quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Canal CASTELO de MARCAS

Você sabia que esse blog tem uma extensão no YouTube ?
Sejam bem-vindos para conhecer o meu 
canal sobre música, poemas que faz 
parte integrante deste blog. 
Tudo que você conhece aqui, está lá 
também só que em forma de vídeo.

Copie este link e cole no seu navegador:

https://www.youtube.com/channel/UCndMObxlXRaUt0P64ol7FNA

terça-feira, 1 de agosto de 2017

ATEMPORAL


Vou me definir sem explicação

Entendendo o que sou hoje; 
não servirá para amanhã. 

Sou um poeta articulando pensamentos 
depois de uma calmaria insana
em tempestades cinzentas.

Serei como um anjo atormentado 
procurando a luz no fim do túnel
depois do começo do vendaval.

Te convido para mais um dia comigo
que será guardado no meu passado
  porque o que sou, é atemporal ! ! !


Cicero Durães
28/07/2007

Aristóteles


O ignorante afirma, 

o sábio duvida, 
o sensato reflete.

(Aristóteles)

ALGUM LUGAR AO QUAL EU PERTENÇA


Quando isto começou

Eu não tinha nada a dizer
E me perdi no nada dentro de mim
Eu estava confuso
E deixo tudo isso sair para descobrir
Que não sou a única pessoa com essas coisas em mente.

Dentro de mim
Mas todo o vazio que as palavras revelaram
É a única coisa real que me resta para sentir
Nada a perder
Simplesmente preso, vazio e sozinho
E a culpa é toda minha, e a culpa é toda minha.

Quero me curar, eu quero sentir
O que achei que nunca fosse real
Eu quero deixar ir essa dor que segurei por tanto tempo
Apagar toda a dor até que ela se acabe.

Quero me curar, eu quero sentir
Como se estivesse perto de algo real
Eu quero achar algo que sempre quis
Algum lugar ao qual eu pertença.

E eu não tinha nada a dizer
Não acredito que não cai de cara no chão
Então o que eu sou?
O que eu tenho além de negatividade?
Porque não posso justificar a forma que todo mundo está olhando para mim
Nada a perder
Nada a ganhar, vazio e sozinho
E a culpa é toda minha, e a culpa é toda minha

Nunca me conhecerei até que eu faça isto sozinho.
E nunca vou sentir mais nada
Até que minhas feridas estejam curadas
Eu nunca serei nada, até que me separe de mim
Eu irei romper, vou me encontrar hoje.

Quero me curar, eu quero sentir
Como se estivesse perto de algo real
Eu quero achar algo que sempre quis
Algum lugar ao qual eu pertença.


(Chester Bennigton)

As Crônicas do Artur: O Rei do Inverno (Bernard Cornwell)


Rei do Inverno é o primeiro volume da trilogia das Crônicas de Artur. Nessa trilogia Cornwell pretende contar a história do famoso Artur (aquele mesmo da Távola Redonda) baseado em alguns achados arqueológicos e dados encontrados que foram atribuídos ao mitológico Artur, além de incluir batalhas registradas para o século IV e V, tudo isso misturado claro, com uma grande dose de ficção


O Rei do Inverno conta a mais fiel história de Artur, sem os exageros míticos de outras publicações. A partir de fatos, este romance genial retrata o maior de todos os heróis como um poderoso guerreiro britânico, que luta contra os saxões para manter unida a Britânia, no século V, após a saída dos romanos. “O livro traz religião, política, traição, tudo o que mais me interessa,” 

Apesar de sua narrativa apontar Artur como o grande centro das atenções do livro, a história é contada sob o ponto de vista de Derfel Cadarn, inspirado em São Derfel Gadarn de Gales. Descrito em suas principais cenas como um guerreiro confiante e leal à causa de Artur. explica Cornwell, que usa a voz ficcional do soldado raso Derfel para ilustrar a vida de Artur. O valoroso soldado cresce dentro do exército do rei e dentro da narrativa de Corwell até se tornar o melhor amigo e conselheiro de Artur na paz e na guerra.

O período em que o livro é situado é chamado Era da Trevas, na Idade Média. O romance histórico mescla seu desenvolvimento com uma boa dose do gênero fantasia. Apresentando personagens cativantes, o Rei do Inverno é mais uma imersão em um contexto histórico lapidado por Cornwell.

