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Antes de começar
Eu preciso terminar
O que me condena
O que pode ser o fim.
Seja lágrima ou dia
Na vida aprendiz
Milhares de sinais
Crianças choram.
Janelas abertas
Acordo sem saber
Do internato e da saída
Quando vai ser a despedida.
Porém a luz do sol bateu mais forte nos meus olhos!!!
CICERO[N.C.S]
31/08/2008
*Poema dedicado a Dona Arlene (Minha mãe)
Relembro a casa com varanda
Muitas flores na janela
Minha mãe lá dentro dela
Me dizia num sorriso
Mas na lágrima um aviso
Pra que eu tivesse cuidado
Na partida pro futuro
Eu ainda era puro
Mas num beijo disse adeus.
Minha casa era modesta
Mas eu estava seguro
Não tinha medo de nada
Não tinha medo de escuro
Não temia trovoada
Meus irmãos a minha volta
E meu pai sempre de volta
Trazia o suor no rosto
Nenhum dinheiro no bolso
Mas trazia esperanças.
Essas recordações me matam
Essas recordações me matam
Essas recordações me matam
Por isso eu venho aqui.
Relembro bem a festa, o apito
E na multidão um grito
O sangue no linho branco
A paz de quem carregava
Em seus braços quem chorava
E no céu ainda olhava
E encontrava esperança
De um dia tão distante
Pelo menos por instantes
encontrar a paz sonhada.
Essas recordações me matam
Essas recordações me matam
Essas recordações me matam
Por isso eu venho aqui.
Eu venho aqui, me deito e falo
Pra você que só escuta
Não entende a minha luta
Afinal, de que me queixo
São problemas superados
Mas o meu passado vive
Em tudo que eu faço agora
Ele está no meu presente
Mas eu apenas desabafo
Confusões da minha mente.
Essas recordações me matam
Essas recordações me matam
Essas recordações me matam.
(Roberto Carlos)
Respire através de mim.
Me faça real.
Traga-me para a vida.
(Amy Lee)
A sistemática do caos continua
A ordem vigente complica o tom
Perfuração do entrave articulado
Ás vezes mau, às vezes bom.
Compulsão da retina numa fase
Nas retas seguidas, curvas do repouso
Estabelece por horas o meu relógio
Liberdade que eu ainda não ouso.
A linha torta guia a exatidão incerta
Método de uma fração que norteia
Nunca mais é o tempo pra sempre
Quem sabe uma verdade e meia ?
CICERO[N.C.S]
30/08/2015
Consuma as marcas multi-nacionais
Enquanto mais de 10 crianças morrem
Ou se tornam moleques marginais.
Quando seu carro atingir a velocidade
Pessoas da sua vida serão esquecidas
Pense no agora, não deixe mais tarde.
Qualquer chance para ter vencido
Mesmo que não tenha tentado
O paraíso não faz mais sentido.
CICERO[N.C.S]
13/10/1994
Na verdade nada engana ou disfarça
Mostra depois nos que são exauridos
Esvazie as lacunas do que partilha
Neste baú dos desenganos perdidos.
Descarregue toda raiva na pretensão
Quebre as correntes que te asilam
Chega de figurinhas comportamentais
Chegando no estado em que vacilam.
Não esconda a chave que me liberta
Busque por momentos mais duradouros
Não espere a certeza estagnar em nós
Hoje eu vou descontar os meus tesouros.
CICERO[N.C.S]
22/10/2000
Janelas quebradas
Quadros estragados
Fotos destruídas
Posteres arrancados.
Ela perguntou o que aconteceu ?
Onde estava você a duas semanas ?
Porque esqueceu os velhos amigos ?
Não faz mais os mesmos programas ?
Porque a cara chapada ?
E os olhos vermelhos ?
Onde está seu violão ?
Você não se olha no espelho
Cadê o sorriso e a zoação ?
Da escola você se esqueceu
E as meninas perguntam por você
Sua família agora é estranha
Você não sabe quem pode sofrer
Largue seu 38
Não se mate com o 38
Esqueça seu 38
Dentro do seu criado-mudo
Existe uma arma
Um tiro e o fim de tudo.
CICERO[N.C.S]
01/06/1997*Poema dedicado ao saudoso amigo Henry Lima (Saudades de Bratskóvia)
Todos temos o bem e o mal dentro de si, mas o que realmente importa não são as semelhanças e, sim, as diferenças.
