sábado, 20 de agosto de 2016

STAR TREK 2: Além da Escuridão


STAR TREK: Além da Escuridão, sequência do filme de 2009, Star Trek, não exige que você tenha assistido ao filme anterior, nem que seja um conhecedor das versões anteriores do mundo de Gene Roddenberry (criador de Star Trek). O filme funciona sozinho, evitando frustrações de quem não conhecia a saga. Além disso, é um ótimo meio e angariar novos fãs. Ora, o camarada cria um filme gigantesco, caríssimo, e não pode, e nem deve, satisfazer só aos fãs. Ele precisa gerar novos fanáticos que, à partir deste novo longa, irão se interessar pela franquia e explorar o que veio antes.


Existe um inegável peso nos ombros de JJ Abrams para a continuação de um filme corajoso, que conseguiu agradar fãs fervorosos da série Star Trek original, e ganhar gente que nunca foi muito fã das histórias de Kirk e companhia (eu incluso). A franquia renovada agora pode explorar tanto histórias novas, como homenagear o universo original. E é o que acontece aqui. Cheio de referências que vão agradar quem assistiu os episódios da TV e os filmes da tripulação clássica, Além da Escuridão tem personagens carismáticos, atuações fantásticas e efeitos técnicos de tirar o fôlego; não esquecendo o lado humano.

Alias, o melhor da adaptação de J.J. Adams está em dois detalhes essenciais. O primeiro é o fato de que o novo filme complementa com louvor o primeiro, lançado em 2009 e que eu indico que você reveja antes de ver está sequência e o segundo é que funciona muito bem para leigos na vida Trekiana: Não é necessário conhecer detalhes da história de Star Trek ou ter acompanhado todos os filmes e séries anteriores para entender o enredo ou se apaixonar pelos personagens. Eles tem vida própria além da história clássica e conseguiu também deixar irritado os fãs mais xiitas.

Depois dos eventos do filme anterior, o capitão Kirk (Pine) continua no comando da NCC-1701 junto do Sr Spock (Quinto), Dr “Magro” McCoy (Urban), Sulu (Cho), Uhura (Saldaña), Scotty (Pegg) e Checkov (Yelchin). Ao salvar um planeta classe M da destruição total, arriscando a vida de seu primeiro oficial e expondo a Enterprise à uma civilização que mal saiu da idade da pedra, Kirk é removido do posto de capitão pela Federação, e o comando da nave é devolvido ao Almirante Pike (Greenwood). Mas numa série de eventos iniciados por John Harrison (Cumberbatch), um antigo membro que se voltou contra os seus comandantes, que causa a morte de vários oficiais do alto comando, Kirk é autorizado pelo Almirante Marcus (Weller) a caçar o traidor, usando uma nova tecnologia de torpedos fotônicos. Mas, como de costume, nem tudo é o que aparenta.

O Filme combina perfeitamente boas sequências de ação com os dramas pessoais cativantes, com desenvolvimento do grupo central. Kirk, Spock e McCoy, bem como dos demais personagens Uhura, Scotty, Sulu e Checov. Durante o filme os fãs da série irão se deliciar com as citações e situações que remetem aos episódios originais da série, e se tiver um olhar afiado, encontrará vários "ovos de páscoa" nos cenários e nas cenas de aventura.

Porém o grande destaque deste filme, no que diz respeito à atuação, é Benedict Cumberbatch. Ele é o vilão John Harrison, um ser superpoderoso. Isto por si só já poderia levá-lo a exagerar na tinta e pintar um personagem inconsistente. Mas Cunberbatch, bem dirigido como foi e esbanjando talento, interpretou aquele que se tornou o vilão mais legal do universo trekker.

Existem problemas? Sim. A trilha sonora é usada de forma exagerada e falta tempo para os espectadores respirarem entre as cenas de ação. Sem falar do momento patético no qual Alice Eve aparece seminua. Não há justificativa para isso, além do apelo ao público que não vê problema em mulheres serem tratadas como objeto e também o outro antagonista do filme, o almirante Marcus (Peter Weller, o eterno Robocop), seja uma caricatura demasiadamente clichê do tradicional militar belicista. Felizmente passamos pouco tempo com ele e sua presença acaba não prejudicando o resultado final.

O filme ainda aproveita a noção de uma realidade paralela tentando se reajustar ao trazer claras menções a eventos ocorridos na série clássica, mas aqui realizados por personagens diferentes justamente por conta desse conhecimento futuro. Inclusive há tempo para que Leonard Nimoy retorne como o Spock primordial em uma pequena ponta. Claro, apenas trekkers veteranos irão perceber as referências, mas ainda assim o filme não deixa de surtir efeito, mesmo quando temos alguma ideia do que pode ocorrer.


NOTA: 8

PRÓS: Interação entre os personagens

CONTRAS: Ação muito acelerada



CICERO[N.C.S]
20/08/2016

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