Antes de começar Eu preciso terminar O que me condena O que pode ser o fim. Seja lágrima ou dia Na vida aprendiz Milhares de sinais Crianças choram. Janelas abertas Acordo sem saber Do internato e da saída Quando vai ser a despedida. Porém a luz do sol bateu mais forte nos meus olhos!!!
Relembro a casa com varanda Muitas flores na janela Minha mãe lá dentro dela Me dizia num sorriso Mas na lágrima um aviso Pra que eu tivesse cuidado Na partida pro futuro Eu ainda era puro Mas num beijo disse adeus. Minha casa era modesta Mas eu estava seguro Não tinha medo de nada Não tinha medo de escuro Não temia trovoada Meus irmãos a minha volta E meu pai sempre de volta Trazia o suor no rosto Nenhum dinheiro no bolso Mas trazia esperanças. Essas recordações me matam Essas recordações me matam Essas recordações me matam Por isso eu venho aqui. Relembro bem a festa, o apito E na multidão um grito O sangue no linho branco A paz de quem carregava Em seus braços quem chorava E no céu ainda olhava E encontrava esperança De um dia tão distante Pelo menos por instantes encontrar a paz sonhada. Essas recordações me matam Essas recordações me matam Essas recordações me matam Por isso eu venho aqui. Eu venho aqui, me deito e falo Pra você que só escuta Não entende a minha luta Afinal, de que me queixo São problemas superados Mas o meu passado vive Em tudo que eu faço agora Ele está no meu presente Mas eu apenas desabafo Confusões da minha mente. Essas recordações me matam Essas recordações me matam Essas recordações me matam.
A sistemática do caos continua A ordem vigente complica o tom Perfuração do entrave articulado Ás vezes mau, às vezes bom. Compulsão da retina numa fase Nas retas seguidas, curvas do repouso Estabelece por horas o meu relógio Liberdade que eu ainda não ouso. A linha torta guia a exatidão incerta Método de uma fração que norteia Nunca mais é o tempo pra sempre Quem sabe uma verdade e meia ?
Consuma as marcas multi-nacionais Enquanto mais de 10 crianças morrem Ou se tornam moleques marginais. Quando seu carro atingir a velocidade Pessoas da sua vida serão esquecidas Pense no agora, não deixe mais tarde. Qualquer chance para ter vencido Mesmo que não tenha tentado O paraíso não faz mais sentido.
Na verdade nada engana ou disfarça Mostra depois nos que são exauridos Esvazie as lacunas do que partilha Neste baú dos desenganos perdidos. Descarregue toda raiva na pretensão Quebre as correntes que te asilam Chega de figurinhas comportamentais Chegando no estado em que vacilam. Não esconda a chave que me liberta Busque por momentos mais duradouros Não espere a certeza estagnar em nós Hoje eu vou descontar os meus tesouros.
Janelas quebradas Quadros estragados Fotos destruídas Posteres arrancados. Ela perguntou o que aconteceu ? Onde estava você a duas semanas ? Porque esqueceu os velhos amigos ? Não faz mais os mesmos programas ?
Porque a cara chapada ? E os olhos vermelhos ? Onde está seu violão ? Você não se olha no espelho Cadê o sorriso e a zoação ?
Da escola você se esqueceu E as meninas perguntam por você Sua família agora é estranha Você não sabe quem pode sofrer Largue seu 38 Não se mate com o 38 Esqueça seu 38 Dentro do seu criado-mudo Existe uma arma Um tiro e o fim de tudo.
