domingo, 30 de agosto de 2015

300 (2006)



Prepare-se para a glória!!!


O filme, assim como a história em quadrinhos repito, não tem pretensões de rigor histórico. Portanto, falar que o filme possui “erros” não seria adequado, já que esses “erros” são conscientes e propositais. O mais correto seria falar é licença poética em adaptações por assim dizer.
Mas não esquecendo que mesmo assim, 300 baseia-se numa história real, caso alguém não saiba. Nele, é retratada a Batalha das Termópilas, conflito envolvendo gregos e persas, que se deu no século 480 a.C. 

Baseado na HQ de Frank Miller, o filme conta a história real, mas aqui fantasiada dessa Batalha focando no lado espartano, a trama acompanha o rei Leônidas e seu grupo de 300 homens defendendo sua terra contra o exército persa do deus-rei Xerxes. A batalha se tornou heroica pelos números envolvendo os dois exércitos: enquanto os espartanos contavam apenas com suas três centenas, os persas combatiam com milhares.

Com várias tomadas em câmera lenta que parecem com vídeo clipes da MTV, a direção de arte de 300 utiliza ao máximo os recursos visuais que o cinema contemporâneo oferece, não sobrando dúvidas de que o lado visual é o ponto forte do filme. É impossível não se deslumbrar com a plasticidade alcançada por Snyder em cenas como a da oráculo envolvida na fumaça, a dos persas sendo jogados no penhasco ou o último plano envolvendo Leônidas.

Tudo para que a tela gigante do cinema se transforme numa versão ampliada e movimentada dos traços da HQ de Frank Miller. Afinal, quando a Warner decidiu entrar no projeto, ela sabia que o retorno financeiro só seria possível se o filme atraísse os milhões de seguidores que Frank Miller tem pelo mundo. A maior parte do enredo de Frank Miller foi preservada. O rei Leônidas é interpretado por Gerard Butler, Xerxes por Rodrigo Santoro.


E violência é uma das bases de 300. O diretor parece fascinado por sangue, tamanha a riqueza de detalhes com as quais filma braços e pernas cortados, cabeças decapitadas e toneladas do líquido vermelho jorrando. Pode-se até dizer tais cenas sejam moralmente equivocadas e que de certa forma são. Porém, estão completamente dentro do tom do filme e da vida dos espartanos.


NOTA: 10



CICERO[N.C.S]
30/08/2015

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