Marquei numa condição resolvida
Vai esperar o nosso duplo renascer
Se desesperar o que foi deixado
Nascer duas vezes é sobreviver !

CICERO[N.C.S]
25/10/2015

MURO no DESERTO


Antes do que eu saiba
Depois do que eu senti
Existia o muro das aflições
Das melhores visões que eu já vi.

Demora pra sucumbir ao desengano
Agora não te direi o que é certo
Replay dos melhores momentos
O que ficou me deixou deserto.

O resto de alegria não me serve
O tempo vago que ficou pra sempre
Atrás de tudo que foi sonhado
Contarei a mesma história novamente.


CICERO[N.C.S]
23/10/2015

C. S. Lewis


Dificuldades preparam
pessoas comuns para 
destinos extraordinários.


(C. S. Lewis)

J. R. R. Tolkien


Nem todos que vagam estão perdidos.

(J. R. R. Tolkien)

A ESTRADA SEGUE SEMPRE EM FRENTE


A estrada segue sempre em frente
Deixando a porta onde começa
Agora distante a estrada continua
E eu devo segui-la, se eu puder.

Conquistando-a com meus pés ávidos
Até que ela se junte a um grande caminho
Onde muitas trilhas e tarefas se encontram
E para onde depois? Não sei dizer.


(J. R. R. Tolkien)

O SENHOR dos ANÉIS - O Retorno do Rei (2002)


Uma das coisas mais tristes do cinema foi dar adeus a uma das maiores franquias da história, Peter Jackson construiu uma obra que angariou 11 Oscars e entrou para a história do cinema como o filme que mais ganhou Oscar na história (empatado com “outros dois aí”) e isso é só uma das coisas pelas quais O Retorno do Rei é um marco.

Constantemente as pessoas brincam que O Retorno do Rei tem pelo menos uns 10 finais diferentes e isso é fácil de explicar… Ninguém queria que o filme acabasse, certamente eu não queria e acredito que posso falar pelo meu “amigo” Peter quando afirmo que ele também queria continuar fazendo isso pra sempre, eu poderia continuar assistindo aqueles finais o dia todo, na verdade, assim que o filme acabasse poderia começar outro filme com a história de vida de Sam pós-destruição do Um Anel.

O filme pode ser considerado ficção, mas possui uma série de elementos importantes que trazem à tona os valores humanos que, cada vez mais, têm sido deixado de lado pela sociedade. Os ensinamentos colocados a cada escolha de caminho, a forma com que os seres agem, pensam, interpretam a vida e os costumes daqueles que não fazem parte do seu “clã”, digamos assim, também são muito interessantes e podem trazer várias reflexões ao nosso estilo de vida. Entender, por exemplo, como a menor das criaturas pode fazer a grande diferença, resolver um problema global de forma que nem o melhor e mais destemido guerreiro conseguiria, é, no mínimo, algo que deveríamos considerar como muito importante.

Se eu mencionei momentos memoráveis em O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel, o que dizer sobre esse filme? Eles é inesquecível do inicio ao fim, mas ainda mais inesquecível é ter conhecido personagens como Sam, Legolas, Gimli, Gandalf, Elrond, Aragorn, Frodo, Smeagol e todos os outros, mas certamente eu sei que muitas pessoas da minha geração ficam ainda mais gratas ao final desse filme por Peter Jackson ter nos apresentado Tolkien, no Brasil nem todo garoto de 14 anos nos anos 2000 conhecia Tolkien, e o fato de conhecermos agora, o fato de toda criança brasileira saber quem é Tolkien certamente é algo inesquecível.

O Retorno do Rei mantém o mesmo alto nível de qualidade dos dois filmes anteriores, destacando-se também pelas belíssimas paisagens da Nova Zelândia e pelas violentas cenas de batalhas. Assim como a guerra no Abismo de Helm em As Duas Torres, o confronto dos orcs contra o reino de Gondor nos Campos de Pelennor nesse terceiro episódio foi certamente o ápice das três horas e vinte minutos de filme. Se a batalha no Abismo de Helm, numa tenebrosa noite chuvosa, com o exército de aproximadamente dez mil orcs e uruks-hai, tinha proporções extremamente grandiosas, imaginem então o conflito colossal nos Campos de Pelennor, com o exército de Sauron composto por cerca de duzentos mil soldados.