(J. K. Rowling)
Um pensamento abarca a imensidão.
(William Blake)
Os que te odeiam
são admiradores secretos
que não entendem porque
tantos te amam.
(Paulo Coelho)
A prova que a natureza é sábia
é que ela nem sabia que iríamos
usar óculos e notem como
colocou nossas orelhas.
(Jô Soares)
Eles querem que você se sinta mal,
pois assim eles se sentem bem.
(Chorão Abrão)
A vida é feita de atitudes nem sempre decentes.
Não lhe julgam pela razão, mas pelos seus antecedentes.
É quando eu volto a me lembrar do que eu pensava nem ter feito.
Vem, me traz aquela paz.
Você procura a perfeição, eu tenho andado sou perfeito.
Mas posso te dizer que já não aguento mais.
Desencana, não vou mudar por sua causa, não tem jeito.
Quem é que decide o que é melhor pra minha vida agora?
Ouvi dizer que só era triste quem queria.
Ouvi dizer que só era triste quem queria.
Ouvi dizer que só era triste quem queria.
Ouvi dizer que só era triste quem queria.
Lidei com coisas que eu jamais entenderei.
Ah! Se eu pudesse estar em paz.
Me livrar do pesadelo de vê-lo nesse estado, e não poder ajudá-lo não.
Triste é não poder mudar, porque estais tão revoltado irmão?
Ouvi dizer que só era triste quem queria.
Ouvi dizer que só era triste quem queria.
Ouvi dizer que só era triste quem queria.
Ouvi dizer que só era triste quem queria.
Ouvi dizer que só era triste quem queria.
Ouvi dizer que só era triste quem queria.
Ouvi dizer que só era triste quem queria.
Ouvi dizer que só era triste quem queria.
A vida é feita de atitudes nem sempre decentes.
Não lhe julgam pela razão, mas pelos seus antecedentes.
Cuidado com os seus passos!
(Chorão Abrão)
A Esperança não murcha, ela não cansa,
Também como ela não sucumbe a Crença.
Vão-se sonhos nas asas da Descrença,
Voltam sonhos nas asas da Esperança.
Muita gente infeliz assim não pensa;
No entanto o mundo é uma ilusão completa,
E não é a Esperança por sentença
Este laço que ao mundo nos manieta?
Mocidade, portanto, ergue o teu grito,
Sirva-te a crença de fanal bendito,
Salve-te a glória no futuro – avança!
E eu, que vivo atrelado ao desalento,
Também espero o fim do meu tormento,
Na voz da morte a me bradar: descansa!
(Augusto dos Anjos)
Prepare-se para a glória!!!
O filme, assim como a história em quadrinhos repito, não tem pretensões de rigor histórico. Portanto, falar que o filme possui “erros” não seria adequado, já que esses “erros” são conscientes e propositais. O mais correto seria falar é licença poética em adaptações por assim dizer.
Mas não esquecendo que mesmo assim, 300 baseia-se numa história real, caso alguém não saiba. Nele, é retratada a Batalha das Termópilas, conflito envolvendo gregos e persas, que se deu no século 480 a.C.
Baseado na HQ de Frank Miller, o filme conta a história real, mas aqui fantasiada dessa Batalha focando no lado espartano, a trama acompanha o rei Leônidas e seu grupo de 300 homens defendendo sua terra contra o exército persa do deus-rei Xerxes. A batalha se tornou heroica pelos números envolvendo os dois exércitos: enquanto os espartanos contavam apenas com suas três centenas, os persas combatiam com milhares.
Com várias tomadas em câmera lenta que parecem com vídeo clipes da MTV, a direção de arte de 300 utiliza ao máximo os recursos visuais que o cinema contemporâneo oferece, não sobrando dúvidas de que o lado visual é o ponto forte do filme. É impossível não se deslumbrar com a plasticidade alcançada por Snyder em cenas como a da oráculo envolvida na fumaça, a dos persas sendo jogados no penhasco ou o último plano envolvendo Leônidas.
Tudo para que a tela gigante do cinema se transforme numa versão ampliada e movimentada dos traços da HQ de Frank Miller. Afinal, quando a Warner decidiu entrar no projeto, ela sabia que o retorno financeiro só seria possível se o filme atraísse os milhões de seguidores que Frank Miller tem pelo mundo. A maior parte do enredo de Frank Miller foi preservada. O rei Leônidas é interpretado por Gerard Butler, Xerxes por Rodrigo Santoro.