Falando nisso entro nos personagens, todos eles muito bem inseridos na trama. Temos Merlin, Morgana, Lancelot, Guinevere, interligados em diferentes níveis da trama. Muitas pessoas podem estranhar a história, ainda mais aquelas que gostam da versão lendária do "Rei Artur". Não posso tomar essa como certa ou não, como amante de história gostei bastante do intricado jogo de invasões, batalhas, traições e política, mas como fã de uma boa fantasia senti falta de mais fantasia. Não sei, é um contexto novo e que merece destaque pela destreza de Cornwell de fundir a história ao personagem. Ainda é cedo para saber minha opinião final, estou curiosa para ler os outros livros e terminar esse quebra-cabeça começado por aqui. 

As descrições presentes no livro, podem ser consideradas lentas para alguns, mas ao meu ver ela foram fundamentais, um jogo de palavras poderoso que nos transportam para dentro da história, nos fazendo enxergar claramente os cenários e as batalhas. 

Com uma narrativa extremamente fantástica e muito bem fluída, O Rei do Inverno é o livro certo para aqueles que gostam de histórias medievais cruéis e com várias reviravoltas, mas sem exagerar no sobrenatural. Leitores de obras como As Crônicas de Gelo e Fogo estão convidados a checar esse sensacional livro. 


NOTA: 9

Cicero Durães
04/07/2017

sexta-feira, 2 de junho de 2017

QUASE BICENTENÁRIO


As facetas da alma sempre foram disfarce
Divide na lágrima qualquer sorriso que seja
Pra quem nunca sorriu querendo chorar
Sorria também quando tudo for fraqueza.

A cada dose de loucura pra espairecer
Algo me diz que pode ser melhor

Sobre todas as circunstancias adversas
Rodeado de gente e ao mesmo tempo só.


A tristeza às vezes entra em destaque

Mania de achar que sorrir é necessário
Tem tempo pra exagerar mais um pouco
A vida toda para um quase bicentenário.


Cicero Durães
11/08/2014




*Poema dedicado a memória ao ator Robin Williams

ACASO das HORAS



Ele sumiu por muitos dias
A paz do eterno foi suspensa
Desenhos no chão nos apontavam
Um jogo de ideias pra quem pensa.

Tem tempo sobrando por aí
Bate um papo pra gente passar
Multas de trânsito ou Raul Seixas 
Brasília de Minas só conheço de falar.

Nosso caso de horas veio me explicar
Virou anos de história para redimir
Graças a Deus me salvei do inferno
Ninguém sabe o dia de se despedir. 


Cicero Durães
02/12/2007


* Dedicado a mémoria do amigo Walter Jr da COPASA de Juatuba (MGS)

104 LIGAÇÕES


Na madrugada varou em números

A insônia perturbava diferente
Distanciei das palavras finais
Esperando o retorno de sempre.

O silêncio dos cantos incomodava
Apertou os números de outro lugar
Esqueci de dizer o que é ter vida
Sua voz faria o que pensar.

Insistiu nos números gravados
Tentou mais uma palavra
Só no por do sol, me atinei
Estrelas apagam sem dizer nada.


Cicero Durães
31/01/2013


* Poema dedicado as vítimas de SANTA MARIA/RS

domingo, 21 de maio de 2017

Vladimir Maiakóvski


Amar não é aceitar tudo. 

Aliás: onde tudo é aceito, 
desconfio que há falta de amor.

(
Vladimir Maiakóvski)

Albert Einstein


Tudo aquilo que o homem ignora não 

existe. Por isso o universo de cada um, 
se resume no tamanho do seu saber.


(Albert Einstein)

Rui Barbosa


Maior que a tristeza de 

não haver vencido é a 
vergonha de não ter lutado.