O RETORNO DO REI fecha com chave de ouro uma arriscada jornada que o cineasta Peter Jackson se propôs a fazer: transcrever para os cinemas a monumental obra de J.R.R. Tolkien considerada por muitos infilmável. Mas, como já havia ficado claro desde o primeiro capítulo da saga, A SOCIEDADE DO ANEL, Jackson conseguiu superar até as mais otimistas das expectativas. Fez todas as escolhas certas: recrutou um elenco excepcional, escreveu um roteiro ao mesmo tempo enxuto e fiel aos livros e com toda a essência de Tolkien sobre a Terra-Média.
Um final épico, uma obra-prima do gênero de uma obra-prima da literatura que chega a conclusiva e fantastica parte da trilogia inspirada nos livros mais aclamados do mestre da fantasia, J.R.R. Tolkien. Peter Jackson conclui exausto, mas com grande chave de ouro, a saga do Um Anel, que tem que ser levada para Mordor para ser destruída e eliminar com a ameaça de Sauron, o Senhor do Escuro.


NOTA: 10


CICERO[N.C.S]
27/10/2015

O SENHOR dos ANÉIS - As Duas Torres (2002)


As Duas Torres foi a obra mais modificada por Peter Jackson para satisfazer o grande público como um todo, não somente os fãs da obra de Tolkien.
A película inicia a partir da metade do livro, nos mostrando a continuação da viagem de Frodo, Sam e o estranho Gollum em direção à Montanha da Perdição.

Antes de mais nada, é preciso compreender que esta segunda parte da trilogia inspirada na obra de J.R.R. Tolkien tem um enfoque bastante diferente do primeiro capítulo: em A Sociedade do Anel, a ação se concentrava em uma jornada intimista, preocupando-se em apresentar para o espectador os nove companheiros que decidiam aceitar a missão de levar o Um Anel para Mordor e destruí-lo. Desta vez, no entanto, a trama assume um caráter claramente épico, revelando o sofrimento dos habitantes da Terra-média e ilustrando o que os espera caso Sauron vença a batalha. Assim, conhecemos novos personagens e lugares importantes para a história e testemunhamos acontecimentos grandiosos e assustadores, o que tira um pouco do espaço reservado ao desenvolvimento dos protagonistas.

Depois da morte do guerreiro Boromir e da queda de Gandalf para o abismo de Khazad-dûm, a Irmandade do Anel - constituída por Frodo Baggins, o hobbit que tinha como missão destruir o anel, Sam, um hobbit que personifica a honestidade e a simplicidade, Pippin, um hobbit trapalhão, Merry, um hobbit astuto e divertido, os elfos Legolas e Elrond, o humano Aragorn, um guerreiro herdeiro do trono de Gondor - vê-se obrigada a separar-se em três grupos. No entanto, cada um dos seus elementos permanece imperturbável no objectivo de afastar das mãos de Saruman. 

É com essa separação da sociedade do anel que o filme prossegue durante as suas 2h e 45 min, nos mostrando sempre o caminho percorrido por Frodo e Sam até o portão negro de Mordor, guiados pelo personagem mais interessante deste filme, a criatura Gollum (Andy Serkis).  Nos conta também a busca de Aragorn, Légolas e Gimli por seus amigos hobbits raptados, na qual reencontram o mago Gandalf (Ian McKellen), agora O Branco, após ele ter vencido o poderoso Balrog na escuridão sem fim e ter voltado à vida ainda mais poderoso. Por fim, temos a terceira linha do filme, onde encontramos Pippin e Merry com os Ents, criaturas com forma de árvore que são os seres mais antigos da Terra-Média.