E violência é uma das bases de 300. O diretor parece fascinado por sangue, tamanha a riqueza de detalhes com as quais filma braços e pernas cortados, cabeças decapitadas e toneladas do líquido vermelho jorrando. Pode-se até dizer tais cenas sejam moralmente equivocadas e que de certa forma são. Porém, estão completamente dentro do tom do filme e da vida dos espartanos.
NOTA: 10
CICERO[N.C.S]
30/08/2015
Stephen King conta no livro que suas histórias mostram pessoas normais enfrentado situações surreais, e os contos que acompanhei nas páginas de Escuridão Total sem Estrelas, se encaixam bem nessa classificação. As decisões tomadas pelos personagens de nenhuma forma ficam muito longe do que qualquer pessoa tomaria naquela situação, mas também servem para mostrar que o ser humano pode ser cruel, perigoso e muitas vezes, desumano.
Um livro pesado, recheado de narrativas bem construídas e ritmadas, Escuridão Total Sem Estrelas pode chocar muitas pessoas, mas os mais fortes (que continuarão chocados) terão dificuldade em largar as páginas de mais essa obra-prima do autor.
Os personagens das quatro histórias de Stephen King passam por momentos de escuridão total, quando não existe nada como bom senso, piedade, justiça ou estrelas para guiá-los. Suas histórias representam o modo como lidamos com o mundo e como o mundo lida conosco. São narrativas fortes e, cada uma a seu modo, profundamente chocantes. É um livro sombrio, triste, e completamente escuro, que realmente ilustra as piores partes da humanidade.
E é exatamente sobre esses momentos de escuridão que os quatro contos presentes nesse livro tratam. Quando a pessoa perde todos os limites por avareza, vingança, inveja ou vergonha, ele encontra o maior monstro que se esconde na escuridão, aquele que vive no fundo deles mesmos.
Todo o horror aqui é absolutamente aterrorizante, emocionante e inteiramente da variedade humana, escrito de uma forma que só Stephen King sabe fazer.
CICERO[N.C.S]
30/08/2015
Misturando ficção e realidade, Jô Soares narra episódios cômicos e ao mesmo tempo fascinantes, mostrando a biografia de Dimitri Borja Korozec, um anarquista fictício que, entre 1914 e 1954, percorre várias partes do mundo para cumprir uma gloriosa e desastrada missão: matar tiranos. filho de uma contorcionista brasileira e um anarquista sérvio. O livro é a biografia de Romance em que até a História (a verdadeira) parece coisa de humorista.
Dimitri convive com muitas personalidades de sua época, como Mata Hari, Al Capone, Franklin Roosevelt, até chegar a Getúlio Vargas, e tudo isso ocorre durante importantes episódios históricos, como a Primeira Guerra Mundial e o período dos gângsters. Desta maneira o autor nos presenteia com uma história cheia de humor, aventuras e fracassos e claro com pitadas de suspense e mistério.
O Homem que Matou Getúlio Vargas é um livro em que a história e ficção se misturam e que o leitor certamente irá se envolver e se divertir.
Jô Soares faz algo parecido com Dan Brown, só que usa artifícios: clichês e roteiro pré-formatado e muito humor para contar as peripécias de um assassino profissional desastrado de 12 dedos. Claro que não dá pra comparar a veia cômica que Jô Soares que mistura elementos de história real com a ficção. É interessante tambem que percebermos que o protagonista do livro pode ser comparado ao intrépido e desastrado detetive francês, o Inspetor Jacques Clouseau da Pantera Cor de Rosa.
Isso porque o livro brinca com os fatos e os remolda baseado nas ações do personagem principal. Mas apesar de tudo o livro é muito bom, incrivelmente engraçado e divertido. Das partes cômicas, destaque para o cofrinho da bicha francesa. E das partes sem-noção, destaque para os atentados fracassados do anão Thug a Dimitri.
CICERO[N.C.S]
30/08/2015
Quando sentir a sua dor
Lembre-se que eu estarei
Sentindo o que você for.
Quando pensar em mim
Num instante de solidão
Lembra-se que estou afim.
Quando olhar triste para o mar
E ver o sol se pondo no horizonte
Saiba que estou aqui para te ajudar.
Quando assistir pela tv as torres caindo
Estarei perto dos destroços a salvo
Te avisando que já estou indo.