(Rui Barbosa)

FLUXO CONSTANTE


Congelando, descansa sua cabeça em um travesseiro feito de concreto, de novo

Oh, sentindo, talvez ele se sinta um pouco melhor em alguns dias, ooh yeah
Oh, esmola, rostos que ele sempre vê já não são tão familiares, oh, yeah
Oh, sorriso sombrio, ele não pode evitar, quando está feliz ele parece insano, oh, yeah

Fluxo constante, pensamentos chegam como borboletas
Oh, ele não sabe, então ele os expulsa
Algum dia ainda, ele começará sua vida novamente
Vida novamente, vida novamente

Ajoelhando, olhando para o jornal mesmo sem saber ler, ooh yeah
Oh, rezando, para alguma coisa que nunca lhe mostrou nada, oh
Oh, sentindo, entende que o inverno está chegando, oh
Oh, tetos, raros e distantes entre todos os legítimos salões da vergonha, yeah

Fluxo constante, pensamentos chegam como borboletas
Oh, ele não sabe, então ele os expulsa
Algum dia ainda, ele começará sua vida novamente
Mãos sussurrantes, o conduzem gentilmente para longe
Para longe, para longe
Yeah!


(Eddie Vedder)

BURACO NEGRO SOLAR


Em meus olhos, indisposto

Disfarçado como ninguém sabe
Escondo o rosto, jaz a cobra
No sol na minha desgraça
Calor escaldante, fedor de verão
Sob a escuridão o céu parece morto
Chame meu nome através dos sonhos
E eu irei te ouvir gritar novamente

Buraco Negro do Sol
Você não vem?
Levar essa chuva embora
Buraco Negro do Sol
Você não vem?
Você não vem?
Você não vem?

Gaguejando, frio e úmido
Rouba o vento quente, amigo cansado
Os tempos se foram para homens honestos
Mas parecem nunca passar para as cobras
Em meus sapatos, um sonambulo
E minha juventude eu rezo para manter
Céu, mande este inferno embora
Ninguém mais canta como você

Buraco Negro do Sol
Você não vem?
Levar essa chuva embora
Buraco Negro do Sol
Você não vem?
Você não vem?
(Buraco negro do sol, você não vem ?)


(Chris Cornell)

sábado, 15 de abril de 2017

ESTRANHO NOTURNO


Exposto ao que não convém

Restos do dia sujo nesta hora
Questionamentos que acontecem
Decisão que vem de dentro pra fora.

Busca ajuda ou oferece perigo ?
Mas não esqueça os velhos detalhes
Faça silêncio, e não se arrisque

Pausa no caminho que andares.

Batidas fortes e perturbadoras
Perde o chão que te guiava
Nem a sombra te acompanha

Nem a própria luz te sustentava.

Da saudade mais escura da sua vida
O estranho noturno só veio lembrar
De todas as lembranças negativas

Faça lição para todo resto melhorar.


Cicero Durães

04/06/2010

PARA MENORES de VINTE e UM


Um dia especial pra contar p'ros nossos filhos

Não se aborreça, não se entristeça
Não se estremeça, não se esqueça
Chame os nossos filhos lá fora
Porque já começou a chover.

Um dia especial pra contar p'ros nossos filhos
Passeamos no parque municipal
Levamos um dia para descobrir
Que no próximo domingo será diferente
Vamos estar cansados e não vamos mais sair.

Um dia especial pra contar pr'os nossos filhos
Não se esqueça de como foi ontem 
As crianças não vão esquecer
Chame os nossos filhos lá fora
Porque nossos filhos começaram a crescer.

Cicero Durães
25/03/1993

DOIS CORAÇÕES


Algo mais se tudo esta perfeito
O que eu não consigo entender
Estou confuso não sei se é direito
Disfarço a dor para sobreviver.

A distância é algo incomum pra nós
Nossos corações não estão aqui
Entender a nossa distância é difícil
Porque a gente não consegue sair ?

Viver com dois corações é suicídio
Você tomou o que sempre foi meu

Sustentei um amor pra nós dois
Mas o que eu tentei foi sempre seu.

Cicero Durães
26/08/1994

ADRIANA


Não tiro os olhos de você

Mas descobri que não é assim
Eu pensei muito de você
Eu pensava em você pra mim.

Ela me disse que estava ferida
Ela me disse que estava só
Ela disse que estava perdida

Dando voltas ao meu redor.

Sei que ela não percebia

A intenção de me aproximar
Seu sorriso no canto da boca
Mostro que eu devo afastar.

Você não é, nunca foi, nem será o meu amor!!!