Assim como em A Sociedade do Anel, Peter Jackson finaliza esse segundo filme em um ponto chave da narrativa. Apesar de não ser efetivamente o fim da história, há um encerramento do arco dramático que percorre todo o longa – o fim da ameaça de Isengard. Desta forma a projeção termina com um tom de conclusão, ao mesmo tempo que nos deixa ansiosos para a terceira parte. Como o próprio Gandalf diz: “A batalha pelo abismo de Helm terminou. A batalha pela Terra-Média está prestes a começar.”


NOTA: 10



CICERO[N.C.S]
27/10/2015

O SENHOR dos ANÉIS - A Sociedade do Anel (2002)



Em 1999, o diretor Peter Jackson, fã assíduo das obras de Tolkien, resolve adaptar “O Senhor dos Anéis” para o cinema, transportando a Terra-média para as telonas. Com uma grandiosa história em mãos, Jackson conseguiu convencer os a New Line Cinema a abrirem os cofres, com o investimento de US$ 300 milhões nas mãos para concretização do filme. No dia 10 de dezembro de 2001 temos finalmente o resultado deste trabalho com o lançamento do filme nas telas dos cinemas.

Vale ressaltar, que os três filmes da trilogia “O Senhor dos Anéis – A Sociedade do Anel, As Duas Torres e O Retorno do Rei” – foram filmados simultaneamente durante um período de 274 dias, em 16 meses. Algo bastante arriscado, se levarmos em conta de que se o primeiro filme fosse um fiasco, poderia drasticamente interromper a continuidade da trilogia nos cinemas e marcar pra sempre de modo negativo a carreira de Jackson, já que, por ter mais de 400 páginas, a tarefa de adaptar “O Senhor dos Anéis – A Sociedade do Anel” para as telonas não era das mais fáceis. Alguns personagens precisariam ser cortados e passagens do livro deveriam ser ignoradas. Porém, ao final, as respostas ao filme foram bastante significativas e positivas.

O roteiro de “A Sociedade do Anel” é um primor de adaptação. Muitos críticos de cinema consideram que o diretor conseguiu manter a alma da obra de Tolkien intacta no longa. Assim como no livro, o desenvolvimento inicial dos personagens é excelente, e contribui muito para os resultados que o filme alcança no final.

Como qualquer adaptação que se preze, existem diferenças significativas entre os escritos de Tolkien e a obra cinematográfica de Peter Jackson. A ausência de alguns personagens (como Tom Bombadil) e a inclusão de outros, com mais tempo de tela (como Arwen) teve impacto nos fãs, que chegaram a reclamar sobre o tratamento dado aos livros. No entanto, esta resposta negativa por parte dos admiradores acabou se dissipando com o tempo, quando Jackson conseguiu provar que tratava os personagens de Tolkien com a reverência pedida pelos fãs, mas também com a liberdade que qualquer realizador precisa para fazer seu próprio trabalho.

Com efeitos especiais impressionantes e trama bem adaptada, O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel é um dos episódios mais interessantes da trilogia. Além de acompanharmos o começo da jornada, temos contato com personagens interessantes e ação em doses generosas. Ainda que o filme exibido nos cinemas seja um tanto longo, prefira a versão estendida, lançada em DVD. Nela, os acontecimentos são ainda melhor resolvidos, a narrativa tem andamento mais elegante e algumas importantes passagens do livro são mantidas. São 208 minutos muito bem investidos – principalmente para quem é fã dos personagens criados por J.R.R. Tolkien

Muito se comentou positivamente nos últimos anos sobre essa produção de O Senhor dos Anéis e realmente o filme justifica toda a movimentação ao seu redor, pois consegue garantir quase três horas de pura diversão num verdadeiro cinema de entretenimento. E os próximos filmes da saga mantiveram ou até superaram as expectativas positivas, fazendo dessa trilogia um dos melhores momentos do cinema fantástico de todos os tempos.


NOTA: 10

CICERO[N.C.S]
27/10/2015

O Senhor dos Anéis - O Retorno do Rei (J. R. R. Tolkien)


Terminar uma saga épica é um desafio, uma vez que depois de dois livros que impressionaram fica difícil criar um desfecho que convença em magnitude de eventos e perfeição na descrição dos fatos, sem esquecer que os personagens merecem uma atenção cuidadosa porque cada um tem de possuir um término à altura de seus feitos durante a saga.