CICERO[N.C.S] 01/06/1997
*Poema dedicado ao saudoso amigo Henry Lima (Saudades de Bratskóvia)
A vida é feita de atitudes nem sempre decentes. Não lhe julgam pela razão, mas pelos seus antecedentes. É quando eu volto a me lembrar do que eu pensava nem ter feito. Vem, me traz aquela paz. Você procura a perfeição, eu tenho andado sou perfeito. Mas posso te dizer que já não aguento mais. Desencana, não vou mudar por sua causa, não tem jeito. Quem é que decide o que é melhor pra minha vida agora? Ouvi dizer que só era triste quem queria. Ouvi dizer que só era triste quem queria. Ouvi dizer que só era triste quem queria. Ouvi dizer que só era triste quem queria. Lidei com coisas que eu jamais entenderei. Ah! Se eu pudesse estar em paz. Me livrar do pesadelo de vê-lo nesse estado, e não poder ajudá-lo não. Triste é não poder mudar, porque estais tão revoltado irmão? Ouvi dizer que só era triste quem queria. Ouvi dizer que só era triste quem queria. Ouvi dizer que só era triste quem queria. Ouvi dizer que só era triste quem queria. Ouvi dizer que só era triste quem queria. Ouvi dizer que só era triste quem queria. Ouvi dizer que só era triste quem queria. Ouvi dizer que só era triste quem queria. A vida é feita de atitudes nem sempre decentes. Não lhe julgam pela razão, mas pelos seus antecedentes. Cuidado com os seus passos!
A Esperança não murcha, ela não cansa, Também como ela não sucumbe a Crença. Vão-se sonhos nas asas da Descrença, Voltam sonhos nas asas da Esperança. Muita gente infeliz assim não pensa; No entanto o mundo é uma ilusão completa, E não é a Esperança por sentença Este laço que ao mundo nos manieta? Mocidade, portanto, ergue o teu grito, Sirva-te a crença de fanal bendito, Salve-te a glória no futuro – avança! E eu, que vivo atrelado ao desalento, Também espero o fim do meu tormento, Na voz da morte a me bradar: descansa!
O filme, assim como a história em quadrinhos repito, não tem pretensões de rigor histórico. Portanto, falar que o filme possui “erros” não seria adequado, já que esses “erros” são conscientes e propositais. O mais correto seria falar é licença poética em adaptações por assim dizer. Mas não esquecendo que mesmo assim, 300 baseia-se numa história real, caso alguém não saiba. Nele, é retratada a Batalha das Termópilas, conflito envolvendo gregos e persas, que se deu no século 480 a.C. Baseado na HQ de Frank Miller, o filme conta a história real, mas aqui fantasiada dessa Batalha focando no lado espartano, a trama acompanha o rei Leônidas e seu grupo de 300 homens defendendo sua terra contra o exército persa do deus-rei Xerxes. A batalha se tornou heroica pelos números envolvendo os dois exércitos: enquanto os espartanos contavam apenas com suas três centenas, os persas combatiam com milhares. Com várias tomadas em câmera lenta que parecem com vídeo clipes da MTV, a direção de arte de 300 utiliza ao máximo os recursos visuais que o cinema contemporâneo oferece, não sobrando dúvidas de que o lado visual é o ponto forte do filme. É impossível não se deslumbrar com a plasticidade alcançada por Snyder em cenas como a da oráculo envolvida na fumaça, a dos persas sendo jogados no penhasco ou o último plano envolvendo Leônidas.
Tudo para que a tela gigante do cinema se transforme numa versão ampliada e movimentada dos traços da HQ de Frank Miller. Afinal, quando a Warner decidiu entrar no projeto, ela sabia que o retorno financeiro só seria possível se o filme atraísse os milhões de seguidores que Frank Miller tem pelo mundo. A maior parte do enredo de Frank Miller foi preservada. O rei Leônidas é interpretado por Gerard Butler, Xerxes por Rodrigo Santoro. E violência é uma das bases de 300. O diretor parece fascinado por sangue, tamanha a riqueza de detalhes com as quais filma braços e pernas cortados, cabeças decapitadas e toneladas do líquido vermelho jorrando. Pode-se até dizer tais cenas sejam moralmente equivocadas e que de certa forma são. Porém, estão completamente dentro do tom do filme e da vida dos espartanos.