Quando seu artista preferido morrer
Vou cantar sua canção favorita
Dedicando o que faz surpreender.
Quando a saudade chegar pra prender
Use meu amor para te libertar
Lembre-se que não esqueço de você.
CICERO[N.C.S]
11/09/2007
E a vida vai tecendo laços
Quase impossíveis de romper:
Tudo que amamos são pedaços
Vivos do nosso próprio ser.
(Manuel Bandeira)
Há um desencontro
Veja por esse ponto
Há tantas pessoas especiais.
(Vanessa da Mata)
Se você quiser eu vou te dar um amor
Desses de cinema
Não vai te faltar carinho,
Plano ou assunto ao longo do dia.
Se você quiser eu largo tudo
E vou pro mundo com você, meu bem
Nessa nossa estrada
Só terá belas praias e cachoeiras.
Aonde o vento é brisa
Onde não haja quem possa
Com a nossa felicidade
Vamos brindar a vida meu bem
Aonde o vento é brisa
E o céu claro de estrelas
O que a gente precisa
É tomar um banho de chuva,
um banho de chuva.
Ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, aaaaaaai...
(Vanessa da Mata)
O que estava em mim, explodiu dentro de você
As vozes da minha cabeça vieram dos punidos
A fórmula para acabar com o fim do mundo
Foi reescrita no sangue dos nossos inimigos.
Vermes xiitas entoam canções de fé na matança
Querem disfarçar a dor com palavras do alcorão
Guerra fria, guerra santa, gera guerra geral
Seguem caminhos de paz com corpos no chão.
Protestos em shows de rock beneficentes
As preces de Bono continuam se propagando
Crianças trocaram brinquedos por armamentos
Somos soldados suburbanos ! ! !
CICERO[N.C.S]
19/12/1999
Nós éramos pedras na equação
Rivais de nossos próprios sentimentos
Movidos por tempestades repentinas
Porém a canção nos traz entendimentos.
Ainda assim unidos na semelhança
Vimos as aparências dos gigantes
Derrubaram prédios, mataram gente
E você pede pizza e refrigerantes.
O que seria o criador do mundo pra você?
Será que nossa vida ficou tão latente
Foi tão bom aquele 1997
Poderia ter sido muito mais prudente.
Mesmo assim ainda vou esperar
Que um dia você faça uma canção
Que você entenda a estação dos anjos
Que você aprenda pedir perdão ! ! !
CICERO[N.C.S]
19/08/2005
*Poema dedicado ao ex-amigo rival Hugo Motta, "Felix"
Séculos atrás
Era mais fácil imaginar
A queda dos nossos ancestrais
Depois da queda dos torpedos
Antes das eleições para presidente
Era uma época de enredos.
Pensei melhor antes de agredir
Mudanças passageiras de atitudes
Lindos arbustos, cheio de flores
Quadro de pinturas cheio de cores.
Repouse em paz, descanse em paz
Ainda não morri, tenho outra chance
Solução para lidar com os marginais
É distribuir metralhadoras para os demais.
Melodia turbulenta de aviões
Melancólica algazarra dos anciões
Resposta imediata sem sentimento
Julgado sem nenhum julgamento.
This is sky war!!!
CICERO[N.C.S]
09/06/1995
A semente ensina a não caber em si.
(Arnaldo Antunes)
O silêncio não comete erros.
(Anne Frank)
Sistematizo, soluçando, o inferno...
E trago em mim, num sincronismo eterno.
A fórmula de todos os destinos!
(Augusto dos Anjos)
Tal como espaço vazio numa pintura,
o tempo em que nada acontece
tem seu propósito.
(Bono Vox)
Bem aventurados sejam aqueles que amam essa desordem
Nós viemos a reboque , este mundo é um grande choque
Mas não somos desse imundo
De cidades em torrente
De pessoas em corrente.
Errar não é humano
Depende de quem erra
Esperamos pela vida
Vivendo só de guerra.
Viemos preparados pra almoçar soldados
Chegamos atrasados, sumiram com a cidade antes de nós.
Mesmo assim, basta esquecê-la em outro dia
Transformando em lataria, tudo que estiver ao nosso alcance,
Errar não é humano
Depende de quem erra
Esperamos pela vida
Vivendo só de guerra.
