A Batalha do Apocalipse é um livro épico. Não restam dúvidas quanto a isso. Especialmente obras contemporâneas, cujas temáticas e abordagens tendem a ser ligadas aos problemas contemporâneos e acabam tendo pouco ou nada em comum com os clássicos. Dito isso, não com o intuito de desmerecer o livro de Eduardo Spohr, posso dizer que sim, ele é épico, mas em outro sentido. Além de alternar entre flashbacks e situações atuais, colocando o Sétimo Dia da Criação como a Era até o momento que estamos vivenciando, podemos situar a obra no limiar entre a fantasia urbana e uma versão do autor de um tema da mitologia cristã.
Além disso, outros elementos de outras mitologias estão intrinsecamente ligados e presentes, não deixando a obra com um caráter religioso e nem como uma continuação das pregações da Bíblia; pelo contrário, servindo-se da base principal da mitologia cristã, o autor ainda inclui a existência de seres de outras mitologias, como os próprios anjos reconhecem suas existências e acabam se ligando, seja fortuita ou planejadamente, nesta grande Batalha do Apocalipse.
Até aí tudo bem. É uma fantasia épica que não deixa nada a desejar aos autores best sellers. Mas, e agora esse é meu ponto de vista, podem me chamar de intolerante se quiserem, mas bom, foi o que achei, o livro nega os três atributos de Deus: Onipotência, Onipresença e Onisciência. Mas e daí? Você deve estar se questionando. E daí, que o autor tirou do palco o Deus Amor para deixar a criação nas mãos de anjos revoltados com o Criador. Esse é o absurdo da história. Foi isso que não permitiu que eu embarcasse e vivesse os acontecimentos descritos.
O livro subjuga todos os milagres e grandes feitos divinos a ações ciumentas e vingativas de anjos cegos pelo poder. Até Jesus é reduzido a um mero espírito evoluído. Desculpem-me se com essas palavras estou afetando alguém, mas é como me senti ao terminar a leitura: revoltado e maravilhado. Mais revoltado do que maravilhado é claro, mas não tiro os créditos do autor que tão bem descreveu um cenário de revolta, brigas, intrigas e magia.
Por isso assim como o livro "O CODIGO da VINCI" de Dan Brown deve ser levado como uma ficção despretensiosa, e sem levar muita coisa a sério demais.
Porque se trata da ideia pessoal do autor deste livro que pode ser considerado mais como um livro de fantasia assim como o SENHOR dos ANEIS de J. R. R. Tolkien.
CICERO[N.C.S]
12/09/2015
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