terça-feira, 27 de outubro de 2015

O SENHOR dos ANÉIS - O Retorno do Rei (2002)


Uma das coisas mais tristes do cinema foi dar adeus a uma das maiores franquias da história, Peter Jackson construiu uma obra que angariou 11 Oscars e entrou para a história do cinema como o filme que mais ganhou Oscar na história (empatado com “outros dois aí”) e isso é só uma das coisas pelas quais O Retorno do Rei é um marco.

Constantemente as pessoas brincam que O Retorno do Rei tem pelo menos uns 10 finais diferentes e isso é fácil de explicar… Ninguém queria que o filme acabasse, certamente eu não queria e acredito que posso falar pelo meu “amigo” Peter quando afirmo que ele também queria continuar fazendo isso pra sempre, eu poderia continuar assistindo aqueles finais o dia todo, na verdade, assim que o filme acabasse poderia começar outro filme com a história de vida de Sam pós-destruição do Um Anel.

O filme pode ser considerado ficção, mas possui uma série de elementos importantes que trazem à tona os valores humanos que, cada vez mais, têm sido deixado de lado pela sociedade. Os ensinamentos colocados a cada escolha de caminho, a forma com que os seres agem, pensam, interpretam a vida e os costumes daqueles que não fazem parte do seu “clã”, digamos assim, também são muito interessantes e podem trazer várias reflexões ao nosso estilo de vida. Entender, por exemplo, como a menor das criaturas pode fazer a grande diferença, resolver um problema global de forma que nem o melhor e mais destemido guerreiro conseguiria, é, no mínimo, algo que deveríamos considerar como muito importante.

Se eu mencionei momentos memoráveis em O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel, o que dizer sobre esse filme? Eles é inesquecível do inicio ao fim, mas ainda mais inesquecível é ter conhecido personagens como Sam, Legolas, Gimli, Gandalf, Elrond, Aragorn, Frodo, Smeagol e todos os outros, mas certamente eu sei que muitas pessoas da minha geração ficam ainda mais gratas ao final desse filme por Peter Jackson ter nos apresentado Tolkien, no Brasil nem todo garoto de 14 anos nos anos 2000 conhecia Tolkien, e o fato de conhecermos agora, o fato de toda criança brasileira saber quem é Tolkien certamente é algo inesquecível.

O Retorno do Rei mantém o mesmo alto nível de qualidade dos dois filmes anteriores, destacando-se também pelas belíssimas paisagens da Nova Zelândia e pelas violentas cenas de batalhas. Assim como a guerra no Abismo de Helm em As Duas Torres, o confronto dos orcs contra o reino de Gondor nos Campos de Pelennor nesse terceiro episódio foi certamente o ápice das três horas e vinte minutos de filme. Se a batalha no Abismo de Helm, numa tenebrosa noite chuvosa, com o exército de aproximadamente dez mil orcs e uruks-hai, tinha proporções extremamente grandiosas, imaginem então o conflito colossal nos Campos de Pelennor, com o exército de Sauron composto por cerca de duzentos mil soldados.

O RETORNO DO REI fecha com chave de ouro uma arriscada jornada que o cineasta Peter Jackson se propôs a fazer: transcrever para os cinemas a monumental obra de J.R.R. Tolkien considerada por muitos infilmável. Mas, como já havia ficado claro desde o primeiro capítulo da saga, A SOCIEDADE DO ANEL, Jackson conseguiu superar até as mais otimistas das expectativas. Fez todas as escolhas certas: recrutou um elenco excepcional, escreveu um roteiro ao mesmo tempo enxuto e fiel aos livros e com toda a essência de Tolkien sobre a Terra-Média.
Um final épico, uma obra-prima do gênero de uma obra-prima da literatura que chega a conclusiva e fantastica parte da trilogia inspirada nos livros mais aclamados do mestre da fantasia, J.R.R. Tolkien. Peter Jackson conclui exausto, mas com grande chave de ouro, a saga do Um Anel, que tem que ser levada para Mordor para ser destruída e eliminar com a ameaça de Sauron, o Senhor do Escuro.


NOTA: 10


CICERO[N.C.S]
27/10/2015

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