Guerra Mundial Z é completo e extremamente abrangente. O texto, sempre em primeira pessoa, nos aproxima dos entrevistados, nos conectam com suas histórias. Eles nos contam o que aconteceu, como passaram por isso, como sobreviveram. Todos têm algo a dizer e acrescentar em seus relatos de superação, tristeza, tormento e esperança. Os erros, acertos e decisões por parte dos líderes globais são amplamente discutidos.
Ao criar um universo apocalíptico, o autor pensou em cada aspecto possível, o antes, durante e depois. Cada uma das etapas é rigorosamente abordada: o início dos rumores, o período da Grande Negação, quando as pessoas não ousavam acreditar que algo do tipo poderia acontecer, a fase do Grande Pânico, as guerras, misérias, sofrimentos e, enfim, a calmaria.
Os relatos conseguem prender a atenção do leitor por descreverem minuciosamente como a infestação começou passando pelo ápice da guerra – onde milhões de zumbis tentavam consumir a vida na Terra – até a vitória sem comemoração daqueles que lutaram e mataram para dar fim a pior guerra que o mundo já enfrentou.
Leitura rápida, que instiga a curiosidade e em certos momentos é tão imersivo que chega a ser desconcertante o quão soa real. Excetuando a parte dos zumbis é como acompanhar o relato de uma grande catástrofe mundial, mérito do autor pelo acerto no tom e nas críticas ao modelo de política mundial.
A bem da verdade, Guerra Mundial Z não só nos apresenta o que há de melhor e pior no ser humano, como nos faz colocar a mão na consciência e perguntar: como julgar o outro em um momento de desespero? Difícil, não?
CICERO[N.C.S]
25/08/2015
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