Cicero Durães
16/04/1991

segunda-feira, 3 de abril de 2017

Jimi Hendrix


O conhecimento fala, 

mas a sabedoria escuta.


(Jimi Hendrix)

George R. R. Martin


Nunca se esqueça de quem você é, porque é certo que o mundo não se lembrará. Faça disso sua força. Assim, não poderá ser nunca a sua fraqueza. Arme-se com esta lembrança, e ela nunca poderá ser usada para magoá-lo.



(George R. R. Martin)

Issac Asimov


Quem tiver talento, obterá o êxito na 
medida que lhe corresponda. Porém, apenas se persistir naquilo que faz.


(Issac Asimov)

SALVAÇÃO


Para todas as pessoas fazendo linhas

Não faça isso, não faça isso
Injete sua alma com liberdade
É grátis, é grátis.

Para todas as crianças com olhos de heroína
Não faça isso, não faça isso
Porque não é, não é o que parece
Não, não é não, não é o que parece.

Salvação, salvação
A salvação é grátis
Salvação, salvação
A salvação é grátis.

Para todos os pais com noites sem dormir
Noites sem sono
Amarre os seus filhos sobre a sua cama
Limpe as cabeças deles.


(Dolores O'Riordan)

OLHOS de LINCE


Quem fala que sou esquisito hermético

É porque não dou sopa estou sempre elétrico
Nada que se aproxima nada me é estranho
Fulano sicrano e beltrano
Seja pedra seja planta seja bicho seja humano
Quando quero saber o que ocorre a minha volta
Ligo a tomada abro a janela escancaro a porta
Experimento tudo nunca me iludo
Quero crer no que vem por ao beco escuro
Me iludo passando presente futuro
Revir na palma da mão o dado
Presente futuro passado
Tudo sentir de todas as maneiras
É a chave de ouro do meu jogo
De minha mais alta razão
Na seqüência de diferentes naipes
Quem fala de mim tem paixão.


(Waly Salomão)


Maktub (Paulo Coelho)


Um livro realmente diferente... diria que se enquadra na categoria Auto-Ajuda, mas diferente dos outros livros com mensagens positivas para seu dia-a-dia, esse livro tenta nos dar lições através de pequenas histórias vividas por sábios, viajantes ou apenas pessoas comuns! É uma coletânea de pensamentos ditas pelo Mestre do autor ou por pessoas de influência na vida dele.


MAKTUB, em árabe, significa "carta", mas Paulo Coelho traduziu como "ESTÁ ESCRITO".

Separei alguns pensamentos desse livro que eu gostei bastante:


- Basta ficar longe dos outros e, desta maneira, não vamos sofrer nunca.

- Não vamos correr os riscos do amor, das decepções, dos sonhos frustrados.

- Hoje pode ser considerado um dia fora do roteiro que escrevemos todas as manhãs.

- São os pequenos prazeres que nos dão os grandes estímulos.


Acredito que Maktub seja livro para clarear e nos fazer refletir com diversas histórias, aquilo em que se passa em nossa própria vida!


Cicero Durães
03/04/2017

segunda-feira, 27 de março de 2017

ANJO MARLON


Tornaste anjo de repente

Assim Deus precisou de ti
O céu precisava de você 
Sua missão era fazer sorrir.

Foi guerreiro desde cedo
Apesar de tudo que vivia
Guardava sempre um sorriso
Quando ninguém mais pedia.

Leve a paz que trouxe para nós
Tenho fé que está muito bem
Sua estrela continua a brilhar
Vamos te seguir muito mais além.


Cicero Durães
10/03/2015



* Poema pedido pela minha querida fã Whozly Grant para ser dedicado ao seu filho Marlon.

OITAVO DIA de MARÇO


E foi no primeiro Março

Que trouxe as flores do campo
As formas das curvas no realce
Se deslumbraram por um tanto.

Reação instantânea da primavera
Várias maneiras do desejo na pele
Se fez tudo para aquele homem
Mas alguma coisa faltou na derme.

No oitavo dia do terceiro mês
Nesse mundo pronto quem mudaria
Então se fez a criação da mulher
E partir dela nasceu a poesia.