O Retorno do Rei fecha grandiosamente a já gloriosa trilogia O Senhor dos Aneis. Nesse volume que arranca lágrimas dos mais durões ao mesmo tempo que apresenta cenas de ação muito bem desenvolvidas com as já clássicas descrições detalhistas, o leitor encontra a origem de muitas histórias mais recentes que usam como tema o rei perdido e o heroi inusitado de origem humilde.

Dividido em duas partes como os livros anteriores, O Retorno do Rei se alterna basicamente entre os acontecimentos em Minas Tirith com a guerra e a jornada de Frodo e Sam através de Mordor. O livro V, que Tolkien queria ter chamado “A Guerra do Anel”, tem mais foco em Aragorn e seus dilemas pessoais para cumprir ou não seu papel como rei de Gondor. A questão da destruição do anel vai pro livro VI (e que ansiedade pra chegar nessa parte enquanto lemos!) com o título que Tolkien queria que fosse “O Fim da Terceira Era”. Na edição Millenium da trilogia, os títulos que Tolkien queria foram inseridos.

Primeiro ponto, é a amizade, e diria até que é a central da narrativa, mostrando que por alguém que amamos, podemos fazer coisas jamais pensadas, nem no fundo mais intimo de nossas mentes. Exemplo disso é o elo entre Frodo e Sam.
Segundo ponto, e o último; pois todos devem ler e tirar suas próprias conclusões e opiniões sobre a história, é como precisamos deixar as pessoas que amamos partir, sem interferir em seus futuros e no que é o melhor para elas, por mais que doa. Isso ocorre quando os membros da Sociedade do Anel seguem caminhos distintos.

Apesar de o livro ser contado sob o ponto de vista dos hobbits, o grande nome dele é Aragorn. Desde o primeiro volume já sabíamos que O Retorno do Rei seria sobre a ascensão do numenoriano ao trono de Gondor. Mas como ele faz para atingir tal posto e convencer a população a segui-lo é feito de uma forma impressionante. É nesse livro que enfim vemos o poder que estava escondido naquele guardião do Condado e no guerreiro e rei que ele se torna nos últimos capítulos.

O Retorno do Rei é extremamente denso, assim como os outros livros da série, mas por saber que este era o fim da estória, eu tive um gás maior para ler as páginas que faltavam. Mais uma vez fiquei impressionado com a capacidade de Tolkien ter criado um mundo novo, desde personagens de diferentes raças, as diferentes culturas que eles possuem, as descrições dos diversos lugares que aparecem na narrativa e a trama em si. Um destaque de toda a narrativa foi a descrição da guerra pela qual Aragorn, Legolas, Gimli, Gandalf, Pippin e Merry enfrentaram. O autor já tinha mostrado essa habilidade nos acontecimentos do livro As Duas Torres, mas nesse último fiquei ainda mais surpreso com isso. 

Outro destaque especial, agora em relação aos personagens, foi o Sam. A melhor participação dele na série é no terceiro livro, toda a fidelidade dele com o Frodo é comovente e mesmo quando ele está fraco, cansado, enfim, em um estado lastimável, ele relembra do Condado, das belezas do lugar em que ele viveu e que sente tantas saudades. Por causa disso passei a dar mais valor a ele.

Adorei toda esta saga, encheu-me completamente as medidas e penso que irei reler, daqui a uns tempos, porque acho impossível reter todos os significados, todos os detalhes numa só leitura.Tirei varias lições desses livros e acho que a maior de todas e viver na simplicidade, o que não significa viver na pobreza. É uma trilogia emocionante, intensa, com uma prosa magnífica, cheia de lugares que nos parecem tão reais, e cheio de personagens que ficam na nossa memória e que, tenha a certeza, me acompanharão sempre, daqui para frente.
CICERO[N.C.S]
27/10/2015

O Senhor dos Anéis - As Duas Torres (J. R. R. Tolkien)


As Duas Torres é a segunda parte da grande obra de ficção fantástica de J. R. R. Tolkien. É impossível transmitir ao novo leitor todas as qualidades e o alcance do livro. Alternadamente cômica, singela, épica, monstruosa, diabólica, a narrativa desenvolve-se em meio a inúmeras mudanças de cenários e de personagens, num mundo imaginário absolutamente convincente em seus detalhes.

