segunda-feira, 1 de agosto de 2016

MADRUGADA


Do fundo de meu quarto, do fundo

de meu corpo
clandestino
ouço (não vejo) ouço
crescer no osso e no músculo da noite
a noite

a noite ocidental obscenamente acesa
sobre meu país dividido em classes


(Ferreira Gullar)

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