Stephen King conta no livro que suas histórias mostram pessoas normais enfrentado situações surreais, e os contos que acompanhei nas páginas de Escuridão Total sem Estrelas, se encaixam bem nessa classificação. As decisões tomadas pelos personagens de nenhuma forma ficam muito longe do que qualquer pessoa tomaria naquela situação, mas também servem para mostrar que o ser humano pode ser cruel, perigoso e muitas vezes, desumano.
Um livro pesado, recheado de narrativas bem construídas e ritmadas, Escuridão Total Sem Estrelas pode chocar muitas pessoas, mas os mais fortes (que continuarão chocados) terão dificuldade em largar as páginas de mais essa obra-prima do autor. Os personagens das quatro histórias de Stephen King passam por momentos de escuridão total, quando não existe nada como bom senso, piedade, justiça ou estrelas para guiá-los. Suas histórias representam o modo como lidamos com o mundo e como o mundo lida conosco. São narrativas fortes e, cada uma a seu modo, profundamente chocantes. É um livro sombrio, triste, e completamente escuro, que realmente ilustra as piores partes da humanidade. E é exatamente sobre esses momentos de escuridão que os quatro contos presentes nesse livro tratam. Quando a pessoa perde todos os limites por avareza, vingança, inveja ou vergonha, ele encontra o maior monstro que se esconde na escuridão, aquele que vive no fundo deles mesmos. Todo o horror aqui é absolutamente aterrorizante, emocionante e inteiramente da variedade humana, escrito de uma forma que só Stephen King sabe fazer.
Misturando ficção e realidade, Jô Soares narra episódios cômicos e ao mesmo tempo fascinantes, mostrando a biografia de Dimitri Borja Korozec, um anarquista fictício que, entre 1914 e 1954, percorre várias partes do mundo para cumprir uma gloriosa e desastrada missão: matar tiranos. filho de uma contorcionista brasileira e um anarquista sérvio. O livro é a biografia de Romance em que até a História (a verdadeira) parece coisa de humorista. Dimitri convive com muitas personalidades de sua época, como Mata Hari, Al Capone, Franklin Roosevelt, até chegar a Getúlio Vargas, e tudo isso ocorre durante importantes episódios históricos, como a Primeira Guerra Mundial e o período dos gângsters. Desta maneira o autor nos presenteia com uma história cheia de humor, aventuras e fracassos e claro com pitadas de suspense e mistério. O Homem que Matou Getúlio Vargas é um livro em que a história e ficção se misturam e que o leitor certamente irá se envolver e se divertir. Jô Soares faz algo parecido com Dan Brown, só que usa artifícios: clichês e roteiro pré-formatado e muito humor para contar as peripécias de um assassino profissional desastrado de 12 dedos. Claro que não dá pra comparar a veia cômica que Jô Soares que mistura elementos de história real com a ficção. É interessante tambem que percebermos que o protagonista do livro pode ser comparado ao intrépido e desastrado detetive francês, o Inspetor Jacques Clouseau da Pantera Cor de Rosa.
Isso porque o livro brinca com os fatos e os remolda baseado nas ações do personagem principal. Mas apesar de tudo o livro é muito bom, incrivelmente engraçado e divertido. Das partes cômicas, destaque para o cofrinho da bicha francesa. E das partes sem-noção, destaque para os atentados fracassados do anão Thug a Dimitri.
Quando sentir a sua dor Lembre-se que eu estarei Sentindo o que você for.
Quando pensar em mim Num instante de solidão Lembra-se que estou afim. Quando olhar triste para o mar E ver o sol se pondo no horizonte Saiba que estou aqui para te ajudar. Quando assistir pela tv as torres caindo Estarei perto dos destroços a salvo Te avisando que já estou indo. Quando seu artista preferido morrer Vou cantar sua canção favorita Dedicando o que faz surpreender. Quando a saudade chegar pra prender Use meu amor para te libertar Lembre-se que não esqueço de você.