Seguindo com a narrativa terminada em A Sociedade do Anel, o livro é divido em duas partes assim como o seu antecessor. Na primeira parte temos a batalha que leva o título do livro, e na segunda, a jornada de Frodo e Sam até Mordor. A primeira parte é mais dinâmica por tratar de assuntos referentes ao conflito com Sauron e seus adeptos. Já na segunda parte do livro é arrastada, mas reserva um final de tirar o fôlego e de se surpreender: Sam Gamgi rouba a cena nas últimas páginas do livro em um verdadeiro ato de heroísmo, enquanto Frodo está em grandes apuros... O resto, só lendo mesmo. O final termina de uma forma ao qual você tem vontade de querer bater em Tolkien por terminar a história daquela forma.

As Duas Torres, contudo o segundo volume da trilogia tem um ritmo mais lento e morno que peca por falta de grande profundidade dos personagens, e de descrições das batalhas, aqui os cenários são na verdade o grande foco narrativo de Tolkien, que continua rico em detalhes e faz uma escrita ate mesmo demorada.

Muitos leitores devem se pergunta por que o segundo volume da trilogia tem esse nome; As Duas Torres, bem, depois que o leitor ler o livro, ele ira entender que todos os acontecimentos deste livro se dão entre a torre do olho que tudo vê da terra de Mordor e a torre de Isengard, torre na qual Saruman planeja acabar com o mundo dos homens e comanda os seus exércitos de orcs.

Gollum (Smeagol) e ele, definitivamente, é o personagem mais marcante da segunda parte, mas ele é tão... irritante. Nesse livro, conhecemos mais de "perto" Gollum e na fajuta criatura em que se tornou. "Gostei" muito dele, porque ao mesmo tempo ele é um personagem complexo, e você não sabe o que passa na mente dele, mesmo "sabendo" que ele está tramando alguma coisa maldosa contra os dois hobbtis! Sam também foi mais explorado pelo autor, e vemos aqui a sua devoção pelo seu mestre Frodo e os seus esforços para protege-lo de todos os perigos do caminho. O último capítulo é um extremo exemplo disso, e vemos que Sam é um dos homens mais bravos da Comitiva.

E falando de personagens, dessa vez não há uma profundidade deles, os novos aparecem, marcam a estória em um ponto, mas é só isso, outra coisa é a falta de mais explicações sobre o mundo dos elfos, dos orcs e dos homens. Como elas já são dadas no primeiro livro, no segundo não há mais essa preocupação, porém há uma descrição de novas cenas que eu gostei bastante, a principal delas foi as de grandes batalhas.

Em "As Duas Torres" são várias histórias que acontecem simultaneamente, e vão se alternando pelos capítulos do livro. Confesso que foi uma leitura demorada, extremamente longa, mal tive tempo para ler o livro, já que o livro é super detalhado, a leitura acaba ficando cansativa de certa forma, conduzindo o leitor numa situação de cansaço até o desfecho do segundo volume. Mas quem realmente é fã da trilogia do Anel, não pode deixar ler esse livro, eu recomendo (meu precioso).


CICERO[N.C.S]
27/10/2015

Senhor dos Anéis - A Sociedade do Anel (J. R. R. Tolkien)


Em 1937, nosso mestre J.R.R. Tolkien recebeu a encomenda de continuar a história após o sucesso do HOBBIT. Sem ter a mínima idéia de como continuar a história, demorando 12 anos para escrever e tendo um bloqueio criativo  de um ano por causa da parte do túmulo de Balin, recebemos uma trilogia (na verdade era um volume que precisou ser divido, afinal, é um pouco grande).