Cicero Durães

08/03/2015

NOVOS TEMPOS


Tudo o que era pra ser o final
Traz pra mim o verdadeiro posto
Algum dia eu penso em voltar

Usando todo aquele tempo oposto.

Meu tratado de paz começou
Uma nova cura foi descoberta

Os meus soldados recuaram
O tempo que passou conserta.

A gente vai ser o que quiser
Marcas do castelo vão restaurar

Aprendemos a ver tudo igual
Tempo fechado não pode durar.

Será que agora o tempo é diferente ?
Ou foram feitos novos fundamentos ?
Esquece tudo que nos deixou estragos

Venha viver comigo novos tempos!!!


Cicero Durães
14/08/1991

CIDADELA dos ANJOS


Hoje o dia apereceu cinza

No céu vi nuves escuras
Tudo foi estranho em você
Lembranças cheias de amarguras.

Te perguntei o que podia ser

O silêncio me responde de volta
Mas se fosse em outro momento
Seu coração sairia desse tormento.


Mas se  não fosse outro dia
Talvez não seria desse jeito
Mas se não fosse em outra hora
Talvez nada disso seria perfeito.

Espero que vá em paz...
Deixe a nuvem cinza passar!


Cicero Durães
17/06/1992  
         

quarta-feira, 1 de março de 2017

Martin Luther King


Não devemos aceitar 

a decepção finita, 
mas nunca perder 
a esperança infinita.


(Martin Luther King)

Caetano Veloso


Misturo meus carnavais e não 

distingo mais fatos de ilusões.
São melodias demais, é preciso 
ter mais de mil corações.


(Caetano Veloso)

Neil Young


Tempo desperdiçado é existência.

Tempo usado é vida.


(Neil Young)

DEMISSÃO


Este mundo não presta, venha outro. 

Já por tempo de mais aqui andamos 
A fingir de razões suficientes. 
Sejamos cães do cão: sabemos tudo 
De morder os mais fracos, se mandamos, 
E de lamber as mãos, se dependentes. 


(José Saramago)

VERSOS ÍNTIMOS


Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de sua última quimera.
Somente a Ingratidão – esta pantera –
Foi tua companheira inseparável!
Acostuma-te à lama que te espera!
O homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.
Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.
Se alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!



(Augusto dos Anjos)

Veyenor - A Vingança de Khaos (Marcelo Lacerda)


VEYENOR - A Vingança de Khaos seria mais um livro ao estilo SENHOR dos ÁNEIS? Na verdade sim, mas com uma diferença de ser ao mesmo tempo rico em seu universo, mas precisamente bem simples. Não foge do lugar comum de livros de fantasia, e tudo vai soar familiar, mas é interessante que mesmo com os clichês, consegue ser convidativo.


A diferença em relação a Terra Média de J. R. R. Tolkien é inverter algumas coisas. Ao invés de destruir um anel de poder, causador do mal, aqui é preciso juntar quatorze anéis para enfrentar a maldade de um poder corruptor na terra de Veyenor. 

A história acontece nas terras livres no mundo de Veyenor, um mundo criado por seres pelos Angélios que são cinco seres divinos responsáveis por popular o mundo com Elfos, Humanos, Magos, Fadas e Animorfs, sendo todas elas genuinamente boas e praticadores da justiça e do que é bom. Mas como toda a história que se preze nesse estilo surge entre esses 5 seres um que quer o poder apenas pra si, motivo então para surgir o mal.

Então o deus Dorumaga se torna o vilão dessa história para compor o seu poder a qualquer custo, mesmo que fosse necessário passar por cima dos outros deuses para isso. Então ele decide criar a "Malícia" que domina os seres causando a maldade. Dessa forma gerando inimigos perversos como Bruxos, Orcs, Bárbaros, Trolls, Kyarogs e Wagrants, seres repletos de maldade que espalham a desordem para o mundo.

Para impedir os avanços da Malícia em Veyenorn foi então construído uma muralha que dividiu Veyenor ao meio sendo Sul o Lado Claro e Norte o Lado Sombrio. Enraivecido por isso o deus do mal Dorumaga cria uma entidade maligna chamada KHAOS para lutar contra a bondade e dominar o Lado Claro.