Viemos espalhar discórdia
Conquistar muitas vitórias,
Conquistar muitas derrotas
Bem aventurados sejam todos que caírem em moratória
Bem aventurados sejam os senhores do progresso
Esses senhores do regresso.
(Bruno Gouveia)
Nossas meninas estão longe daqui
Não temos com quem chorar e nem pra onde ir
Se lembra quando era só brincadeira
Fingir ser soldado a tarde inteira?
Mas agora a coragem que temos no coração
Parece medo da morte mas não era então
Tenho medo de lhe dizer o que eu quero tanto
Tenho medo e eu sei porque:
Estamos esperando.
Quem é o inimigo?
Quem é você?
Quem é o inimigo?
Quem é você?
Quem é o inimigo?
Quem é você?
Nos defendemos tanto tanto sem saber
Porque lutar.
Nossas meninas estão longe daqui
E de repente eu vi você cair
Não sei armar o que eu senti
Não sei dizer que vi você ali.
Quem vai saber o que você sentiu?
Quem vai saber o que você pensou?
Quem vai dizer agora o que eu não fiz?
Como explicar pra você o que eu quis.
Somos soldados
Pedindo esmola.
E a gente não queria lutar
E a gente não queria lutar
E a gente não queria lutar.
(Renato Russo)
Steve Rogers, é um rapaz magricela que sonha em virar um soldado e lutar na Segunda Guerra Mundial, que está em pleno curso. Depois de ser escolhido a dedo pelo Dr. Erskine, Rogers passa por um programa experimental que o transforma em um supersoldado, o Capitão América.
Em 1943, é que conhecemos este jovem nova-iorquino Steve Rogers. Franzino e doente, porém cheio de determinação, ele tenta (e falha) várias vezes entrar para o exército para lutar na Segunda Guerra Mundial, movido por uma convicção inabalável de que violência devem ser combatidos em todas as suas formas. Sua chance aparece quando ele chama a atenção do Dr. Abraham Erskine, responsável por um projeto científico visando à criação de supersoldados. Combinando um soro especial com a radiação dos raios Vita, Steve ganha força, agilidade e resistência além dos limites humanos.
Juntem-se a isso alguns ingredientes indispensáveis para um boa aventura. Entre eles, ação e humor nas proporções exatas, efeitos especiais de primeira linha, uma reconstituição de época que beira à perfeição, e um desenho de produção de cair o queixo, idealizando com muito talento elementos de ficção cientifica com sabor do anos 40.
Como nos demais filmes da Marvel, temos uma história de origem, simples e bem contada. A direção ficou a cargo de Joe Johnston (de O Lobisomem), que entregou um filme passado na guerra, mas com um espírito mais aventuresco, Sessão da Tarde mesmo. A Hidra, uma subdivisão dos Nazistas. O que vemos é uma guerra paralela. Incomoda? Sim, mas nada que chegue a comprometer. Assim como os saltos que a trama dá, para abranger um período de tempo de alguns anos, apelando pros tradicionais clipes mostrando o que aconteceu naquele período.
Chris Evans conseguiu se queimar com grande parte dos fãs de quadrinhos com sua atuação forçada como Tocha Humana em Quarteto Fantástico I e II, as primeiras imagens não empolgaram, o uniforme mostrado nos trailers parecia mal-ajambrado… E fora que ele foi sempre lembrado por fazer papeis cômicos em filmes besteirois de comédia. Cheio daqueles trejeitos que não tem nada a ver com o super-herói Capitão América.
Mas como é bom estar enganado nesse sentido. Chris Evans me surpreendeu e realmente encarnou Steve Rogers. Sai da sessão convicto de que ele é o Capitão América. Aqui ele não faz beicinho, levanta a sobrancelha ou qualquer outra mania que mostrava em seus filmes anteriores como recurso de atuação barata, muito pelo contrário, consegue passar a inocência e bondade inerentes ao Steve ao mesmo tempo em que transmite o senso de liderança e audácia esperados de um capitão, aliás, o maior de todos os tempos.
Destaque em especial para os efeitos especiais que deixaram Chris Evans raquítico. É impossível perceber alguma falha ao ver Steve Rogers daquele jeito, Você acredita o tempo todo que o ator tinha corpo daquele jeito. O seu comprometimento com o personagem apagou toda a impressão ruim que eu tinha dele.