Se você quiser eu vou te dar um amor Desses de cinema Não vai te faltar carinho, Plano ou assunto ao longo do dia. Se você quiser eu largo tudo E vou pro mundo com você, meu bem Nessa nossa estrada Só terá belas praias e cachoeiras. Aonde o vento é brisa Onde não haja quem possa Com a nossa felicidade Vamos brindar a vida meu bem Aonde o vento é brisa E o céu claro de estrelas O que a gente precisa É tomar um banho de chuva, um banho de chuva. Ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, aaaaaaai...
O que estava em mim, explodiu dentro de você As vozes da minha cabeça vieram dos punidos A fórmula para acabar com o fim do mundo Foi reescrita no sangue dos nossos inimigos. Vermes xiitas entoam canções de fé na matança Querem disfarçar a dor com palavras do alcorão Guerra fria, guerra santa, gera guerra geral Seguem caminhos de paz com corpos no chão. Protestos em shows de rock beneficentes As preces de Bono continuam se propagando Crianças trocaram brinquedos por armamentos Somos soldados suburbanos ! ! !
Nós éramos pedras na equação Rivais de nossos próprios sentimentos Movidos por tempestades repentinas Porém a canção nos traz entendimentos. Ainda assim unidos na semelhança Vimos as aparências dos gigantes Derrubaram prédios, mataram gente E você pede pizza e refrigerantes. O que seria o criador do mundo pra você? Será que nossa vida ficou tão latente Foi tão bom aquele 1997 Poderia ter sido muito mais prudente. Mesmo assim ainda vou esperar Que um dia você faça uma canção Que você entenda a estação dos anjos Que você aprenda pedir perdão ! ! !
CICERO[N.C.S] 19/08/2005
*Poema dedicado ao ex-amigo rival Hugo Motta, "Felix"
Séculos atrás Era mais fácil imaginar A queda dos nossos ancestrais Depois da queda dos torpedos Antes das eleições para presidente Era uma época de enredos. Pensei melhor antes de agredir Mudanças passageiras de atitudes Lindos arbustos, cheio de flores Quadro de pinturas cheio de cores. Repouse em paz, descanse em paz Ainda não morri, tenho outra chance Solução para lidar com os marginais É distribuir metralhadoras para os demais. Melodia turbulenta de aviões Melancólica algazarra dos anciões Resposta imediata sem sentimento Julgado sem nenhum julgamento. This is sky war!!!
Bem aventurados sejam aqueles que amam essa desordem Nós viemos a reboque , este mundo é um grande choque Mas não somos desse imundo De cidades em torrente De pessoas em corrente. Errar não é humano Depende de quem erra Esperamos pela vida Vivendo só de guerra. Viemos preparados pra almoçar soldados Chegamos atrasados, sumiram com a cidade antes de nós. Mesmo assim, basta esquecê-la em outro dia Transformando em lataria, tudo que estiver ao nosso alcance, Errar não é humano Depende de quem erra Esperamos pela vida Vivendo só de guerra. Viemos espalhar discórdia Conquistar muitas vitórias, Conquistar muitas derrotas Bem aventurados sejam todos que caírem em moratória Bem aventurados sejam os senhores do progresso Esses senhores do regresso.
Nossas meninas estão longe daqui Não temos com quem chorar e nem pra onde ir Se lembra quando era só brincadeira Fingir ser soldado a tarde inteira? Mas agora a coragem que temos no coração Parece medo da morte mas não era então Tenho medo de lhe dizer o que eu quero tanto Tenho medo e eu sei porque: Estamos esperando. Quem é o inimigo? Quem é você? Quem é o inimigo? Quem é você? Quem é o inimigo? Quem é você? Nos defendemos tanto tanto sem saber Porque lutar. Nossas meninas estão longe daqui E de repente eu vi você cair Não sei armar o que eu senti Não sei dizer que vi você ali. Quem vai saber o que você sentiu? Quem vai saber o que você pensou? Quem vai dizer agora o que eu não fiz? Como explicar pra você o que eu quis. Somos soldados Pedindo esmola. E a gente não queria lutar E a gente não queria lutar E a gente não queria lutar.
