Em 1999, o diretor Peter Jackson, fã assíduo das obras de Tolkien, resolve adaptar “O Senhor dos Anéis” para o cinema, transportando a Terra-média para as telonas. Com uma grandiosa história em mãos, Jackson conseguiu convencer os a New Line Cinema a abrirem os cofres, com o investimento de US$ 300 milhões nas mãos para concretização do filme. No dia 10 de dezembro de 2001 temos finalmente o resultado deste trabalho com o lançamento do filme nas telas dos cinemas.
Vale ressaltar, que os três filmes da trilogia “O Senhor dos Anéis – A Sociedade do Anel, As Duas Torres e O Retorno do Rei” – foram filmados simultaneamente durante um período de 274 dias, em 16 meses. Algo bastante arriscado, se levarmos em conta de que se o primeiro filme fosse um fiasco, poderia drasticamente interromper a continuidade da trilogia nos cinemas e marcar pra sempre de modo negativo a carreira de Jackson, já que, por ter mais de 400 páginas, a tarefa de adaptar “O Senhor dos Anéis – A Sociedade do Anel” para as telonas não era das mais fáceis. Alguns personagens precisariam ser cortados e passagens do livro deveriam ser ignoradas. Porém, ao final, as respostas ao filme foram bastante significativas e positivas.
O roteiro de “A Sociedade do Anel” é um primor de adaptação. Muitos críticos de cinema consideram que o diretor conseguiu manter a alma da obra de Tolkien intacta no longa. Assim como no livro, o desenvolvimento inicial dos personagens é excelente, e contribui muito para os resultados que o filme alcança no final.
Como qualquer adaptação que se preze, existem diferenças significativas entre os escritos de Tolkien e a obra cinematográfica de Peter Jackson. A ausência de alguns personagens (como Tom Bombadil) e a inclusão de outros, com mais tempo de tela (como Arwen) teve impacto nos fãs, que chegaram a reclamar sobre o tratamento dado aos livros. No entanto, esta resposta negativa por parte dos admiradores acabou se dissipando com o tempo, quando Jackson conseguiu provar que tratava os personagens de Tolkien com a reverência pedida pelos fãs, mas também com a liberdade que qualquer realizador precisa para fazer seu próprio trabalho.
Com efeitos especiais impressionantes e trama bem adaptada, O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel é um dos episódios mais interessantes da trilogia. Além de acompanharmos o começo da jornada, temos contato com personagens interessantes e ação em doses generosas. Ainda que o filme exibido nos cinemas seja um tanto longo, prefira a versão estendida, lançada em DVD. Nela, os acontecimentos são ainda melhor resolvidos, a narrativa tem andamento mais elegante e algumas importantes passagens do livro são mantidas. São 208 minutos muito bem investidos – principalmente para quem é fã dos personagens criados por J.R.R. Tolkien
Muito se comentou positivamente nos últimos anos sobre essa produção de O Senhor dos Anéis e realmente o filme justifica toda a movimentação ao seu redor, pois consegue garantir quase três horas de pura diversão num verdadeiro cinema de entretenimento. E os próximos filmes da saga mantiveram ou até superaram as expectativas positivas, fazendo dessa trilogia um dos melhores momentos do cinema fantástico de todos os tempos.
NOTA: 10
CICERO[N.C.S]
27/10/2015
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