Na minha opinião, este Capitão América depois de Homem de Ferro 1 foi o a melhor adaptação que os Estúdios da MARVEL por se aproximar em muito da origem do héroi nas HQ's. Achei que o final do filme poderia ter sido melhor explorado em relação ao embate entre o vilão Caveira Vermelha, mas nada que vá atrapalhar o filme.
NOTA: 9
CICERO[N.C.S]
25/08/2015
Guerra Mundial Z é completo e extremamente abrangente. O texto, sempre em primeira pessoa, nos aproxima dos entrevistados, nos conectam com suas histórias. Eles nos contam o que aconteceu, como passaram por isso, como sobreviveram. Todos têm algo a dizer e acrescentar em seus relatos de superação, tristeza, tormento e esperança. Os erros, acertos e decisões por parte dos líderes globais são amplamente discutidos.
Ao criar um universo apocalíptico, o autor pensou em cada aspecto possível, o antes, durante e depois. Cada uma das etapas é rigorosamente abordada: o início dos rumores, o período da Grande Negação, quando as pessoas não ousavam acreditar que algo do tipo poderia acontecer, a fase do Grande Pânico, as guerras, misérias, sofrimentos e, enfim, a calmaria.
Os relatos conseguem prender a atenção do leitor por descreverem minuciosamente como a infestação começou passando pelo ápice da guerra – onde milhões de zumbis tentavam consumir a vida na Terra – até a vitória sem comemoração daqueles que lutaram e mataram para dar fim a pior guerra que o mundo já enfrentou.
Leitura rápida, que instiga a curiosidade e em certos momentos é tão imersivo que chega a ser desconcertante o quão soa real. Excetuando a parte dos zumbis é como acompanhar o relato de uma grande catástrofe mundial, mérito do autor pelo acerto no tom e nas críticas ao modelo de política mundial.
A bem da verdade, Guerra Mundial Z não só nos apresenta o que há de melhor e pior no ser humano, como nos faz colocar a mão na consciência e perguntar: como julgar o outro em um momento de desespero? Difícil, não?
CICERO[N.C.S]
25/08/2015
A história do segundo livro nem sequer dá um tempinho da do primeiro, como se fossem um livro só. Isso foi bom, mas no começo de "A Fúria dos Reis, faltou alguma coisa, alguns mistérios a mais, mas quese que ficou chato e entediante. Se em alguns momentos este livro parece mais monótono que o primeiro, a maior parte dele supera o anterior. Novos personagens marcantes tornam a história mais complexa e interessante.
Entre esses novos personagens, Davos é o que mais se destaca. O cavaleiro das cebolas, assim apelidado por ter sido um contrabandista de cebolas antes de virar cavaleiro, mostra visão da batalha, conselhos bons, lealdade e mais coração que muitos outros personagens principais.
Quanto a guerra, as surpresas são inúmeras. O livro escorre traições, vitórias improváveis e artimanhas malignas. Um dos pretendentes ao trono é morto e outro é derrotado. Quem subirá e governará no Trono de Ferro?
Achei A Guerra dos Tronos melhor, pois parece que tem mais estória sendo contada, e o livro não gira somente em torno das batalhas e afins, mas do reino, dos personagens, das traições, etc. Em A Fúria dos Reis, por ser um livro maior, creio que pode dar a impressão que o autor esteja enrolando, pois ele é minucioso em relatar o que acontece em cada canto dos Sete Reinos, mostrando um pouco da estória a partir de pontos de vista diferentes.
Como sempre a trama, a estória e os personagens são muito bons. Porém, devo confessar que Ned Stark, mesmo não sendo meu personagem favorito, fez muita falta a estória. Creio que em Ned encontrávamos uma certa estabilidade para a estória, o que faltou em pouco em A Fúria dos Reis.
As participações de Daenerys e Jon Snow poderiam ter sido mais exploradas. Eu particularmente gosto destes dois personagens desde o volume anterior, e gostaria de ter visto mais deles neste livro. Porém, imagino que Martin esteja guardando suas estórias para os próximos volumes.
A Fúria Dos Reis” há mais presença de guerra e ação do que o outro; Nesta continuação, você irá notar a presença de coisas trágicas e sangrentas.
Em Westeros é sempre bom manter três olhos abertos. Além te ajudar a não se chocar tanto (o que não é, necessariamente, um ponto negativo) te faz vivenciar mais a história. E essas Crônicas em especial devem ser vivenciadas como nenhuma outra.
CICERO[N.C.S]
25/08/2015