terça-feira, 27 de outubro de 2015

O SENHOR dos ANÉIS - As Duas Torres (2002)


As Duas Torres foi a obra mais modificada por Peter Jackson para satisfazer o grande público como um todo, não somente os fãs da obra de Tolkien.
A película inicia a partir da metade do livro, nos mostrando a continuação da viagem de Frodo, Sam e o estranho Gollum em direção à Montanha da Perdição.

Antes de mais nada, é preciso compreender que esta segunda parte da trilogia inspirada na obra de J.R.R. Tolkien tem um enfoque bastante diferente do primeiro capítulo: em A Sociedade do Anel, a ação se concentrava em uma jornada intimista, preocupando-se em apresentar para o espectador os nove companheiros que decidiam aceitar a missão de levar o Um Anel para Mordor e destruí-lo. Desta vez, no entanto, a trama assume um caráter claramente épico, revelando o sofrimento dos habitantes da Terra-média e ilustrando o que os espera caso Sauron vença a batalha. Assim, conhecemos novos personagens e lugares importantes para a história e testemunhamos acontecimentos grandiosos e assustadores, o que tira um pouco do espaço reservado ao desenvolvimento dos protagonistas.

Depois da morte do guerreiro Boromir e da queda de Gandalf para o abismo de Khazad-dûm, a Irmandade do Anel - constituída por Frodo Baggins, o hobbit que tinha como missão destruir o anel, Sam, um hobbit que personifica a honestidade e a simplicidade, Pippin, um hobbit trapalhão, Merry, um hobbit astuto e divertido, os elfos Legolas e Elrond, o humano Aragorn, um guerreiro herdeiro do trono de Gondor - vê-se obrigada a separar-se em três grupos. No entanto, cada um dos seus elementos permanece imperturbável no objectivo de afastar das mãos de Saruman. 

É com essa separação da sociedade do anel que o filme prossegue durante as suas 2h e 45 min, nos mostrando sempre o caminho percorrido por Frodo e Sam até o portão negro de Mordor, guiados pelo personagem mais interessante deste filme, a criatura Gollum (Andy Serkis).  Nos conta também a busca de Aragorn, Légolas e Gimli por seus amigos hobbits raptados, na qual reencontram o mago Gandalf (Ian McKellen), agora O Branco, após ele ter vencido o poderoso Balrog na escuridão sem fim e ter voltado à vida ainda mais poderoso. Por fim, temos a terceira linha do filme, onde encontramos Pippin e Merry com os Ents, criaturas com forma de árvore que são os seres mais antigos da Terra-Média.

Assim como em A Sociedade do Anel, Peter Jackson finaliza esse segundo filme em um ponto chave da narrativa. Apesar de não ser efetivamente o fim da história, há um encerramento do arco dramático que percorre todo o longa – o fim da ameaça de Isengard. Desta forma a projeção termina com um tom de conclusão, ao mesmo tempo que nos deixa ansiosos para a terceira parte. Como o próprio Gandalf diz: “A batalha pelo abismo de Helm terminou. A batalha pela Terra-Média está prestes a começar.”


NOTA: 10



CICERO[N.C.S]
27/10/2015

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