Com a proposta medieval, Guerra Dos Tronos é um dos melhores épicos já escritos. George Martin tem um jeito único de escrever, que pode ser considerado ruim para
algumas pessoas (no começo tive um pouco de dificuldade, porque foi um contraste enorme com o gênero de literatura que estou acostumado), mas com o tempo você começa a perceber a genialidade de Martin.
Com capítulos pequenos (uma ótima jogada da parte do autor), Guerra Dos Tronos te transporta ao mundo de Westeros, continente onde a série é passada, com um medievalismo padrão (quem é acostumado com histórias medievais não terá grandes problemas), colocando alguns elementos de fantasia, perfeitamente ambientados.
A trama é sobre o Rei do continente Westeros, do qual foi tirado a força do seu trono por Robert Baratheon, assim,
passando o trono para duas linhagens de família, que antes era Targaryen, e agora é Baratheon. Como todo continente medieval, haviam vários reinos, e todos os reinos possuíam seu rei. E quando o rei Robert morre, todos os outros reis se declaram rei de Westeros, cada um com a sua justificativa, e daí o nome de Guerra dos Tronos.
O que difere mesmo Guerra Dos Tronos é a trama incrível, personagens bem cuidados (que no começo se mostram o maior desafio do livro, já que nas primeiras páginas o livro te apresenta mais de cem personagens, e sem exageros), os elementos de fantasia que são apresentados, e como George Martin te engana, fazendo você perceber logo nos primeiros capítulos, que os seus personagens não são taxados como vilões e heróis. Cada um tem seus múltiplos lados, cada um é humano. Os sentimentos dos personagens são quase palpáveis, mesmo que o livro seja escrito em terceira pessoa.
A trama é diversa e complexa, envolvida em guerra, traíção, romance, e reviravoltas que, sinceramente, podem vir a ser as mais chocantes que alguém poderá ler na vida. Sendo assim, Guerra Dos Tronos não é destinada a um só tipo de público. Todos são beneficiados com a história. Sempre há um plot que irá agradar alguém. Ao meu ver, George Martin queria trazer um épico real para o mundo. Consigo ver ele estudando cada personagem, cada lado, cada sentimento e pensamento na mente de cada personagem, e talvez essa vontade dele de tornar tudo real choque algumas pessoas com alguns acontecimentos (incesto, e muita morte, de personagens relativamente importantes podem ser um desses elementos), e passar uma mensagem como “a vida é assim”.
Você vai ter que se acostumar com algumas mortes, e entender a moral de Martin, para não ficar chateado com o autor. As vezes, seu personagem favorito morre, ou pode não ser seu personagem favorito, mas pode ter um grande peso para a história.
Martin consegue mesmo te prender a sua trama. Não foi um livro fácil, mas foi um livro que conseguiu me surpreender e me satisfazer como nenhum outro conseguiu até hoje, e quando terminei tive a sensação de que muita coisa ainda me espera nos reinos de Westeros. Se em um livro acontecem tantas reviravoltas, imagina essa trama movimentada por mais outros seis?
CICERO[N.C.S]
1º/07/2015
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