Algo que eu achei muito interessante foi a linguagem tanto as runas quanto a língua dos elfos juntamente com os diversos povos e costumes diferentes da Terra-Média, que possui muita verossimilhança não havendo dúvidas ou “furos” no mundo criado por Tolkien. O final reserva uma reviravolta de toda a trama, deixando assim brechas para as continuações.

No primeiro livro a Comitiva (A Sociiedade do Anel) já passa por diversos perigos e perdem Gandalf por conta de um Balrog. E no fim, Frodo e Sam abandonam a sociedade para irem juntos à Mordor e acaba. É óbvio que tem coisas que não acontecem no filme, e uma das coisas que eu mais achei engraçado são as vezes em que Legolas está com muito medo, e no filme, ele é muito valente e corajoso.

A abordagem do livro é rica. Ele traz assuntos pertinentes como amor, família, honra, bondade, lealdade e abnegação. E são elementos em que a maioria dos personagens consegue percorrer nas suas mais diversas nuances. O maniqueísmo é algo presente, principalmente naqueles que tiveram contato com o anel. Aqueles monólogos internos de “ser ou não ser”. Fantástico.

Pode parecer um tanto estranho, mas acho que gosto tanto de O Senhor dos Anéis porque o próprio mundo parece ser o personagem principal da história. É como se os personagens dos livros fossem apenas manifestações desse personagem maior. Sabe aqueles desenhos animados em que os personagens ficam com um anjinho e um diabinho em cada ombro e ambos tentam convencer o personagem a fazer as coisas certas/erradas? É nessa linha de pensamento. Nunca me incomodei com o maniqueísmo de O Senhor dos Anéis porque para mim ele nunca foi apenas uma questão de mal vesus bem, mas sim uma espécie de "metáfora" para a disputa interna que cada um enfrenta diariamente. Podemos ver uma amostra dessa disputa em Boromir, uma pessoa boa que acaba tomando uma decisão errada, Gollum, uma criatura gananciosa e egoísta que ainda assim mostra alguns sinais de simpatia/bondade, e até mesmo em Frodo, que, como Boromir, é uma pessoa boa e determinada a fazer o bem, mas que acaba sendo também corrompida pelo Um Anel. 

E é aí que começamos a conhecer cada um da comitiva e temos amostras dos perigos que todos correrão para executar a missão da qual são encarregados. E vemos também uma das grandes semelhanças com o livro antecessor, (O HOBBIT) Tolkien faz com que você nem perceba as milhares de milhas que eles percorrem durante o livro pois cada situação, por mais simples que seja, se torna bela sob as palavras que o autor usa, o que não deixa o livro nem um pouco cansativo, mesmo sendo a viagem deles aparentemente chata durante as partes em que não há nada a não ser caminhada e acampamentos.

A Terra-Média é um mundo inventado que parece muito real a cada descrição feita por Tolkien de seus detalhes e geografia. Plantas, rios, árvores e aves estão descritas com grande realismo, e estradas que conduzem o leitor a regiões inexploradas, que fazem você sentir a vastidão e a angústia da solidão que os personagens sentem nesses cenários estranhos e lendários.
É um livro de linguagem fácil e dinâmica. Os personagens são maravilhosos, mesmo com toda carga de energia negativa por conta da jornada, existem alguns momentos que você consegue rir, mas existem aqueles que te fazer ter uma taquicardia avassaladora.


CICERO[N.C.S]
27/10/2015

terça-feira, 20 de outubro de 2015

CICERO [N.C.S] = Evidências e Coincidências


São claras as evidências, 
mas eu prefiro as coincidências.


CICERO[N.C.S]

20/10/2015

HIATO CONSUMIDO


Para quem nunca entendeu
Como fazer o tempo parar
Passos apertados no ciclo 
Horas que não quero pensar.

Daquele jeito a gente percebe
Será que faltou alguma atenção?
Interrompa os vínculos furtivos
Antes que o espaço aumente então.

Não seria melhor se desligar
Quando o colapso estagnar a mente ?
Vamos aumentar o foco da força
Possibilidades aparecem na frente!


