quinta-feira, 15 de outubro de 2015

O PODEROSO CHEFÃO (1972)


Baseado na obra de Mario Puzzo (roteiro do próprio, alterado por Coppola), conheça a história dos Corleone, uma família de mafiosos italianos dona de boa parte dos negócios ilegais em Nova York. Don Vito Corleone (Marlon Brando) é o padrinho, o homem que tem o controle, o chefe da família, a quem todos temem pedir um favor, com medo de ficar em dívida. Ele está preparando Sonny (James Caan) para ser o seu sucessor, deixando-o sempre por dentro de tudo, ao contrário de seu outro filho Michael (Al Pacino), um herói da Segunda Guerra Mundial, que vive normalmente como um civil.

Então os problemas para a família Corleone começam a aparecer sendo colocada xeque quando surge o interesse por parte das outras famílias em introduzir o tráfico de drogas na cidade. Don Corleone posiciona-se totalmente contra, não oferecendo o auxílio político e policial que as outras famílias acharam que poderiam contar. Essa posição gera uma série de atentados contra sua família, com o objetivo de fazer com que mudem de opinião e passem a ajudá-los com seus interesses. É nesse caótico cenário de guerra entre as famílias que, por ironia do destino, Michael vê a necessidade de proteger o seu pai e manter todos os negócios construídos ao longo dos anos.

Todo mundo diz que o filme acerta tudo em cheio, e é verdade. Este filme segue um ritmo narrativo que é impecável, nunca cai. Alguns falam que é muito arrastado e isso acontece porque todo o filme já tem um ritmo que faz te envolver com todos os personagens. Fica bem definido ao espectador cada personalidade. Ele tem algumas cenas bem tensas (como a cena em que Michael está mudando o quarto de seu pai no hospital), e mesmo algumas engraçada (quando Michael está na Sicília, conversando com um homem sobre aquela garota que ele conheceu, e o rapaz descobre que ela filha de sujeito). E o filme acerta em todos esses momentos.


O roteiro feito por Mario Puzo (o mesmo que escreveu o livro) é um dos melhores já feitos. Desenvolve a seus personagem tão bem, que quase todo mundo está aprendendo alguma coisa durante a história. E, claro, dá-nos citações memoráveis como o clássico "Eu vou fazer-lhe uma oferta que ele não pode recusar!" ou "Eu sou um homem superticioso!". Fora que todos os dialogos são muito bem feitos

Revelações à parte, o que arrebenta no filme, com o perdão do linguajar chulo, é a atuação de Marlon Brando, ele que não era nenhum novato, já possuía até um Oscar, valeu-se de sua experiência e adotou trejeitos únicos para compor o personagem, foi um dos mais influentes e reverenciados atores de todos os tempos, o diretor Martin Scorsese afirmou que existe o cinema antes de depois de Brando, tamanha importância que o ator possui para a cinematografia mundial. Por seu papel de Don Vito Corleone ele recebeu seu segundo Oscar de melhor ator. Além dos prêmios de roteiro e ator The Godfather foi eleito o melhor filme pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. 

Violento e realista, é um perfeito retrato de como a máfia podia ser boa e cruel ao mesmo tempo. Cheio de significado, mortes e personagens marcantes, é absolutamente impossível desgrudar os olhos da tela por um segundo sequer. Eles podem não confundir nada pessoal com negócios, mas quem saiu ganhando nessa confusão toda fomos nós, o público. E não precisamos matar ninguém para isso.


NOTA: 10


CICERO[N.C.S]
15/10/2015

0 comentários: