skip to main |
skip to sidebar
Quem chorou pela metade,
nunca vai ser feliz por inteiro.
CICERO[N.C.S]
07/03/2004
Pensei em todos os seus livros
De como cuidar do meu lugar
Juntei suas palavras rasas
Ignorando o que faz desprezar.
Cansei de ler suas memórias
Seu jardim virou campo de horrores
Distorceu a capacidade da canção
Não salientou nenhum dos favores
Que tudo que teve vida volte
Nos olhos que parecem ilusão
Não pensei num dia só pra mim
Minha esperança vem depois da escuridão!!!
CICERO[N.C.S]
31/10/2000
De todo jeito o amor sempre vence,
na realidade ou na validade.
CICERO[N.C.S]
05/03/2015
Nenhuma data vai ser marcada
Pensei em você antes de existir
Não entendo convergências do amor
Mais um tempo pra gente decidir.
Estou atado na nossa consolação
Algumas lágrimas podem purificar
Minhas ideias loucas não te batem
Descarrego minha dor pra aliviar.
Eu gosto tanto de olhares noturnos
Espreita às vezes felicidade então
Na hora que o sol chegar de vez
Vai deixar nosso olhar em questão.
30 de Abril vou deixar na vanguarda
30 de Abril as coisas mudam de lugar
30 de Abril muda nossa porcentagem
Nesse desespero, vou me deixar levar!
CICERO[N.C.S]
30/04/2000
Nunca é alto o preço a pagar pelo
privilégio de pertencer a si mesmo.
(Nietzsche)
Haja hoje para tanto ontem
(Paulo Leminski)
É preciso força pra sonhar e perceber
que a estrada vai além do que se vê.
(Marcelo Camelo)
Mesmo que acabe
Ainda existe estes vestígios
Mas me explique esta alegria
Que só dura numa fantasia.
Essa festa nunca acaba
E a realidade ainda é dura
E você se engana no momento
Aglomerado da massa em evento.
Marchinhas de contentamento
Apogeu sexual totalmente ligado
Os vestígios ficaram nas cinzas
E o povo ainda não se anima!
Quando será o fim ?
CICERO[N.C.S]
12/05/1995
À tarde precisava te encontrar
Parece que foi anos sem te ver
É como se fosse tudo inicial
Parece que nada disso foi normal.
Agora como ficou o nosso olhar
A possibilidade do querer bem
O nosso pensamento sem fim
Vontade de ter você pra mim.
De mãos dadas ao seu lado
Saudade não entende razão
Da sua boca o meu desejo
Meu afago começa no beijo.
CICERO[N.C.S]
08/08/1998
Ontem,
Fazia-se amor
Sem falar em
Sacrifícios!...
Hoje se faz
Sacrifícios,
Porque é quase
Impossível
Falar de
Amor...!!!
(Willian Marques)
Há pessoas que
Nunca dizem não...
Mas sempre se
Esquecem de
Praticar o sim!!!...
(Willian Marques)
Eu não acredito no amor,
mas não importo se o amor
acreditar em mim.
(Everson Russo)
Não existe cedo ou tarde. Existem
oportunidades proveitosas ou perdidas.
(Hudson Oliveira)
Resolvi ficar na minha
Deixar o sono vagar
Deixar o coração calar.
Vou ficar no meu canto
Deixar o silêncio reagir
Esquecer o que faz sorrir.
Vou ficar por aqui
Entender minha própria sorte
Parar com essa coisa de morte.
Vou ficar esperando
Pra começar tudo do zero
Pra fazer tudo que quero.
CICERO[N.C.S]
31/07/1992
Crianças perdidas no mundo
Pedindo esmola ao redor
Aquele ar de pólvora corroeu
Consumindo álcool na dor.
Segue uma rua qualquer
Sem destino, sem fé
Balas perdidas no jardim
Acredite no amanhã que puder.
Onde estão os brinquedos
Não queria dizer não
Explique as mãos sujas
Crianças recebem o que são.
CICERO[N.C.S]
11/06/1996
Luis Fernando Veríssimo fazendo poesia ? Sim, isso é real, e no estilo veríssimiano de ser. Um bom livro. Gostoso de ler como é todo livro do Veríssimo. São produções diversas do autor: tirinhas, poemas e charges que falam sobre diversos temas, principalmente relacionados à graça presente no cotidiano.
Quanto aos poemas, são muito simples. Alguns bem simples. Mas a maioria tem aquele bom-humor irreverente que é marca do autor. Não são grandes poemas: estão muito longe disso. Aliás, eu chamaria de piadas poéticas, a maioria deles. Outros merecem mais destaque. Veríssimo brinca muito com a linguagem, isso é que dá graça aos textos.
Se o livro for analisado por um crítico de poesia, será considerado de baixa qualidade.
Mas se for analisado por alguém que apenas quer uma leitura gostosa, é um livro excepcional. É um dos meus favoritos.
Ele fala desde cotidiano até teorias do Universo, sempre com aquele bom humor famoso da prosa do autor.
CICERO [N.C.S]
27/04/2015
Poema
ideal
é o
que
de cima para baixo e
de baixo para cima
quer dizer o mesmo
com este que
quer dizer o mesmo
de baixo para cima
de cima para baixo e
que
é o
ideal
poema.
(Luis Fernando Verissimo)
Um fio de cabelo está na minha cabeça
e não há nada que faça
com que isso
desaconteça.
Um fio do meu cabelo está na sua
e não há nada
que o substitua.
Nem o sol,
nem a lua.
Nem a luz do pensamento mais intenso
que você pense
que eu penso.
(Arnaldo Antunes)
Quando cumprimos a vontade do nosso verdadeiro EU, nos estamos inevitavelmente cumprindo com a vontade do universo. Cada alma humana e a alma do universo inteiro. Assim a coisa mais importante que podemos obter é o conhecimento do verdadeiro EU.
Porém, uma quantidade assustadora de pessoas têm urgência por ignorar o seu EU. Isto é horrível, mas ao menos vocês podem entender o desejo de simplesmente desaparecer, com essa consciência, porque
É MUITA RESPONSABILIDADE POSSUIR UMA ALMA,
algo tão precioso. o que acontece se a quebra? O que acontece se a perde?
Não seria melhor se anestesiá-la, acalma-la, destruí-la, para não viver com a dor de lutar por ela e tentar mantê-la pura?
Creio que é por isso que as pessoas mergulham nas drogas, na televisão, em qualquer dos vícios que a cultura nos faz engolir, numa tentativa de destruir qualquer conexão entre nós e a responsabilidade de possuir um EU.
(Alan Moore)
As coisas que fazemos
sem luxúria e ambições
são as mais puras ações
que podemos fazer.
(Alan Moore)
A afeição ainda resolverá os
Problemas da Liberdade;
Aqueles que se amam
Tornar-se-ão invencíveis.
(Walt Whtiman)
Se todas as coisas nos reduzem a zero,
e daí do zero, que temos que partir.
(Waly Salomão)
Antes da vitória vem a tentação.
(Stephen King)
Você só sabe até onde
pode ir quando já foi.
(Luis Fernando Verissimo)
Se surpreenda
Mais um dia nasce
Sei que é algo comum
O sol batendo na face.
Se renove
Deixe que a vida alcance
Existe algo maior
Deus permite uma chance.
Se aceite
O cotidiano é inevitável
Pode ser algo normal
Mas o milagre é inexplicável ! ! !
CICERO[N.C.S]
23/04/2003
Aquilo que foi ferido
Acabou sendo desencadeado
Retraídos pelas sobras de pão
Podíamos respirar aliviado.
Estou bem longe de casa
Escondendo vestígios passados
As estações mudaram o contexto
Fatos vão ficando apagados.
Chega! Vamos dar um basta
Deixar os planos transtornados
O acaso nos mostra contrariedade
Feliz se não fôssemos ignorados!
CICERO[N.C.S]
12/08/1997
O céu se abriu
Outra vez eles apareceram
Abriram uma fenda na terra
Numa mensagem subliminar.
Os cometas não mentem
Nem sabemos sua própria língua
Os cometas vem chorando poeira cósmica
Vem trazendo tempestades.
O que aconteceu com os cometas ?
Será que mudaram de planetas ?
As estações não são as mesmas
Depois da queda não são os mesmos.
Suba a rua, sorria e olhe a lua
Me diga o que nós abraçamos?
Cometas não vieram pra ficar
(Não, não, não!)
CICERO[N.C.S]
*Eduvado de Sales
20/10/1996
A máquina insistiu na vida
Intervém no seu querer a vontade
Benefício livre da padronização
Articulações da bioeletricidade.
Instinto funcional adequado
Retorcendo a sua programação
Mecanismos da dor atualizados
Pressente os eletrodos da razão.
Desconectado a rede induzida
Maquinações do seu tempo de uso
Conduta do seu chip regular
Falta pouco para ser concluso.
CICERO[N.C.S]
23/04/2015
São rosas e vermelhas
São histórias e lendas
São seus pais e filhos
São como qualquer um.
São verdades escondidas
São mentiras apagadas
São enfermos e sãos
São felizes e carentes.