CICERO[N.C.S]
20/10/2015

PROVISÃO da VIGÊNCIA


Não quero amor religioso
Ou sua afeição convencional
Controlar suas medidas de posse
Argumentar sua solução genial.

Distorcendo palavras artificiais
Disperdiçou aquilo que atingia
Achou verdade não olhar pra trás
Mas o que passou te deu alegria.

Resgatei a propriedade do que sinto
Transpareceu tudo que foi inerente
Só me resta apertar os passos 
E viver a nova regra vigente.


CICERO[N.C.S]
18/10/2015

A JORNADA de um TEMPLÁRIO


No fio condutor que me baseio
Na afetividade dos que notam
Persisto nos detalhes simples
No regresso dos que apontam.

A jornada só pode ser entendida
Depois da travessia que mudo
A visão limitada nunca reage
Pra perceber todo o seu percurso.

Olhos abertos na batalha finda
Ressalvas da linha que ultrapassei
Um descaso para começar novamente
Que seja certo as coisas que eu sei.


CICERO[N.C.S]
15/10/2015

Kim Motta


E não há razão pra desistir 
quando acreditar é mais.

(Kim Motta)

Rubem Alves


Somos donos de nossos atos, mas não 
somos donos de nossos próprios sentimentos. Somos culpados pelo que fazemos, mas não somos culpados pelo que sentimentos.


(Rubem Alves)


Oscar Wilde


As nossas caras são as verdadeiras máscaras que nos foram dadas para ocultar os nossos pensamentos. 


(Oscar Wilde)

NÃO TENHAS MEDO DO PASSADO


Não tenhas medo do passado. 

Se as pessoas te disserem que ele é irrevogável, 
não acredites nelas. 
O passado, o presente e o futuro não são mais do que um 
momento na perspectiva de Deus, a perspectiva na qual 
deveríamos tentar viver. 
O tempo e o espaço, a sucessão 
e a extensão, são meras condições acidentais do pensamento. 
A imaginação pode transcendê-las, e mais, numa esfera 
livre de existências ideais. 
Também as coisas são na sua essência aquilo em que 
decidimos torná-las. Uma coisa é segundo o modo 
como olhamos para ela. 


(Oscar Wilde)


A PESSOA QUE ESCUTA BONITO


O que as pessoas mais desejam é 
alguém que as escute de maneira 
calma e tranqüila. Em silêncio. 
Sem dar conselhos. Sem que digam: 
"Se eu fosse você".  A gente ama não 
é a pessoa que fala bonito. É a pessoa 
que escuta bonito. A fala só é bonita 
quando ela nasce de uma longa e 
silenciosa escuta. É na escuta que o 
amor começa. E é na não-escuta que 
ele termina. Não aprendi isso nos 
livros. Aprendi prestando atenção.


(RUbem Alves)

FORREST GUMP (1994)


"A vida é como uma caixa de bombons; você nunca sabe o que vai encontrar dentro”. Frase que ilustra bem o filme emocionante que é “FORREST GUMP – O contador de Histórias”.
Forrest Gump é um homem muito especial. Considerado tolo por muitos que o conhecem, ele é apenas, uma pessoa ingénua, que vê o mundo por uma perspetiva diferente.

É uma viagem magnífica pela vida de um rapaz que, apesar de suas dificuldades e das limitações físicas, mas com muita honestidade e imensa bondade, consegue vencer na vida, sem se dar conta dos obstáculos que vai superando. 


Uma pena é levada pelo vento, até que pousa perto de um homem. Esse homem é Forrest Gump (Tom Hanks) que, sentado em um banco no ponto de ônibus, começa a contar sua extraordinária história de vida para qualquer que esteja interessado. Essa cena já reforça o fato de que Forrest Gump é um filme sobre destino, e de como um homem pode ser levado por ele. Sempre ao sabor do acaso, Forrest conhece Elvis Presley, John Lennon, John Kennedy, Richard Nixon.

