domingo, 11 de outubro de 2015

CANÇÃO RETORNO para um AMIGO à MORTE



Alisa a testa suada do rapaz
Toca o talo nu ali escondido
Protegido nesse ninho farpado sombrio da semente
Então seus olhos castanhos ficam vivos
Antes afago pensava ele era domínio.

Essas aí não são suas mãos são as minhas
E seguras. Minhas mãos buscam se impor
Todo conhecimento do jorro viril do meu senhor
O gosto perfumado que retém minha língua
É engano instalado e não desfeito.

Seus olhos chispantes podem retalhar minha pele bárbara
Força toda gravidade ir embora.
Ele vadeia em águas fechadas
Sono profundo altera meus sentidos
A meu único rival eu devo obedecer
Vai comandar nosso duplo renascer.

O mesmo
Insano
Sustenta
Outra vez
(Os dois juntos junto de nossos próprios corações)
Calei e escrevi
Isto em reverência
Pela coincidência.


(Renato Russo)

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