Nessa guerra surge o personagem principal DÁRINUS DeGAARD o Rei dos humanos em Veyenor e mais habilidoso guerreiro do mundo; que quer combater a todo custo esse mal que assola as terras livres. Mas ele não estão sozinho nessa jornada, temos também.

SAYBIN , o Elfo de Prata criador dos Anéis Angélicos, é o ser mais sábio de Veyenor. 
TEOMOR, o Mago Branco mais poderoso daqueles tempos, (Gandalf?) 
LUFIA Maga Branca da Água, que tem poderes de cura. 
RHASTAN, um mestre Elfo de Bronze, um dos confiáveis conselheiros do Rei.  RAIDKI outro mago Branco da Luz, só que menos poderoso que o Teomor.
ZENNIR, o primeiro Cavaleiro de Luz de Veyenor e melhor amigo d o rei Dárinus. (Parece um paladino do livro Sagraerya de Sario Ferreira). 

Infelizmente não são apenas esses personagens aqui, tem muitos outros que aparecem no decorrer da narrativa,  se concentrasse numa construção melhor poderia favoritar um apego melhor para acompanhar a evolução desses personagens na falta de conflitos que ajuda nisso

O livro é um padrão bem conhecido dos jogos de RPG, que dão um gosto a mais na leitura. Acontecimentos bem detalhados e ambientação descritiva de maneira objetiva e sem enrolação, deixando o ponto alto para a aventura.

O autor Marcelo Lacerda usa os artifícios do J. R. R. Tolkien e J. K. Rowling para compor o seu universo em poucas páginas, e com uma diagramação linda no seu livro com letras claras na leitura e com ilustrações que agregam mais a leitura do livro que mesmo não sendo original, trás na sua singularidade representações de um mundo incrível. Bem vindos a Veyenor!

NOTA: 6

PRÓS: Leitura simples e universo convidativo

CONTRAS: Personagens pouco desenvolvidos e clichês do gênero de fantasia


Cicero Durães

01/03/2017

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

NOSTALGIA FALA PRA MIM


Nostalgia fala pra mim
Recordações explodem na mente

Sacodem frustrações, emociona
Respiro numa imagem latente.

Trazem me metralhadoras lembratórias
Guardadas naquele canto da cabeça

Pulsam flexionando memorias paralelas
Sensação que o tempo não tem pressa.

Você disse que parece que foi ontem
Nessa hora eu escondo a minha idade

Qual o elo que liga o tempo à distância ?
Me disseram que é a saudade...


Cicero Durães
17/06/2002

UM DIA MELHOR


Fui na casa de um amigo
Desabafei poemas de Quintana
Tudo foi falado naquele dia

Nada ficou pra outra semana.

Às vezes tem planos dão certo
Nas séries americanas de tv

Uma lição de moral vem junto
Ninguém sabe quem vai morrer.

Mario Quintana joga ideias no jornal

Conselhos para um dia melhor
Robin William dizia Carpe Diem
Se caso um dia alguém se for...


Cicero Durães

06/03/2006

PERDÃO de BOCA


Você me disse mil vezes em uma

Mas qualquer palavra abala
Qualquer coisa de alma
Redenção nunca foi nossa cara.

O resto deixou imagem ao redor
O polo real é variável no fim
Cada um distorce a versão
Aceita, não troca, que seja assim.

Então fica o coração à mercê
Sobre muitos modos de dizer
Deixei de ser o que era
Só pra tentar sobreviver.


Cicero Durães

05/04/2014

CIDADE INDUSTRIAL


Exaustão, cansaço e sono

Eu quero uma cama pra dormir
Tive um dia tão difícil na fábrica
Pelo menos recebi a cesta básica.

Foi um dia bem normal
Sempre a mesma coisa, tudo igual
Estou a doze anos trabalhando aqui
Neste mesmo lugar e nunca consegui:

Subir de cargo - Uma promoção
Nenhum abono - Valorização
Nenhum incentivo - Reconhecimento
No contra-cheque - Nenhum aumento

Bem que eu queria reclamar
Mas eu não posso nem pensar
Eu preciso me contentar
Tenho uma família pra sustentar.

Olha os descontos que vocês me deram
As horas extras porque esqueceram
Estou cansado de ouvir dizer
O que eu devo fazer.

Cicero Durães
20/05/1993