Steve Rogers, é um rapaz magricela que sonha em virar um soldado e lutar na Segunda Guerra Mundial, que está em pleno curso. Depois de ser escolhido a dedo pelo Dr. Erskine, Rogers passa por um programa experimental que o transforma em um supersoldado, o Capitão América. Em 1943, é que conhecemos este jovem nova-iorquino Steve Rogers. Franzino e doente, porém cheio de determinação, ele tenta (e falha) várias vezes entrar para o exército para lutar na Segunda Guerra Mundial, movido por uma convicção inabalável de que violência devem ser combatidos em todas as suas formas. Sua chance aparece quando ele chama a atenção do Dr. Abraham Erskine, responsável por um projeto científico visando à criação de supersoldados. Combinando um soro especial com a radiação dos raios Vita, Steve ganha força, agilidade e resistência além dos limites humanos. Juntem-se a isso alguns ingredientes indispensáveis para um boa aventura. Entre eles, ação e humor nas proporções exatas, efeitos especiais de primeira linha, uma reconstituição de época que beira à perfeição, e um desenho de produção de cair o queixo, idealizando com muito talento elementos de ficção cientifica com sabor do anos 40. Como nos demais filmes da Marvel, temos uma história de origem, simples e bem contada. A direção ficou a cargo de Joe Johnston (de O Lobisomem), que entregou um filme passado na guerra, mas com um espírito mais aventuresco, Sessão da Tarde mesmo. A Hidra, uma subdivisão dos Nazistas. O que vemos é uma guerra paralela. Incomoda? Sim, mas nada que chegue a comprometer. Assim como os saltos que a trama dá, para abranger um período de tempo de alguns anos, apelando pros tradicionais clipes mostrando o que aconteceu naquele período. Chris Evans conseguiu se queimar com grande parte dos fãs de quadrinhos com sua atuação forçada como Tocha Humana em Quarteto Fantástico I e II, as primeiras imagens não empolgaram, o uniforme mostrado nos trailers parecia mal-ajambrado… E fora que ele foi sempre lembrado por fazer papeis cômicos em filmes besteirois de comédia. Cheio daqueles trejeitos que não tem nada a ver com o super-herói Capitão América. Mas como é bom estar enganado nesse sentido. Chris Evans me surpreendeu e realmente encarnou Steve Rogers. Sai da sessão convicto de que ele é o Capitão América. Aqui ele não faz beicinho, levanta a sobrancelha ou qualquer outra mania que mostrava em seus filmes anteriores como recurso de atuação barata, muito pelo contrário, consegue passar a inocência e bondade inerentes ao Steve ao mesmo tempo em que transmite o senso de liderança e audácia esperados de um capitão, aliás, o maior de todos os tempos.
Destaque em especial para os efeitos especiais que deixaram Chris Evans raquítico. É impossível perceber alguma falha ao ver Steve Rogers daquele jeito, Você acredita o tempo todo que o ator tinha corpo daquele jeito. O seu comprometimento com o personagem apagou toda a impressão ruim que eu tinha dele.
Na minha opinião, este Capitão América depois de Homem de Ferro 1 foi o a melhor adaptação que os Estúdios da MARVEL por se aproximar em muito da origem do héroi nas HQ's. Achei que o final do filme poderia ter sido melhor explorado em relação ao embate entre o vilão Caveira Vermelha, mas nada que vá atrapalhar o filme.
