quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Caderno H (Mario Quintana)


Para quem não gosta de ler livros de poesia, é uma boa opção, já que ela está presente de modo tão sutil, tão aqui e acolá, que duvido que perceba. Como dizia em um apêndice, só é chamado de livro de poesia porque foi feito por um poeta.

Mario Quintana publicou no jornal Correio do Povo, de Porto Alegre, seu “Caderno H”, feito de poesia, humor, sabedoria. Da crônica ao poema, passando pelas frases cheias de espírito, esses cadernos foram os grandes responsáveis pela consagração popular de sua literatura. A cada novo trecho do Caderno, nos deparamos com a união singular, tão característica de Quintana, da inteligência com a intuição reveladora.

O Caderno H não tem continuidade e deve ser lido como foi escrito – ao léu das horas, “que não são apenas passageiras, mas de humor variado”. E pode ser aberto em qualquer ponto. Aberto e interrompido. Não é Quintana quem assegura o valor das pausas? "Livro é aquele de que às vezes interrompemos a leitura para seguir – até onde? Uma estrelinha...Leitura interrompida? Não. Esta é a verdadeira leitura continuada”. 


É a melhor maneira de se aproveitar o Caderno H – livro contido na palavra e penetrante no dizer, pródigo em refletida ironia, alegre, melancólico às vezes, ora impiedoso e ora amável, sempre novo, inesperado e elegante, e sempre, a cada linha e a cada pensamento, iluminado de poesia.


Mario Quintana tem um bom humor que permeia seus escritos. Por isso é bem gostoso de ler, você vai passando as páginas com um gostinho especial nos lábios. Ele tem uma leveza que lhe é peculiar. Sem falar nas suas criticas, algumas eu não concordo, outras me fizeram pensar pela primeira vez em determinados assuntos, mas ele faz isto de modo tão leve, simples...

É a melhor maneira de se aproveitar o Caderno H – livro contido na palavra e penetrante no dizer, pródigo em refletida ironia, alegre, melancólico às vezes, ora impiedoso e ora amável, sempre novo, inesperado e elegante, e sempre, a cada linha e a cada pensamento, iluminado de poesia.


CICERO[N.C.S]

1º/10/2015

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