São de guerra e paz
São de amor e pena
São varias pessoas de uma vez
São de uma pessoa só.
São Cosme e São Damião
São tantas coisas e nenhuma
São como sempre serão
São rosas e vermelhas.
CICERO[N.C.S]
12/12/1994
Ela esta vestindo roupas de guerra
Ela veste roupas sujas de gasolina
E diz que vai acender um cigarro
Nada abala na mudança dos fatos.
Ela esta contaminada com o desespero
Ela não tem mais compaixão
Feridas de uma humanidade fria
Num planeta sem razão.
Ela precisa de um choro
Porque antes a vida era mais fácil
Mas hoje vende seu corpo
Num mundo tão oposto.
Uma vida se deita aos seus pés
O abismo dos flashback's aprisiona
Num passado tão dissoluto
Aquela paz que sempre questiona:
- O amanhã nunca vem?
CICERO[N.C.S]
19/02/1995
Eu amei
Eu amei, ai de mim, muito mais
Do que devia amar
E chorei
Ao sentir que iria sofrer
E me desesperar
Foi então
Que da minha infinita tristeza
Aconteceu você
Encontrei em você a razão de viver
E de amar em paz
E não sofrer mais
Nunca mais
Porque o amor é a coisa mais triste
Quando se desfaz
(Vinicius de Moraes)
Você sempre foi falso
e eu era seu amigo.
O que em mim era canção
era, em você, ruído.
Você inda distorce
qualquer coisa que digo.
Como é falsa sua vida
meu dileto inimigo,
entre nós vai se abrindo
cada vez mais o abismo,
você é pós-moderno
e eu sou pré-antigo.
(Affonso Romano de Sant'Anna)
A alma é essa coisa que nos
pergunta se a alma existe.
(Mario Quintana)
Todos os movimentos do amor
são noturnos mesmo quando
praticados à luz do dia.
(Ferreira Gullar)
Quem tem coragem não finge.
(Rodolfo Abrantes)
Eu sei quem escolheu a gente
Pra ser um corpo só
Só quem me conheceu doente
Vê como estou melhor assim.
O tempo vem
(Se você deixa vir)
Eu acordei
(Bem pouco tempo antes de dormir)
Tivemos um dia quente
Tão diferente de onde ia estar.
Difícil de encarar de frente
Tão fácil de gostar pra sempre
Onde eu passei
(Você tentava me encontrar)
Eu aprendi.
(Que pra reviver é só lembrar)
Tivemos um dia quente
Se o fogo é bom eu deixo queimar.
Se você está aqui
Dormindo ao lado meu
É verdade você é minha metade
Se você está aqui
Como eu pedi a Deus
Vamos mudar de ar e caminhar como um só.
Hoje eu vejo na parede
Quem sempre esteve lá presente
Como eu mudei
(E ainda há tanto que mudar)
Vivendo aqui
(Ou em qualquer outro lugar)
Teremos um dia quente
E muitos ainda vão esquentar.
Confesso que andei perdido
Reduzido a pó
Sem chão pra cair
Das flores que eu olhei
Você é a mais perfeita que eu já vi.
(Rodolfo Abrantes)
O tempo é indivisível. Dize,
Qual o sentido do calendário?
Tombam as folhas e fica a árvore,
Contra o vento incerto e vário.
A vida é indivisível. Mesmo
A que se julga mais dispersa
E pertence a um eterno diálogo
A mais inconseqüente conversa.
Todos os poemas são um mesmo poema,
Todos os porres são o mesmo porre,
Não é de uma vez que se morre…
Todas as horas são horas extremas!
(Mario Quintana)
O que se foi
Se algo ainda perdura
é só a amarga marca
na paisagem escura.
Se o que foi regressa,
traz um erro fatal:
falta-lhe simplesmente
ser real.
Portanto, o que se foi,
se volta, é feito morte.
Então porque me faz
o coração bater forte?
(Ferreira Gullar)
Sobre as sobras
Eu vi as provas
Sobre o seu som pesado
O meu carro desgovernado.
Prolifera as mais belas beldades
Sobre os seus pés, tamanha vaidade
Enxuga a lágrima mais falida
Sobre suas mãos uma nova vida.
Traga pra mim, algo do exterior
Sobretudo, tergal e seda oriental
Eu te amo, quase sempre felicidade
Sobre tudo o nosso amor excepcional.
3º andar, 2ª chance, e 1ª vez
Sobre veio tamanha insensatez
Esquecemos a verdade celestial
Esta rota não será mais igual.
Sobre as provas
Eu vi as sobras.
CICERO[N.C.S]
18/08/1996