Guerra Mundial Z é completo e extremamente abrangente. O texto, sempre em primeira pessoa, nos aproxima dos entrevistados, nos conectam com suas histórias. Eles nos contam o que aconteceu, como passaram por isso, como sobreviveram. Todos têm algo a dizer e acrescentar em seus relatos de superação, tristeza, tormento e esperança. Os erros, acertos e decisões por parte dos líderes globais são amplamente discutidos. Ao criar um universo apocalíptico, o autor pensou em cada aspecto possível, o antes, durante e depois. Cada uma das etapas é rigorosamente abordada: o início dos rumores, o período da Grande Negação, quando as pessoas não ousavam acreditar que algo do tipo poderia acontecer, a fase do Grande Pânico, as guerras, misérias, sofrimentos e, enfim, a calmaria. Os relatos conseguem prender a atenção do leitor por descreverem minuciosamente como a infestação começou passando pelo ápice da guerra – onde milhões de zumbis tentavam consumir a vida na Terra – até a vitória sem comemoração daqueles que lutaram e mataram para dar fim a pior guerra que o mundo já enfrentou. Leitura rápida, que instiga a curiosidade e em certos momentos é tão imersivo que chega a ser desconcertante o quão soa real. Excetuando a parte dos zumbis é como acompanhar o relato de uma grande catástrofe mundial, mérito do autor pelo acerto no tom e nas críticas ao modelo de política mundial. A bem da verdade, Guerra Mundial Z não só nos apresenta o que há de melhor e pior no ser humano, como nos faz colocar a mão na consciência e perguntar: como julgar o outro em um momento de desespero? Difícil, não?
A história do segundo livro nem sequer dá um tempinho da do primeiro, como se fossem um livro só. Isso foi bom, mas no começo de "A Fúria dos Reis, faltou alguma coisa, alguns mistérios a mais, mas quese que ficou chato e entediante. Se em alguns momentos este livro parece mais monótono que o primeiro, a maior parte dele supera o anterior. Novos personagens marcantes tornam a história mais complexa e interessante. Entre esses novos personagens, Davos é o que mais se destaca. O cavaleiro das cebolas, assim apelidado por ter sido um contrabandista de cebolas antes de virar cavaleiro, mostra visão da batalha, conselhos bons, lealdade e mais coração que muitos outros personagens principais. Quanto a guerra, as surpresas são inúmeras. O livro escorre traições, vitórias improváveis e artimanhas malignas. Um dos pretendentes ao trono é morto e outro é derrotado. Quem subirá e governará no Trono de Ferro? Achei A Guerra dos Tronos melhor, pois parece que tem mais estória sendo contada, e o livro não gira somente em torno das batalhas e afins, mas do reino, dos personagens, das traições, etc. Em A Fúria dos Reis, por ser um livro maior, creio que pode dar a impressão que o autor esteja enrolando, pois ele é minucioso em relatar o que acontece em cada canto dos Sete Reinos, mostrando um pouco da estória a partir de pontos de vista diferentes. Como sempre a trama, a estória e os personagens são muito bons. Porém, devo confessar que Ned Stark, mesmo não sendo meu personagem favorito, fez muita falta a estória. Creio que em Ned encontrávamos uma certa estabilidade para a estória, o que faltou em pouco em A Fúria dos Reis. As participações de Daenerys e Jon Snow poderiam ter sido mais exploradas. Eu particularmente gosto destes dois personagens desde o volume anterior, e gostaria de ter visto mais deles neste livro. Porém, imagino que Martin esteja guardando suas estórias para os próximos volumes. A Fúria Dos Reis” há mais presença de guerra e ação do que o outro; Nesta continuação, você irá notar a presença de coisas trágicas e sangrentas. Em Westeros é sempre bom manter três olhos abertos. Além te ajudar a não se chocar tanto (o que não é, necessariamente, um ponto negativo) te faz vivenciar mais a história. E essas Crônicas em especial devem ser vivenciadas como nenhuma outra.