Este filme, do realizador Robert Zemeckis, inspira e toca o coração de todas as pessoas que o veem. 
Com base na obra de Winston Groom, Zemeckis, narra a história de Forrest, um menino nascido no Alabama, criado pela mãe, que o ama incondicionalmente. Com um QI baixo e com algumas limitações físicas, seria de pensar que esta criança não venceria na vida. 
Todavia, ao mesmo tempo que vão sendo relatados alguns dos momentos mais importantes da história dos Estados Unidos, dos quais Forrest participa como testemunha ocular, vemos como a sua vida vai decorrendo. 

Em síntese, o filme trata da historia de Forrest Gump (Tom Hanks) , um garoto com baixo nível de entendimento que curiosamente participa de perto de diversos eventos da história dos EUA, e às vezes até influenciando de forma decisiva nos acontecimentos. Ao longo do filme, vemos Forrest realizando diversas façanhas, como por exemplo: Influenciando ícones da música (Elvis e John Lennon), se tornando herói de guerra, virando celebridade por diversas vezes e diversos motivos e até provocando renuncia de presidente. Todas suas façanhas ao mesmo tempo em que são marcantes, são imperceptíveis para Forrest, que com seu baixo entendimento nunca consegue entender os fatos que o cercam.

E como não se deixar tocar pela história, pela mensagem da história? Forrest é talvez o personagem mais puro do cinema. Sem maldade. Sem pré-julgamento. Sempre acreditando nas pessoas e no bem maior. “Minha mãe sempre diz que a vida é como uma caixa de chocolates. Você nunca sabe o que vai ganhar”, é o lema do personagem, e que por muitas vezes, deveria ser assim a vida encarada.

Forrest é um personagem que resume a essência da vida humana: somos nós que fazemos o nosso próprio destino. A verdade é que, "Forrest Gump" é um filme sobre a vida e os caminhos para os quais podemos levá-la, ou somos levados. Esta verdade está representada na frase tantas vezes dita por Forrest: “A vida é uma caixa de chocolates, nunca sabemos o que tem ela dentro...”.


NOTA: 10


CICERO[N.C.S]

20/10/2015

O Retrato de Dorian Grey (Oscar Wilde)


O retrato fica esplêndido, e Dorian, ao vê-lo, diz: 
"Eu irei ficando velho, feio, horrível. Mas este retrato se conservará eternamente jovem. Nele, nunca serei mais idoso do que neste dia de junho... Se fosse o contrário! Se eu pudesse ser sempre moço, se o quadro envelhecesse!... Por isso, por esse milagre eu daria tudo! Sim, não há no mundo o que eu não estivesse pronto a dar em troca. Daria até a alma!".

O Retrato de Dorian Gray, este romance de Oscar Wilde, é considerado por muitos críticos como uma obra-prima da literatura inglesa e clássico da literatura Ocidental. É um romance fascinante sobre a juventude eterna e confronta o leitor com uma perfeição utópica e a mortalidade inevitável, com um tom sempre que possível, provocador. Questiona a beleza, manipulações humanas, valores morais e éticos e, pelos diálogos contidos, percebe-se também questionamentos acerca da vida e de nossa atuação nela. Wilde propõe uma ética de beleza e o livro mostra como a absolutização da beleza acaba sendo antiética, algo paradoxal na obra.

Quanto uma história lhe encanta, mas o personagem lhe repele. O melhor personagem sem dúvidas é Lorde Henry, que mesmo cético, sínico e tendo algumas ideias distorcidas a respeito da vida, suas divagações são as mais interessantes de acompanhar. Os argumentos usados por Henry são tão cativantes que seduzem o leitor de tal forma que não nos permitimos interromper a leitura mediante as tão valiosas interpretações de alma.

Dorian Gray é extremamente chato, mimado e dramático. Exagera na percepção das emoções e a partir do momento que descobre o segredo de seu retrato passa a ser paranóico e adquire um comportamento obscuro e misterioso. Não houve um momento em que eu tenha sentido simpatia por ele, senão no desfecho da história que achei espetacular. 

CICERO[N.C.S]
20/10/2015