domingo, 30 de agosto de 2015

O Homem que Matou Getúlio Vargas (Jô Soares)


Misturando ficção e realidade, Jô Soares narra episódios cômicos e ao mesmo tempo fascinantes, mostrando a biografia de Dimitri Borja Korozec, um anarquista fictício que, entre 1914 e 1954, percorre várias partes do mundo para cumprir uma gloriosa e desastrada missão: matar tiranos. filho de uma contorcionista brasileira e um anarquista sérvio. O livro é a biografia de  Romance em que até a História (a verdadeira) parece coisa de humorista.

Dimitri convive com muitas personalidades de sua época, como Mata Hari, Al Capone, Franklin Roosevelt, até chegar a Getúlio Vargas, e tudo isso ocorre durante importantes episódios históricos, como a Primeira Guerra Mundial e o período dos gângsters. Desta maneira o autor nos presenteia com uma história cheia de humor, aventuras e fracassos e claro com pitadas de suspense e mistério.
O Homem que Matou Getúlio Vargas é um livro em que a história e ficção se misturam e que o leitor certamente irá se envolver e se divertir.

Jô Soares faz algo parecido com Dan Brown, só que usa artifícios: clichês e roteiro pré-formatado e muito humor para contar as peripécias de um assassino profissional desastrado de 12 dedos. Claro que não dá pra comparar a veia cômica que Jô Soares que mistura elementos de história real com a ficção. É interessante tambem que percebermos que o protagonista do livro pode ser comparado ao intrépido e desastrado detetive francês, o Inspetor Jacques Clouseau da Pantera Cor de Rosa.

Isso porque o livro brinca com os fatos e os remolda baseado nas ações do personagem principal. Mas apesar de tudo o livro é muito bom, incrivelmente engraçado e divertido. Das partes cômicas, destaque para o cofrinho da bicha francesa. E das partes sem-noção, destaque para os atentados fracassados do anão Thug a Dimitri.


CICERO[N.C.S]

30/08/2015

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