sábado, 3 de outubro de 2015

A Volta ao Mundo em 80 Dias (Julio Verne)


Na história acompanhamos Mr. Phileas Fogg um homem rico e fechado que aceita uma aposta feita pelos seus companheiros de club que é dar uma volta ao mundo em 80 dias e chegar no dia e na hora marcada por eles. No mesmo dia da aposta Fogg junto com seu novo criado Passepartoutt embarcam nessa aventura ao mundo, carregando dinheiro e poucos itens. Mr. Fogg não quer perder nenhum minuto.

Logo nas primeiras páginas conhecemos Phileas Fogg, um inglês milionário, enigmático e pouco comunicativo que mantém sua vida de forma muito metódica e organizada. Membro do Reform-Club e um exímio jogador de whist, esse cavalheiro nunca é visto nos círculos sociais onde, devido ao seu status social, se esperava que ele estivesse. De fato, ninguém sabia quem realmente ele era ou de onde havia surgido sua fortuna.

Esse romance lançado no ano de 1872 é impressionante. Narrada em terceira pessoa, a estória nos encanta pela forma como é abordada. A viagem é descrita minuciosamente, bem como os itinerários e os destinos pelos quais os personagens passam. Durante a jornada, conseguimos conhecer os aventureiros e de certa forma criar uma simpatia pelo misterioso e excêntrico Fogg, que a cada capítulo demonstra possuir um bom coração. Já Passepartout confere um carácter cômico à trama, com sua inocência e ideias inusitadas. Os diálogos são sucintos e prendem o leitor desde os primeiros capítulos, é impossível não torcer a favor do sucesso dessa corajosa iniciativa.

Eu sempre tenho a sensação de que livros escritos há muito tempo tendem a ser maçantes, com linguagem rebuscada e de difícil compreensão, mas me surpreendi positivamente com esta história. A escrita de Júlio Verne flui com uma facilidade impressionante. As descrições sobre as rotas utilizadas e os lugares visitados são objetivas e mesmo assim conseguem manter a curiosidade dos leitores em alta. Os personagens foram muito bem explorados, portanto, a participação e a importância de cada um deles na obra é devidamente justificada. E, claro, a personalidade peculiar e indecifrável de Phileas Fogg contribuiu para que eu gostasse ainda mais deste livro. Que para mim, ele é um dos personagens mais intrigantes e adoráveis de todos os tempos.



CICERO[N.C.S]
03/10/2015

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